CAPÍTULO 39

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(Olha eu de novo kkkk)

MEGAN

A dor era insuportável, sentia o meu braço adormecido enquanto Philipe me jogava na cama sem nenhum cuidado. Agora mais do que nunca eu tinha visto com os meus próprios olhos tudo o que esse louco era capaz de fazer, só nunca imaginei que ele pudesse me ferir com uma faca.

     - Para de chorar, Megan. Tudo isso é culpa sua. - Me encolhi o máximo que pude me sentindo vulnerável de novo, o mesmo sentimento de alguns meses atrás quando antes de me livrar das garras dele.

Alguma coisa que eu disse tinha o machucado muito ao ponto de tirá-lo o sorriso permanente do seu rosto e quando isso acontecia o resultado não era nada bom. Depois de abrir o último botão da camisa e joga-la no chão do quarto, Philipe ficou por cima de mim prendendo os meus dois braços acima da minha cabeça ignorando todo o sangue. Eu queria pelo menos tentar resistir mas a dor forte no meu braço me deixava quase que anestesiada e imune a todas as outras dores que ele iria vir a me causar agora.

     - Você sabe que não deveria ter fugido, não sabe? - Assenti com a cabeça. - Sabe o que vai acontecer agora? - Ele não me deu tempo para responder e simplesmente tomou os meus lábios num beijo me abrigando a corresponder. A sua mão livre passeou pelo meu corpo adentrando pela minha blusa e descendo até as minhas pernas. Eu estava demasiado vestida para ele, o que o enfureceu ainda mais e fez com que ele passasse a rasgar as minhas roupas ao invés de tirá-las. Eu sabia que ele iria me machucar bastante hoje, iria cobrar a sua vingança me fazendo me arrepender de ter fugido e implorar que ele parasse. Mas como já tinha dito, eu não me humilharia de novo como antes.

     - Você nem sabe o quanto eu senti a sua falta. - Sussurrou no meu ouvido quase como um gemido arrastado enquanto mantinha o seu rosto entre os meus seios. Por um momento tentei me soltar mas isso só fez o meu ferimento doer ainda mais, era inútil, eu estava completamente imobilizada. - Olha o que você faz comigo.

Fechei os olhos com força e mais lágrimas desceram pelos meus olhos depois de sentir a sua ereção já fora da calça tocando na minha intimidade e quando menos esperei Philipe me penetrou. A cada estocada sua os meus gritos eram abafados pelos seus lábios, ele quase me cobria completamente por cima de mim aumentado cada vez mais o rítimo e dando tapas dolorosos na minha perna e bunda. Quase já nem sentia nada e permaneci imóvel soluçando até que Philipe finalmente gozou dentro de mim e diminuiu o rítimo até parar deitando-se ao meu lado exausto. Acabei soluçando até adormecer minutos mais tarde com a cabeça doendo.

...

No dia seguinte acordei me sentindo um pouco melhor e mais calma e lentamente as memórias de ontem a noite foram voltando. Philipe tinha mandado um dos seus homens para me buscar dispensando o meu taxi, o jantar pronto numa casa diferente, a agressão e a violência mais tarde, apenas estava tentando entender o que eu tinha de errado pra fazê-lo ficar daquele jeito. Quer dizer, eu sempre soube que Philipe era descontrolado e causar dor a uma pessoa era a sua forma de diversão, mas alguma coisa em toda essa história estava muito errada.

Agora eu me sentia mal por não ter conseguido cumprir a minha promessa de não deixa-lo me tocar de novo, mas o que eu poderia ter feito contra um homem armado e muito mais forte do que eu? Seja como for, ontem seria a última vez que eu chorei diante dele. Se era uma esposa submissa que ele queria, era isso que ele teria, mas ele não veria um sorriso no meu rosto e nem a reciprocidade dos seus atos de tentar demonstrar carinho. Resumindo, seria a esposa fria e perfeita tal como ele idealizou em sua mente, se eu não tinha como me livrar dele, mas valia me juntar a ele e era isso que eu faria a partir de hoje.

Olhei rapidamente para o meu braço depois de me lembrar do corte de ontem e vi que ele tinha uma ligadura branca e já não doía tanto quanto ontem, pelos vistos Philipe tinha mesmo cumprido a sua palavra de cuidar dele depois que me castigasse e sinceramente, depois de tudo o que ele já fez até hoje, esse foi o mais doloroso. Ainda me custava a acreditar que um ser humano conseguia sentir prazer com a dor dos outros.

Agora que notava bem, estávamos numa casa diferente da que morávamos antes, esta estava mais pra uma mansão antiquada, o que não fazia nem um pouco o estilo de Philipe. Talvez seja mais uma das suas tentativas de impedir que eu fuja novamente alegando estar me protegendo do mundo. Protegendo. Mal sabia ele que foi nesse mundo que eu descobri que tinha pessoas de confiança que me amavam e queriam o meu bem, Grace por exemplo me mostrou como vivia uma jovem de dezoito anos na sociedade atual, tinha sonhos e objetivos e não estava condenada a viver presa numa casa dando prazer ao marido. Me perguntava qual tinha sido a reação de minha mãe e Thomás ao descobrirem que eu tinha voltado pra Philipe, talvez tenham me achado uma louca com síndrome de Estocolmo. Mas quem me preocupava realmente era Jason, ele sim eu sabia que sentia algo verdadeiro e sincero por mim.

A porta do quarto se abriu lentamente e lá estava Philipe, vestindo apenas uma calça moleton cinza, o cabelo molhado e carregando numa bandeja o café da manhã. Baixei a cabeça instintivamente e me cobri mais um pouco com o lençol que ainda tinha algumas manchas de sangue seco quando o vi se sentando na borda da cama.

     - Dormir bem?

Por mais que ele esperasse que eu fosse manter a boca fechada por estar brava, decidi engolir o orgulho e agir tal e qual ele queria.

     - Sim.

Ele ficou me observando por um tempo até até continuar.

     - O seu braço ainda está doendo?

     - Não.

     - Hum, parece que a surra de ontem conseguiu fazer de você a esposa perfeita. - Mordi a minha própria língua de ódio pra não abrir a boca e insultá-lo, era essa a minha única vontade. - Sabe onde estamos. - Neguei com a cabeça. - Claro que não sabe. Essa é a antiga casa dos meus pais onde eu vivia juntamente com o meu irmão Jason, o rejeitado, como eu gostava de lhe chamar. - Riu antes de continuar. Louco. - Estamos aqui porque o aniversário de casamento deles será daqui a três dias e tal como todos os anos, nos reunimos aqui para comemorar. Bom, agora só será nós dois e o fantasma deles caso Jason decida não aparecer.

Jason virá daqui a três dias? Ele irá me ver com Philipe?

     - Sei o que está pensando e pode ir tirando essa ideiazinha da sua cabeça. - Ele segurou o meu maxilar com força levantando o meu rosto para olhá-lo nos olhos. - Se eu ver você apenas olhando pra ele, saiba que o seu castigo será muito pior do que uma faca enfiada no braço. Entendeu, Megan?

     - Sim.

     - Ótimo, agora tome o seu café da manhã porque você vai precisar de muita energia pra me aguentar dentro de você hoje. - O meu estômago revirou, mas ainda assim assenti e comecei a comer lentamente pensando no que fazer a seguir.







Oi pãezinhas! ^-^

Ent, apartir dos próximos capítulos vamos passar a conhecer um pouco melhor o passado de Philipe e entender o que fez com que ele se tornasse nesse homem que é hoje. Espero que tenham gostado do capítulo. 

Por favor não estranhem o comportamento do personagem porque eu tinha deixado claro desde o início que que um psicopata era um psicopata e que ele não facilitaria a vida da Megan por mais que ela tente lutar contra ele.

Entendam também que eu nenhum momento eu concordo ou incentivo qualquer ato de crime ou abuso que algum dos meus personagens tenham cometido. 

Bjs. Obgada.

Casada Com Um Psicopata (Série Mentes Insanas - Livro 1)Where stories live. Discover now