🖤 CAPÍTULO 55🖤

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🖤Dylan:

  - Não, mãe, ele não quer. - Alicia respondeu, quando Ester me estendeu um cupcake.

  - Quero sim. - abri um sorriso convencido - Pega para mim, chorume. - pedi, fazendo ela franzir as sobrancelhas e levantei meus materiais de desenho que estava segurando, mostrando que não conseguia pegar.

  - Não vou pegar porra nenhuma. - me deu as costas indo para o jardim.

  - Eu levo para você. - Ester respondeu, me acompanhando até o jardim de sua casa - Estou muito orgulhosa de vocês, estão amadurecendo muito.

   - Só estamos ajudando na porra do baile. - Alicia respondeu, se sentando na cadeira de baixo do pé de manga, na verdade não é um pé, é uma árvore e eu realmente não conseguia entender porque chamavam de pé. Sei também que o mais correto seria dizer mangueira, porém, convenhamos, se alguém me falar de alguma mangueira, a primeira coisa que irei pensar é em uma mangueira, não em uma árvore que dá mangas.

  - Você está ajudando, eu estou trabalhando. - coloquei meus materiais sobre a mesa branca.

  - Cala a boca, cara de cu. - um sorriso quase imperceptível surgiu em seu rosto - Começa logo com isso, se não minha beleza vai cansar e não estará disponível para você.

  - Aqui. - Ester colocou o cupcake sobre a mesa - Mais tarde trago água e alguma coisa para comerem.

  - Que horas meu pai vai levar a gente de volta para o colégio? - Alicia perguntou, pegando o meu cupcake e o mordendo.

  - Filha da puta, é meu. - tentei pegar de sua mão, mas ela colocou o restante na boca - Filha da puta.

  - Dylan, ela é minha filha. - Ester me deu um tapa na cabeça, me fazendo sentar - Vou buscar mais cupcake. - nos deu as costas, mas logo parou - Provavelmente o Tony vai levar vocês só à noite.

  - Era meu. - reclamei novamente, quando Esther saiu.

  - Foda-se. - mordeu o lábio inferior, se endireitando - Você é péssimo em dar desculpas, seu idiota, admite logo que só queria ficar o tempo todo comigo sem que nossos pais desconfiassem.

  - Só estou trabalhando. - respondi, arrumando os lápis de desenho e pegando a folha, pronto para começar. Havia dito aos nossos pais que iria começar os desenhos naquele dia e iria aproveitar que a Alicia era nossa vizinha, começando por ela.

  - Em um domingo. - pegou um lápis azul.

  - Sim. - peguei o lápis de sua mão - Agora fica quieta para eu tirar uma foto.

  - Claro, mas primeiro admita. - abriu um sorrisinho de lado.

  - Não sei do que você está falando. - abri a câmera do celular.

  - Dylan. - seus olhos azuis pareciam que iriam me perfurar a qualquer momento - Eu quero ouvir.

  - Eu quero ficar com você. - suspirei, segurando sua mão em cima da mesa - Eu não preciso que você fique aqui fora comigo, basta só eu tirar uma foto e pronto. Mas eu quero que você fique. - me sentia em um sonho, naqueles sonhos que você está pelado diante de uma multidão - Feliz agora? - soltei sua mão.

  - Eu não vou a lugar nenhum. - sorriu, apontando para o meu celular, peguei e tirei a foto de seu rosto - Ás vezes eu também fico confusa.

  - Com o que 'tá acontecendo entre gente? - perguntei, fazendo ela confirmar - É estranho, mas eu realmente 'tõ gostando, até mais do que devia.

  - É, eu também. - deu de ombros, parecendo pensativa - Quanto tempo você acha que isso vai durar?

  - Começamos só há alguns dias e você já está pensando no final? - tentei soar brincalhão, mas não sei se consegui.

Nem tudo é azulWhere stories live. Discover now