🖤Dylan:
Acordei assustado ao ouvir o grito de alguém e por instinto, também gritei, sentando na cama com o coração acelerado. Ouvi uma gargalhada e balancei a cabeça por achar aquele som parecido com a gargalhada da Alicia.
Ela me perseguia até quando eu estava dormindo.
- Porra! - ouvi a voz de Fred - Mais que Porra!
- O que tá acontecendo? - ouvi a voz sonolenta de Daniel.
Olhei em direção às vozes, vendo Fred sentado na cama com as mãos no rosto, Daniel também sentando, olhando para a porta com os olhos arregalados e Rubens ainda deitado, acenando para a porta. Então, assim que olhei para a porta vi... Alicia?
Cocei meus olhos e voltei abri-los, visualizando ela novamente, então, voltei a esfregar meus olhos e só depois de continuar vendo aquela assombração acreditei que ela realmente estava ali.
- Por que tem um pedaço de merda no meu quarto? - resmunguei e fechei meus olhos quando a luz foi acesa.
- Por que você é o aterro sanitário todo. - Alicia falou e pude imaginar o sorriso sapeca que se formou em seu rosto.
- Não me... - parei de falar ao abrir os olhos e ver a situação em que quarto se encontrava.
A minha parte do guarda roupa estava praticamente sem roupa e dentro dele estava escrito com tinta azul "ALICIA LINDA" e uma coroa acima. Minhas roupas estavam no chão manchadas de azul. O lado do Fred também estava azul e na sua porta estava escrito "PAU PEQUENO" e quando virei o rosto para olhá-lo, seu rosto estava azul e seus olhos vermelhos. Um belo contraste com sua expressão de raiva.
Eu poderia começar a rir a qualquer momento, mas sentia que havia coisas melhores para fazer. Tipo quebrar a cara da desgraçada encostada na porta, que está impressionantemente fofa e ainda mais irritante com sua touca azul, que não destaca apenas seus olhos, mas suas mechas também.
- Você é o capeta na Terra. - falei, me levantando e ajeitando minha calça de moletom.
- O capeta mora na Terra, inteligente. - sua voz ainda estava risonha - Esse lugar é o próprio inferno.
- Droga, Alicia! - Fred gritou - Meus olhos estão ardendo. - se levantou e caminhou até o banheiro - Por que você fez isso, porra?
- Chuta! - ela falou animada, correndo e se jogando na minha cama - Vou te dar alternativas.
- Estou com sono. - Rubens falou com sua voz ainda mais lenta e se sentou na cama, olhando para Alicia - Por que você fala tão alto?
- Eu estou adorando esta treta toda. - Daniel sorriu - Obrigado por não estragar minhas roupas, viciada em azul.
- Por nada. - ela sorriu, eu ainda não tinha forças para agir, então continuei em pé na ao lado da cama - Vamos lá, Frederico Andrade Melo! - ele apenas resmungou algum palavrão, enquanto tentava lavar o rosto - A) Eu não me esqueci de merda nenhuma; B) Você não vale nem 1 centavo; C) Você e nota de três reais não tem diferença; D) Eu te odeio; E) Todas as alternativas anteriores.
- C? - Rubens perguntou, parecendo realmente interessado.
- Que droga! - Fred gritou, saindo do banheiro com a cara ainda azul.
- Pemp! - Alicia fingiu tristeza - Não tem essa alternativa.
- Provavelmente deve ser a A. - se jogou na cama.
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Nem tudo é azul
Ficção AdolescenteOs pais de Dylan e Alicia sempre foram melhores amigos, por isso, planejaram suas vidas em quatro tópicos: •Casarem juntos; •Passarem a lua de mel juntos; •Terem filhos com idades semelhantes; •Casarem seus filhos. Seus planos deram certos...