🖤 CAPÍTULO 57🖤

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🖤Dylan:

  Fechei os olhos e tentei ignorar a voz de Daniel, torcendo para que seus pais chegassem logo. Faltavam apenas 5 minutos para o ônibus passar e, ainda não podia avisar Alicia, porque Daniel era a porra de um empata foda que ficava atrapalhando meu final se semana com a garota que me deixava totalmente louco, simplesmente porque não podia ficar de boca fechada.

  - Pode confiar em mim. - balançou meu braço, me fazendo abrir o olho - Me conta quem é.

  - Vai se foder. - revirei os olhos.

  - Mas por que você não pode me contar?

  - Porque eu não quero. - sorri ao ver um carro encostando ao nosso lado - Adeus, Daniel, até amanhã.

  - Eu vou descobrir. - avisou, entrando no carro - Você sabe que eu vou.

  - Vai cuidar da sua vida e da Abigail. - balancei a mão dando tchau, mas ele apenas levantou o dedo do meio - Gostei de ver, continue assim. - levantei o meu dedo do meio quando o carro acelerou, saindo da minha vista e mandei uma mensagem pedindo para Alicia chegar logo.

  Respirei fundo quando guardei o celular e vi o ônibus virar a esquina. Estralei meus dedos, olhando para frente e repetindo para mim mesmo que era apenas Alicia e que eu não precisava ficar tão empolgado para passar um final de semana com a garota que cresci. Mas, não adiantou muito. Quando o ônibus estacionou e senti alguém empurrar minhas costas, não consegui esconder o sorriso que tomou conta do meu rosto.

  - Primeiro as damas. - Alicia apontou para o ônibus, com um leve sorriso. Semicerrei os olhos e tirei o sorriso bobo da cara - Sobe logo.

  - Você não manda em mim, sabe disso certo? - perguntei.

  - Então, não sobe. - deu de ombros, entrando no ônibus.

  - Você... - me interrompi, respirando fundo e entrando atrás dela. Como eu podia gostar daquela pessoa? Ela era insuportável - Eu pago. - resmunguei, quando ela começou tirar dinheiro do bolso e entregar para o cobrador.

  - Não preciso que ninguém pague para mim. - sorriu para o homem de uns 40 anos - Pode cobrar a dele também.

  - Eu que não preciso que ninguém pague para mim. - retruquei.

  - Cala a boca e vem. - pegou o troco, andando para uma poltrona.

  Revirei os olhos e a segui até a última poltrona, sentando ao seu lado.

  - Você é muito mandona e irritante, agora estou tentando lembrar do motivo por ter te convidado para passar o final de semana comigo. - coloquei minha mochila no chão e cruzei os braços, olhando para a janela.

  - Larga de ser mimado. - pegou meu queixo e me fez olhá-la - Sua masculinidade é tão frágil assim para ficar abalada por eu pagar uma passagem de ônibus?

  - Não, pode ter certeza que não. - acariciei sua bochecha - É que você me estressa.

  - Até parece que você também não me estressa. - revirou os olhos - Você vai pagar o hotel, se eu quiser pagar a passagem de ônibus ou qualquer outra ou coisa, eu vou pagar, entendeu?

 - Sim, senhora. - sorri, fazendo ela enrugar o nariz - Agora, vem aqui. - a puxei, dando um leve beijo.

  - Hum. - separou nossos lábios, me olhando - Qual será nossa programação?

  - Como assim? - franzi as sobrancelhas.

  - O que a gente vai fazer quando chegar lá, vamos para o hotel... - semicerrou os olhos - Você lembrou de pegar o endereço do hotel?

Nem tudo é azulWhere stories live. Discover now