Glass Bridge

Capítulo 28

Os bombeiros haviam chegado no local, porém não queriam entrar no bordel e Jimin estava pronto para matar todos aqueles homens que nada estavam fazendo além de jogar água com uma mangueira na casa em chamas.

— Comandante, o senhor tem que entrar lá! — gritou Jimin, pela quinta vez, enquanto apontava um dedo para o homem alto. — O primo do Rei está lá dentro!

— Não podemos fazer nada... A estrutura do local está comprometida e não posso deixar meus homens se arriscarem dessa maneira.

Jimin gritou em frustração. Aquilo era por seu estabelecimento ser um bordel, pois em qualquer outra ocasião eles não mediriam esforços para adentrar o local em chamas. Seu coração estava apertado o que significava que Joy estava em perigo e não era apenas uma suposição, era real. Era a ligação que o homem possuía com seu animal, a ligação mágica que unia sua alma à de Jasmine, seu animale.

O fogo pareceu aumentar no segundo andar e Jimin escutou um grito e em seguida silêncio, para novamente as chamas preencherem todo o espaço. O local onde antes Taehyung estava ajudando as vítimas, agora estava impossível de se acessar e a cada segundo que passava, Park sentia um pedaço do coração dele se quebrar.

A fada sabia que suas meninas — além das que Taehyung salvara —, estavam mortas e lhe doía demais, pois conhecia a história de cada uma e por mais bobo que parecesse, tentava acolher a todas em suas asas e tratá-las como irmãs. E, além daquela dor que lhe preenchia o peito, ainda tinha o homem que amava e Jasmine dentro da casa em chamas e Park sabia que não aguentaria mais perdas; ele precisava das pessoas que amava vivas e bem ao seu lado.

Jimin já estava perdendo as esperanças quando um dos bombeiros sinalizou algo e logo outros se juntaram a ele. O moreno encarou a cena assustado. Os homens deram a volta na construção, sumindo de suas vistas por um tempo curto, mas que para ele era quase como a eternidade.

Quando Jimin reviu os bombeiros, um deles carregava uma moça desacordada, enquanto outros dois seguravam um rapaz pelos braços. Alívio? Céus, nem de perto se comparava ao sentimento de pura libertação que o acometia ao notar que eram Taehyung e Joy.

Jimin queria correr e abraçá-los, mas sabia que eles tinham que ir direto para a área onde já haviam médicos a postos para um rápido atendimento antes de irem para o hospital. Um cilindro de oxigênio foi logo disponibilizado e rapidamente deram para Joy, que estava sendo segurada por um paramédico, pois ainda estava desacordada. Taehyung, por outro lado, recebeu algumas bolsas de sangue, que ele sugou mais rapidamente do que o normal, logo precisando de mais, o que gerou olhares estranhos de várias pessoas.

Taehyung já estava na sexta bolsa de sangue e Jimin tentava se aproximar, porém havia um bombeiro o impedindo. Park novamente quis matar um para assim saírem da sua frente, mas não podia, então resolveu chamar atenção do vampiro de outra forma, afinal se ele continuasse daquela maneira, o comportamento seria registrado e assim uma investigação seria iniciada e aquilo era a última coisa que eles precisavam no momento.

— Tae! Taehyung, olha para mim! — Jimin gritou, novamente tentando passar pelo homem, mas sendo impedido. — Tae, você está bem, certo? Tae?! Olha para cá!

O vampiro olhou, parecendo ainda um pouco perdido, mas lúcido. O sangue iria segurá-lo por uma hora no máximo, pelos cálculos da fada.

— Minnie.... Joy... Eu tentei, Minnie — Taehyung falou, levantando-se e saindo de perto dos médicos, sem se importar que estava sendo chamado para algumas checagens. O bombeiro por fim deixou Jimin passar e ele quase o chutou. Quase. — Minnie, ela desmaiou do nada... Me desculpa... Eu...

Jimin simplesmente abraçou Taehyung com força, ainda escutando o vampiro murmurar pedidos de desculpas. Park não conseguia ver Joy da onde estavam, pois ela fora alocada em uma das ambulâncias — que era basicamente uma carruagem de madeira, porém um pouco mais comprida e com alguns equipamentos do lado de dentro —, e eles não estava autorizados a entrarem.