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— Está tudo bem? — Al questiona, preocupada.

— Sim. — sorri sem jeito e me sentei na cadeira. Graças a Deus, consegui controlar seja lá o quê estava acontecendo comigo. — Vejo que terminou seu hambúrguer.

— É, estava irresistível. — fala enquanto digita freneticamente em seu smartphone. — Estou mandando uma mensagem para um adolescente que aceitou a Cristo recentemente. Você demorou bastante no banheiro, estava fazendo o número dois?

— Não, podemos ir?

— Claro.

Paguei a conta no caixa e seguimos em direção ao estacionamento.

— Ei, já que estávamos falando de tempo, que tal ligarmos para nós do futuro? — pergunta, empolgada após pegar o telefone do orelhão. Franzi o cenho, confuso. — Não é tão ruim, vamos! — me entrega o telefone e eu o coloco no ouvido.

— É... — pigarreio. — Alô? Não posso falar meu nome. — ri da minha idiotice e, ela, também. — Oi, eu mesmo, estou ligando para te falar umas coisinhas que presumo que aconteça. Sabe, você é um jovem rapaz que trabalhou bastante para construir sua empresa e não se prendeu a fama. Graças a Deus. Conheceu uma garotinha birrenta que prefere não se identificar, sabe, não vejo problema nenhum nisto. Espero que ela continue sendo sua amiga, porque, sinceramente, gosto muito da sua companhia.

Entreguei o telefone a mesma.

— Só isso? Tenho certeza que tem mais outras coisas a revelar.

— A caixinha de surpresa aqui é você. — retruquei.

— Tá... Oi, Al. — suspirou. — Tudo bem? Bom, espero muito que esteja. Espero, também, que tenha se apegado mais a Deus. É... seria bom se não tivesse que confrontar o dono de uma empresa em uma feira de exposições e derrubar um copo de refrigerante em seu terno que custa o preço da minha casa inteira.

Gargalhei bem alto com aquilo.

— Eu me arrependo amargamente, mas acredito que muitas coisas têm seu lado bom. Espero que não tenha mantido a amizade com esse rapaz, pois ele é insuportável. Um beijo, querida. — coloca o telefone no gancho. Me recuperei da minha crise de risos e seguimos em direção ao carro. Só Al para me fazer rir num momento tão "sei lá" como este.

— Você falou pouco para alguém que ama falar.

— Gosto de economizar argumentos. — aperta seu cinto.

— Tem certeza que minha mãe não lhe disse o meu nome? Tenho uma leve impressão que a senhorita está trapassando. — confessei, dando a partida.

— Engano seu, quando eu disse que era direta e sincera, pode acreditar que ainda é verdade.

(...) 🌻

  Mais um amanhecer de paz em Montana. Isso é tudo que pedi a Deus depois de muitos meses de trabalho e férias atrasadas. Tudo para manter a empresa em perfeito estado para quando eu voltasse. Confio cem por cento em Fagner para qualquer serviço, mas não em outros sócios que desejo eliminar a tempos e sou impedido.

  Meu irmão estudou para ser advogado, então não posso, simplesmente, colocá-lo no meu lugar, mesmo ele entendendo algumas coisas básicas de administração. O mesmo só me ajuda nas partes burocráticas que me dão muita dor de cabeça.

  Seu sonho é abrir seu próprio escritório particular e trabalhar para ajudar as pessoas, mas se preocupa comigo como um pai. Bom, seu aniversário está chegando e pretendo lhe dar de presente sua liberdade de ser quem sempre sonhou, não quero cortar as suas asas ou ser considerado um empata sonhos. Fagner será um excelente segundo dono e Victory gerente das filiais.

  É, preciso separar esses dois antes que eles comecem a namorar e eu tenha problemas em encontrá-los aos beijos pela empresa. Isso é intolerável.

   Já havia feito minha higiene e tomado meu café. Agora, estou sentando na cadeira de balanço com o notebook no colo. Anjo respondeu meu e-mail ontem, no horário em que estávamos na lanchonete. É, tenho uma paranóica em ficar olhando para o relógio e acabo - sem querer - registrando o tempo em que estou no lugar. Queria que o mundo soubesse o quanto é um saco!

Ela escreveu:

"Oi sweetheart, estou feliz com seu e-mail. Confesso: estava aguardando por ele. Que maravilha ler que está com sua mente mais relaxada e em paz consigo próprio. Aliviada em saber que a ansiedade está inalcançável. Al é mesmo um anjo, né? Aproveite bastante suas férias. Também estou me divertindo, respirando ar verde e na companhia de pessoas agradáveis. Até mais."

  Ela não é mesmo uma fofa?
A baixinha estava sentada de frente para o lado e desenhando. De longe, poderia reparar sua expressão séria e concentrada. Jamais empataria esse momento tão dela. Seria como incomodar o próprio Deus.

— Como se sente ao estar do lado dela? — mamãe se senta em minha frente.

— Onde está querendo chegar? — desviei meu olhar, me concentrando no notebook.

— Pode dizer tudo a mim, prometo não ser imprevisível. Théo, está se apaixonando por Al?

— Não! — respondi de imediato. — A senhora está sendo imprevisível. Conheci a garota não tem nem um mês e já está pensando coisas desse nível. Me poupe, mamãe.

— É muito cedo, realmente. Só acho estranho você aceitar a companhia dessa garota, convidá-la para viajar contigo, coisas que nunca fez com nenhuma outra, me entende?

Concordei ainda sem olhar em seus olhos. Meu celular vibra dentro do bolso anunciando ser Victory. Levantei depressa, pedindo licença a minha mãe.

— Oi, meu amor. — segui andando para um lugar mais afastado.

Não me chama assim, seu falso! Eu estava de acordo que viajaria, mas não quando. Te odeio! — finge estar magoada.

— Como foi seu dia? — ignorei seu comentário a fim de irritá-la.

Não interessa, estou no trabalho. Só liguei para você lembrar que existo.

— Vicky, me desculpa. Não posso ser o mesmo Theodore de antes sendo que está se relacionando com meu melhor amigo.

Ele é, apenas, meu crush. Não significa que é meu marido. Até no namoro acho um absurdo um homem querer interferir em minhas amizades.

— Até dou razão a ele, pois nossa amizade não costuma ser muito comum. Como está o relacionamento de vocês?

Por enquanto, ótimo! Temos muito o que conversar mocinho. Inclusive, você foi embora e esqueceu de me contar sobre seu encontro com a garota da feira de exposições.

Eu não poderia confessar que Al está comigo. Vicky apertaria minha mente com suas suposições e expectativas.

— Apenas nos encontramos no mercado. Quando eu voltar, quero te ver. — mudei o assunto.

Minha agenda anda lotada, sabe?

— Sei e acho bom você desmarcar todos esses compromissos.

Aff, não vejo a hora de ouvir de seus lábios que está namorando alguém para ver se larga do meu pé!

Ri do seu comentário.
— Como está Duck?

Bem, se você ficasse mais tempo online no Instagram, o veria facilmente.

— Estou de férias, meu bem. Até me esqueci que tinha esse aplicativo em meu aparelho, talvez eu poste uma foto por lá. Beijos, bom trabalho.

— Boas férias, Baccelli.

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"Só você é a dona do meu coração"

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188 - A DONA DA VOZWhere stories live. Discover now