Capítulo 82

909 182 149
                                    

A luta recomeçou com Jimin levando um soco. Foi rápido e certeiro, mas Park não perdeu tempo e desferiu um golpe contra o estômago da tia, que arfou e se afastou, tomando tempo para se recuperar. Então as coisas serão assim? O mais baixo se perguntou, caminhando lentamente pelo local. Ela vai se afastar a todo momento, hn?

De repente a mulher deu alguns passos para frente e Park percebeu uma arma na cintura dela, por baixo da blusa larga. Então, ela está pronta para me matar, mas ainda assim vai brincar, pensou o rapaz, passando a língua nos lábios e sorrindo sarcasticamente. Tsc, tsc, tsc... Não me subestime, querida tia.

Jimin não precisava do dom para ser forte e Hyunah odiava admitir isso para si, mas quando levou o terceiro chute seguido, não teve mais alternativa a não ser suspirar fundo, afastando-se novamente, tentando ganhar tempo para se recuperar.

— Achei que você era forte, titia.

— Eu sou, diferente de você, que finge ser forte — disse a ruiva, passando a mão pelo cabelo e sorrindo. — Sua mãe era igual — Hyunah proferiu, cuspindo no chão. — Mas na hora que tinha um homem em cima dela ficou gritando o maridinho, né? Como é mesmo que foi? Acho que você pode me explicar melhor, já que viu tudo...

Jimin sabia quando estava sendo provocado e se controlou para não reagir, afinal da última vez que havia feito isso, Hyunah havia escapado. Então, respirando fundo, Park engoliu a raiva e permaneceu no local, esperando que a outra atacasse primeiro.

— Eu que encomendei a morte dos seus pais, sabia? — Hyunah afirmou, levantando as sobrancelhas. — Do jeito que foi... Tudo o que aconteceu, exatamente como aconteceu, eu que quis — explicou. — Os pais do seu namoradinho Jungkook também... Eu sempre mato a todos que entram no meu caminho.

Fazia sentido para Jimin aquela afirmação, afinal estivera pensando como as coisas tinham sido bem fáceis para Hyunah já que Somin estava no poder e sobre a sua influência; provavelmente o antigo rei e rainha do reino Jeon eram mais complicados para a fada usar o seu Medo.

— Eu também criei uma resistência no Reino Jeon. Foi tão fácil influenciar aquele bando de pobre fedido — afirmou a fada, revirando os olhos. — Eles até vão contra a família e se explodem por mim, ai, ai... — Hyunah expirou com força. — Você não é nada, querido sobrinho. Olha tudo o que eu fiz! Sou tão poderosa que Hyungteo me obedece. Não há nada acima de mim.

— Você ainda fala com orgulho — comentou Jimin, balançando a cabeça. — Eu tenho pena de uma pobre criatura como você — disse. — Diz que tem poder e influência, mas me diga: alguma vez na vida soubeste o que amor?

— Eu amei seu pai com todo o meu coração, mas ele quis a vaca da sua mãe.

— Não... Ele somente a via como você é: uma criatura inescrupulosa que não merece ser amada.

Hyunah respirou fundo e jogou um vaso na direção do sobrinho — o primeiro que encontrou —, mas Jimin desvirou sem problemas do objeto, dando um salto para trás e ficando com o sofá entre eles, pois conseguia ver a mulher com o canivete novamente apontando em sua direção. Por que ela não usa a arma? Park se segurou para não perguntar aquilo para a mais velha e simplesmente a deixou fazer o mesmo movimento, batendo em seu braço e derrubando o objeto no chão.

— Você está brincando comigo — disparou Jimin, batendo não outra mão da mulher quando ela tentou socá-lo. — Você tem uma carta na manga, não é possível!

A ruiva suspirou fundo, novamente levando a mão ao cabelo, rindo em seguida. Jimin não abaixou a defesa em nenhum momento, sabendo que a tia não era confiável, então não se assustou quando ela puxou a arma de fogo e lhe apontou, estalando alto a língua.

Glass BridgeWhere stories live. Discover now