Capítulo 85

1K 190 48
                                    

Hoseok teve que correr para alcançar Jimin. Após a luta, o mais novo já se encontrava no corredor, com pressa para ir atrás de Taehyung, porém logo foi parado pelos dedos do vidente, que o virou para si; o rosto cheio de preocupação.

— Preciso colocar seu nariz no lugar — afirmou o vidente, suspirando fundo. — Vai doer...

— Não importa... Faz logo isso.

— Vou contar até três e aí coloco, okay?

— Você acha que eu acredito... Ah! — Jimin parou no meio da frase para reclamar da dor que sentiu ao ter o nariz colocado no lugar. — Merda... Tá tudo certo agora?

— Precisamos de gelo...

— Não tenho tempo para isso.

Park voltou a andar apressadamente e Hoseok nada comentou, pois conseguia sentir a tensão do irmão emanando em sua direção. O que será que tinha ocorrido antes dele chegar ali? Jung sentia-se tão perdido que nem a morte de Hyunah ainda parecia palpável.

Assim que estava fora da casa, Hoseok fitou Jasmine com a boca cheia de sangue, porém concentrada no que agora parecia um braço.

— Jas! Já chega.

Jimin proferiu, sem realmente olhar para a tigresa, talvez por nervoso, talvez por que não quisesse aquela cena gravada em sua memória, no final das contas, a ruiva tinha o seu sangue. Jasmine reclamou alto com uma espécie de rugido, mas se afastou do corpo; a cena não passou despercebida por Jung, mesmo ele evitando de olhar, somente seguindo reto para o estábulo juntamente com o irmão.

A primeira coisa que o híbrido notou ao entrar no ambiente escuro do estábulo foi o piado de alto de Dawon, que desceu no mesmo instante com um curto voo para em seguida ir para o fundo do local. Jimin pareceu perdido por uns segundos, não sabendo o que a coruja queria lhes falar, mas quando Hoseok segurou em sua mão, seguindo a animale, ele foi com o irmão, sentindo seu coração bater mais rápido a cada instante. O que encontraria ali? Taehyung estava bem? Jiwoo e o bebê? Céus, Park não se perdoaria se algo de ruim tivesse ocorrido enquanto estava sendo fraco em relação à Hyunah.

Jimin não sabia o que esperar, mas nada o preparou para a cena que presenciou na parte mais afastada do estábulo. Jiwoo estava com Taeyang no colo, apertando-o contra seus braços ao mesmo tempo que tinha a testa apoiada no ombro de Taehyung. O vampiro estava com os olhos arregalados e tinha sangue escorrendo por sua boca e queixo, a camisa toda ensopada do líquido escarlate.

— Tae?

— E-eu... t-tive que m-matá-lo.

Jimin cruzou o espaço entre ele e o namorado, abraçando-o com força. Taehyung soluçou se agarrando a camisa do namorado, como se sua vida dependesse daquilo.

— Você precisou fazer, Tae. Não foi por que você quis. — Park não tinha certeza de como consolar o namorado. Eles não tinham as mesmas convicções no fim das contas. — Você salvou Jiwoo e o bebê. Você fez o que precisou fazer, meu amor. Não se culpe...

— E-ele t-tinha um p-punhal e... e...

Shh, está tudo bem. Eu estou feliz que você esteja bem, Tae... Eu te amo. Obrigado, por salvá-los. Obrigado...

Hoseok sabia que aquele era um momento que Taehyung precisava de privacidade com Jimin, afinal o rapaz era doce demais para as maldades do mundo e quando era ele aquele que atacava, o vampiro caía em um espiral de tristeza e culpa que somente a fada e Jungkook conseguiam tirá-lo. Jung por um momento pensou em Yoongi, sentindo seu coração se apertar, porém antes tinha que ajudar Jiwoo e Taeyang a saírem daquele ambiente sujo e escuro.

Glass BridgeWo Geschichten leben. Entdecke jetzt