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  Victory estava atenta ao celular e de vez em quando eu flagrava uns sorrisos bobos saindo de seus lábios. Isso só me incomoda, porque conheço meu sócio e amigo. Ele não é a pessoa perfeita para ela. A tenho como uma irmã mais nova. Logo tudo que se refere a mesma, me deixa em estado de alerta.

  É óbvio que irmãos não se fletam, entretanto temos uma amizade colorida, mas nada que afete nossas vidas sentimentais.
 
  Estou longe de ser o cara recomendado, porém o mais sábio em saber qual o certo. Jamais admitiria que alguém a machucasse.

  A sessão se encerra. A modelo se manteve profissional como somos recomendados, mas tudo indica que deva ser comprometida. Sei quando uma mulher está afim de puxar assunto comigo. A garota, ainda, pegou seu celular e pude perceber que fazia um stories para o público. Qual a graça nisto? Noto que se aproxima de mim com um sorriso largo.

— Oi, desejo me apresentar sem formalidades. Sou sua fã.

Jura?

— É... Nem sei o que falar. Obrigado?

Sim, eu ficava desajeitado na frente de algumas mulheres. No caso, fãs.

— Posso gravar um stories com você? — pergunta e eu concordo. Vejo Vicky guardar o celular e prestar atenção na cena. Com certeza, iria fazer chacota depois. — Meninas, olha só quem está aqui comigo? — aponta o celular para mim.

— Oi, gente! — acenei para câmera.

— Se vocês não conhecem... Meus amores... Se atualizem! Nada mais, nada menos do que Theodore Baccelli! Um dos empresários mais gatos de Nova Iorque! — solta uns gritinhos histéricos. Acabei rindo da situação, pois imaginei Victory revirando os olhos.

— Assim eu fico sem graça. — falei, olhando para câmera. 

— Foi um prazer trabalhar contigo, Théo. Mande um beijo para minhas fãs.

— Beijo, meninas. — soltei um beijo e a famosa piscadinha.

— É isso, mores! Agora, vou mostrar para vocês uns spoilers... — continuou, se afastando.

— Antipática. — a ruiva se aproxima despejando todo seu ranço.

— Acho que nenhuma mulher que se aproximar de mim para conversar vai conquistar seu coração. Talvez poderia dar uma chance para conhecê-las a fundo. — sugeri.

— A mulher conhece a sua espécie e garanto que saberei quando a garota certa se aproximar de você. Essa não vai precisar fazer esforço para conquistar meu coração. Se ela conseguir mudar suas atitudes, Théo, eu saberei. — morde o lábio inferior.

— Não começa. — bufo. — Com quem estava falando no celular? Pelo olhar brilhante, deve ser o cara mais gato e rico do país.

— Quase isso. Baccelli, hoje tenho um encontro e desejo que não interfira. Já sou bem grandinha e sei fazer minhas escolhas.  O cartão do apê sempre fica na portaria, como ele já te conhece, não há problemas.

  Voltamos ao trabalho, pois o tempo não para. Até cheguei a encontrar meu irmão quando as portas do elevador se abriram, mas ele não chegou a me ver. Entrei na sala antes que minha crise atacasse.

  Quando o expediente se encerra, fui para casa tomar um banho. Tomei um café junto com Teresa e avisei que não dormiria por lá. Meu irmão chegou pouco antes de eu sair.

  Cá estou no apartamento de Victory. Ainda são oito horas. Minha única companhia é Duck, o cachorro de estimação da mesma. Ele é um animal muito dócil e ama carinhoso. Gosto muito de cachorro, mas meu tempo não permite que adote um. 
  Preparei uma pipoca com bastante leite condensado, uma cerveja que havia na geladeira e segui para a sala, ligando a televisão e abrindo o Netflix. É certo que não gosto de séries, prefiro filmes de ação, drama e aventura. Só abri uma excessão para Barbie por causa da minha sobrinha.
   Duck sobe em cima do sofá e deita-se enquanto relaxo meu corpo e como meu lanche.

188 - A DONA DA VOZWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu