🖤 CAPÍTULO 59🖤

2.6K 220 28
                                    

🖤Dylan:

  Abri os olhos lentamente, sentindo a luz que entrava pela janela me cegar. Apalpei meu celular pela cama e não o achei, só então o vi em cima da pequena mesa perto do guarda roupa, por isso, me levantei e conferi as horas. 09:27. O que significava, que eu e Alicia tínhamos apenas 7 horas para depois pegar o ônibus e voltar para o colégio, onde infelizmente não poderia tocá-la. Voltei para cama e me deitei, observando Alicia dormir. Meu moletom estava parecendo um enorme vestido para ela, o que a deixava muito fofa, ainda mais quando seu nariz tremia levemente, aquilo conseguia deixar até o pincerg fofo.

  Me levantei novamente, apenas para pegar os meus materiais de desenho e voltei para a cama. Acariciei levemente sua bochecha, com medo de acorda-la e comecei a desenhar seu delicado rosto enquanto dormia. Aquilo podia parecia um pouco maníaco e obsessivo, mas me fazia sentir completo e inspirado para desenhar novas coisas. Infelizmente ou felizmente, Alicia era minha inspiração. Sentir-se ligado à alguém da maneira como eu estava me sentindo ligado à ela, era aterrorizante. O que me fazia pensar que talvez  Amora tivesse razão ao me chamar de covarde, porque eu definitivamente tinha medo do que sentia.

  Me concentrei em fazer o esboço do desenho enquanto ela ainda dormia e, apenas quando comecei pintar seu cabelo bagunçado com mechas azuis em seu rosto, ela se mexeu na cama, abrindo os olhos lentamente. Guardei o desenho e passei a mão por seus cabelos, fazendo ela se espreguiçar e enrugar o nariz, como sempre fazia.

  - Bom dia, dorminhoca. - lhe dei um selinho.

  - Credo, vai escovar esses dentes. - resmungou, me empurrando.

  - Eu deveria ter te acordado com um xingamento. - dei um leve tapa em sua testa - E vai escovar os seus dentes também porque 'tá péssimo.

  - Tenho a desculpa que estava dormindo. - coçou os olhos e se sentou.

  - Eu também. - peguei sua mão e a puxei fazendo ela levantar.

  - Você estava me olhando parecendo um tarado. - se espreguiçou novamente, quando estava em pé.

  - Talvez eu seja um tarado. - sorri, caminhando até o banheiro.

  - Com certeza, você é. - ouvi sua voz, para logo em seguida sentir um tapa na minha bunda - Eu também sou.

  - Pelo visto você não está mais com dor. - passei a mão direita pela suas costas, descendo para em sua bunda, assim que ela se posicionou ao meu lado em frente o espelho da pia - Bom saber.

  - Primeiro preciso me alimentar. - começou a escovar os dentes.

  Apenas arqueei uma sobrancelha e comecei os escovar os dentes, enquanto nossos olhos se encontravam pelo espelho  e ela fazia caretas com a boca branca de pasta, me fazendo rir. Após terminarmos, Alicia pegou seu celular e começou responder algumas mensagens, enquanto eu dava os últimos retoques que faltava no desenho de Alessandra. Depois de alguns minutos, senti as pequenas mãos de Alicia massageando meus ombros, o que me fez franzir o cenho.

  - Virou massagista? - perguntei, com um certo deboche.

  - Vai tomar no seu cu, então. - tirou a mão de meus ombros - Não faço mais massagens.

  - Chorume. - puxei seu pulso, fazendo ela se sentar no meu colo - Pode fazer massagens onde você quiser.

  - Onde eu quiser? - abriu um sorrisinho de lado e depois deu um leve beijo no meu pescoço - Estava pensando...

  - Prossiga. - passei a mão pelas suas pernas.

  - Podíamos pedir para entregarem nosso almoço aqui. - tirou a blusa de moletom, ficando apenas de calcinha, me fazendo respirar fundo com aquela vista - Porque eu acordei muito pervertida hoje.

Nem tudo é azulDove le storie prendono vita. Scoprilo ora