Capítulo 16

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A boca do homem era macia e estava em seu pescoço percorrendo todo o caminho enquanto deixava beijos por sua derme.

O cheiro era de limão com um toque molhado, como se chovesse na floresta e ele não conseguisse sentir os pingos de chuva na sua pele, somente o fogo da boca do escudeiro, que fazia com que gemesse baixo para que assim não acordasse o príncipe.

De alguma forma, aquilo tudo era errado, porém parecia tão certo.

Eu estou apaixonado por você.

Hoseok acordou de uma vez, arregalando os olhos e escutando o piado de Dawon.

Aquela era a primeira vez em que não acordava de uma visão. O andarilho havia fantasiado e sinceramente, poderia se acostumar com a sensação de não acordar com medo do futuro.

***

Jimin sentia a água escorrer pela sua derme após mergulhar todo o corpo na banheira e submergir. Sua mente estava cansada e não conseguia parar de pensar em Taehyung e a forma como o vampiro sorria ao dançar com a escudeira. Em todos aqueles anos de vida numa imaginou que fosse ficar com ciúmes de alguém, afinal era aquele que seduzia, porém no momento estava se sentindo derrotado por aquele sentimento horrível que dominava seu peito e se alastrava pelo o seu corpo.

Kim Taehyung era a solução para aquela sensação ruim, mas não podia o ter. Antigamente até pensara que talvez um dia aquilo pudesse ocorrer, mas havia crescido e agora tinha certeza que nunca poderia ter uma vida normal ao lado do vampiro que amava.

Por fim, saiu da banheira e enrolou uma toalha na sua cintura enquanto caminhava do banheiro para o quarto. Estava cansado e um pouco temeroso, pois além da clara loucura do antigo rei, Taehyung estivera a festa toda estranho e logo após havia sumido com Seokjin e Namjoon e não mais havia dado as caras. A morena tentava não pensar naquilo, mas era impossível.

O frescor entrava pela janela do quarto do moreno, que resolveu ir até a vidraça e sentir um pouco da manhã contra a sua pele. Seu cabelo agora estava na altura das costas e com os fios balançando com o vento lhe deu um certo frescor de liberdade, como se nunca escondera o que era e as suas origens. Jimin queria tanto gritar no meio da rua, aos sete cantos e principalmente para Taehyung. Ele queria contar a verdade, sempre quisera, mas agora com o outro afastado, parecia ser melhor daquela maneira. Menos pessoas sabendo, menos problemas.

— Vai chover, Jas — comentou Jimin, logo sentindo a tigresa se esfregando na lateral da sua perna direita. — Será que Tae está fazendo alguma experiência louca no alto do morro?

Jasmine não respondeu e Jimin suspirou fundo. Ele esperava que não, pois Taehyung sempre havia sido um pouco irresponsável quando se tratava dos seus experimentos e muitas vezes se arriscava para poder provar algum ponto.

— E Jungkook, Jas... Como será que ele está?

Jimin havia se afeiçoado por Jungkook logo de cara, pois o rapaz era um pouco tímido e ele havia conseguido captar a ansiedade dele, mas o príncipe era uma boa pessoa. Havia ficado atraído por ele, mas em nenhum momento tinha sido rude ou desrespeitoso e Park gostava de pessoas assim.

O moreno sabia que Jungkook ainda não havia saído da floresta e estava um pouco preocupado, pois ele era a única forma dos países não guerrearem e além, é claro, dele não gostar de vidas perdidas em vão, ainda mais de uma alma boa quanto a do outro. Então, Jimin torcia para que tudo desse certo para Jeon e que logo o príncipe estivesse seguro e bem.

O dono do bordel então começou a se vestir, pois teria um dia agitado e a noite provavelmente receberia vários convidados após a coroação de Seokjin. Ele já sabia que algo assim aconteceria, principalmente por seus diversos informantes dentro do castelo. Talvez Jimin tenha sabido antes do futuro Rei, o pensamento fez o moreno rir.

Glass BridgeWhere stories live. Discover now