Capítulo 3

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Jungkook nunca imaginou que uma casa de diversões pudesse ser tão chamativa e muito menos que a construção seria rosa. Bordéis eram velhos conhecidos do jovem príncipe, que cresceu com o pai o levando em vários, somente para se desanimar no final do dia; aquilo durou para Jeon exatamente até os dezesseis anos, quando o antigo rei o havia visto beijar um príncipe de um reino aliado, depois daquilo, o homem desistira.

O príncipe Jeon fizera de propósito.

Então, em toda a sua experiência com aquele tipo de casa, achava que em todos os lugares, bordéis eram discretos, escondidos e fedidos. Mas, para a sua surpresa, aquela mansão rosa era tudo, menos o que havia imaginado.

— Bem... Essa é uma agradável surpresa — Yoongi murmurou, cruzando os braços e tirando um momento para analisar a construção. Ele já ouvira falar naquele local, mas era a primeira vez que colocava seus olhos nele. — A casa é realmente rosa.

— Se rosa fosse a única coisa que chamasse atenção no lugar... — comentou Jungkook ao ver as luzes brilhantes do lado de fora. Ele achou um desperdício imenso de energia elétrica. — Ah, vamos logo... Quanto mais rápido entrarmos, mais rápido podemos ir embora...

— Seu lado gay está se mostrando.

— Não, só o meu lado que odeia barulho e gente se esfregando em mim...

Yoongi riu e deixou o comentário que poderia fazer para lá.

O local era surpreendentemente calmo. Obviamente havia barulho por toda parte, homens e mulheres bem vestidos — ou pouco vestidos —, andavam de um lado para o outro e gargalhavam como se o mundo fosse um lugar repleto de paz e esperança.

Um tom de rosa delicado construía a decoração do local, mesclando-se com o marrom claro das mobílias. Quem quer que houvesse construído aquele lugar não havia poupado esforços para deixá-lo elegante e moderno, ainda que fosse um bordel.

Cortinas de seda cobriam as janelas e também escondiam uma área que o príncipe julgava ser um palco, graças à localização e às luzes apontadas.

O bar ficava na lateral direita e um homem e duas mulheres trabalhavam por detrás do balcão, atendendo clientes com sorrisos quase genuínos e com roupas extravagantes que deixavam pouco a desejar a imaginação.

— Meu príncipe do cavalo branco!

Uma voz surgiu por detrás o que fez Jungkook e Yoongi se virarem em um único movimento, o último já levando a mão ao coldre onde sua pistola estava, mas desistiu do ato ao encontrar o rapaz de mais cedo. Taehyung.

— Ah, olá senhor.... Quer dizer, Tae — falou Jungkook, sorrindo e se surpreendendo ao ser abraçado. Ele tinha que se lembrar que aquele era um costume do reino Kim. — Veio... hum... se divertir?

— Alguém já disse que você é fofo? Provavelmente sim — disparou Taehyung, piscando um dos olhos para o príncipe. — E você também hum... Qual o seu nome?

— Escudeiro.

— Min Yoongi — falou Jungkook, devolvendo a piscada de olhos para Taehyung. — Mas ele não é muito sociável...

Yoongi odiava Jungkook e seu flerte pavoroso. O príncipe poderia ser belo, mas não sabia ser charmoso ou sensual. E ainda por cima falava mais do que o necessário.

— Então, senhor Min Yoongi — falou Kim, sorrindo. — És fofo.

— Ele agradece o elogio. Esse é o rosto feliz dele — Jungkook murmurou, colocando uma mão embaixo do rosto do escudeiro como se exibisse e uma obra de arte. Yoongi estava com a expressão séria, beirando a irritação.

Glass BridgeWhere stories live. Discover now