Cinco dias. Era isso que tinha se passado do desaparecimento de Jungkook e Seokjin se sentia exausto. Haviam feito buscas — inclusive na floresta —, mas nada tinha encontrado. A situação estava tão desesperadora, que o príncipe já havia começado a conversar com o chefe do exército sobre uma futura guerra.
— Tem certeza que ele não estava na floresta? — perguntou Seokjin, olhando para o responsável pelos os soldados. — Eu recebi uma informação de que ele estava lá...
— Sua informação estava errada, Vossa Alteza.
— Eu gostaria de falar com os soldados que o procuraram, general — insistiu Seokjin, estalando a língua. — Talvez tenham encontrado algum vestígio... Qualquer coisa.
— Vossa Alteza, desculpe... Mas estás me chamando de mentiroso?
Sim, pensou o príncipe.
— Não. — Foi o que ele realmente disse. — Eu preciso de alguns minutos para pensar. Com licença.
Seokjin não gostava de dispensar as pessoas daquela maneira, mas sem pensar muito no assunto balançou a mão no alto, indicando que era para todos saírem. Seu pai tinha se ausentado, pois sua mãe estava novamente doente na cama. A saúde fraca da rainha estava o preocupando, mas tinha que resolver primeiro o problema com o reino Jeon. Eram tantos problemas; às vezes odiava ser um príncipe.
O moreno levantou o olhar dos documentos e viu Namjoon também saindo da sala. Ele quase riu, pois, o pedido não era para o escudeiro.
— Joonie, fica. Eu preciso da sua mente aqui comigo.
— Mente, claro.
Seokjin capturou a fala em algum lugar, mas estava cansado demais para recriminar as piadinhas de algum dos conselheiros. Eles podiam pensar o que quisessem, não se importava com aquilo, ainda mais quando eram covardes o suficiente para falar aquelas palavras aos sussurros ao invés de dizer em voz alta.
— Amor, não ligue para esses homens — Namjoon proferiu quando não havia mais ninguém na sala, levando a mão aos ombros de Seokjin, que gemeu baixo com a massagem. — No que posso ajudar?
— Eu... olho para esse bando de papel e não consigo enxergar mais nada — disse o príncipe, empurrando a pilha para longe de si. — Vai ter uma guerra, Joonie. Não sei se tem mais como evitar...
— O único jeito de evitar é encontrando Jungkook; se ele ainda estiver vivo.
— Joonie, você acha que o garoto está morto? — perguntou Seokjin, segurando na mão de Namjoon e fazendo ele sair de trás da cadeira e ir para a sua frente.
— Não sei, Jinnie... Tudo é possível.
— Ele... é tão novinho.
Namjoon se sentou em uma cadeira antes ocupada por algum conselheiro e segurou a mão de Seokjin, fazendo um delicado carinho no local. O príncipe lhe sorriu fracamente e suspirou fundo, sinceramente não sabendo mais o que fazer além de torcer para Jungkook aparecer ou então se preparar para a guerra.
— Jin... Você quer que eu vá à floresta?
— Quê?! Não!
— Eu posso levar alguns soldados que confio e eu mesmo procuro por Jungkook — explicou Namjoon, mordendo o lábio inferior. — Só para garantirmos.
— A floresta é perigosa, Joonie!
— Eu treinei para isso, amor.
— Não, tem que ter outra alternativa — ponderou o príncipe, balançando a cabeça negativamente enquanto olhava mais uma vez os papéis. — Qualquer coisa...
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Glass Bridge
FanfictionApós a Terceira Grande Guerra, a humanidade se viu devastada e perdida. Séculos depois, a sociedade se reergueu, agora separadas em nações com líderes dotados com habilidades especiais. Nesse cenário, o Reino Kim e o Reino Jeon vivem em clima de ten...