Capítulo 81

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Taehyung gostava de ter o corpo de Jimin contra o seu quando estavam deitados. Havia passado o dia anterior fazendo antídotos e agora esperavam a pessoa responsável que viria buscar os frascos; por mais bobo que fosse, torciam para que fosse Jungkook.

— Eu ainda sinto que deveria estar lá — falou Jimin, suspirando pesadamente.

— Foram ordens da rainha — comentou Taehyung, referindo-se ao fato de terem recebido uma ave os informando que deveriam ficar na casa e quando fossem necessários, seriam chamados para o embate. — Ela pensa que a entrada para o reino Park pode ser necessária para evacuar a cidade...

— Eu acho que isso é coisa de Jungkook.

— Se for ele está apenas tentando nos proteger, Minnie.

— É? E quem o protege, Tae? Quem?

— Ele sabe se cuidar, Jimin. Nós precisamos acreditar nisso.

Jimin suspirou fundo e passou os dedos pelo peitoral do namorado, percebendo o outro relaxar com o seu toque.

— Eu fico feliz por você ficar — comentou Taehyung, passando os dedos no cabelo do namorado. — Sei que você queria lutar, mas...

O mais baixo concordou com um som nasal, aproximando o rosto do de Taehyung e selando os lábios do mais alto com carinho.

— Vou descer e ver como Jiwoo e o bebê estão.

— Mas não demora, amor... Estou carente.

A fada riu, beijando novamente o mais alto e se levantando em seguida, não demorando para chegar às escadas. Park não pode deixar de perceber que estava um pouco entediado de ficar dentro da casa, mas sabia que era arriscado, não para ele, mas para Jiwoo, Taeyang e o namorado que por mais que fosse um vampiro e pudesse se defender, não tinha muita técnica de luta, então o melhor era evitar ser visto ou atrair atenção de alguma maneira para o local.

A única companhia do local que deixava Jimin um pouco desconfiado era o cocheiro, que circulava livremente pela casa. O problema da fada nada tinha a ver com status social, mas sim pelo fato de por vezes ver o homem olhando para os moradores de forma bastante intensa, porém além disso não tinha nenhuma outra prova para acrescentar à sua relutância e estava fora de questão jogar o homem na rua em uma guerra, então Park somente o observava, principalmente quando o encontrava brincando com Taeyang, como acontecia no momento.

— Jiwoo! Já falei para você não ir para a cozinha sozinha! Seu pé ainda não está bom. — Jimin disparou assim que viu a loira entrar na sala de estar com uma bandeja. — E você?! Por que não a impediu?!

— Ela me deu ordens de não me intrometer... — o homem respondeu indiferente, sem deixar de brincar com o bebezinho.

— Inútil... — Park resmungou, segurando Jiwoo pela cintura e a ajudando a se sentar. A julgar pela maneira que a outra aceitou a ajuda sem reclamar, seu pé deveria estar doendo.

— Deixe-o, Jimin. Eu estou cansada de ser auxiliada vinte e quatro horas por dia.

— Jiwoo, você passou por uma cirurgia! — disparou a fada, buscando uma almofada para a moça usar de apoio para o pé. — Por favor, nos chame quando for se movimentar, Ji. Você não pode correr o risco de se machucar ainda mais... Não temos médicos.

Jiwoo sabia que a fada tinha razão, porém sempre havia sido dona de si, cuidando de tudo e todos e agora tinha que ser cuidada. Odiava toda aquela situação.

— Me desculpe.

— Ah, Ji... Só prometa nos chamar, okay? — pediu Jimin, vendo a loira concordar com a cabeça. — Agora... Como está o lindinho do titio, hn? — perguntou, virando para a criança. — Hein, Taeyang?

Glass BridgeWhere stories live. Discover now