Capítulo 67

1K 222 57
                                    


AVISO DE GATILHO: Abuso infantil (passado), Suicídio.


Jungkook seguiu para dentro dos escombros e Yoongi seguiu para onde Jaehwan disse que visto um suspeito seguir.

O caminho o levou para parte de trás do castelo onde existia a horta que abastecia o palácio, o galpão de ferramentas dos jardinagem e os canis. Atrás das pequenas construções era o acesso a floresta. Se alguém tentasse fugir, aquele seria o caminho mais óbvio.

Porém, deveriam ter guardas naquela área. Na confusão, todos deviam ter corrido para dentro da construção para ajudar; o que confirmava sua teoria de que havia sido trabalho interno.

Yoongi olhou em volta mais uma vez, vendo a torre caída e a cerca farpada no alto do muro depois das construções. Somente alguém muito habilidoso ou com dons específicos conseguiria pular de uma altura tão alta e escapar sem lesões.

Ou a pessoa está machucada do outro lado.

O loiro sorriu, antes de dar vários passos para trás e correr. Dando um rápido impulso, Yoongi bateu pé no telhado do canil e com velocidade pulou por cima do muro, evitando a cerca.

O escudeiro não havia calculado muito bem e por isso bateu no tronco de uma árvore, porém agilmente, utilizou um dos galhos para apoiar o pé e com um outro salto, caiu agachado no chão. Aquilo era fácil para ele devido ao seu treinamento, mas será que era para a pessoa que implantara a bomba? Min esperava que não.

Demorou exatamente dez minutos de corrida para Yoongi escutar um gemido de dor que não provinha de um animal de quatro patas e sim de uma pessoa. Ele então se virou e começou a andar na direção oposta do som, afinal era daquela forma que aprendera em seu treinamento: surpreenda o inimigo.

E foi isso o que fez, logo transformando seus passos em silenciosos movimentos que pareciam nem tocar no chão de tão leves que eram. Daquela maneira, o escudeiro deu a volta no local, escalando uma árvore sem problemas e seguindo por outras, até encontrar seu inimigo.

O homem estava escorado em um tronco de árvore, com uma arma apontada para frente e a mão na barriga. Estava ferido.

Yoongi pulou de onde estava, derrubando o homem no chão, para com rapidez chutar a arma para longe do indivíduo e a pegando em seguida. Depois de conferir que não tinha risco de ser atingido por uma bala, afinal poderia ser uma espécie de armadilha, o escudeiro levantou o rosto e fitou o inimigo, arfando assim que reconheceu o olhar que conhecia como se fosse seu próprio. Aquilo não podia estar acontecendo!

— Woozi?!

Jihoon ainda tinha a mão na barriga e respirava com dificuldade, enquanto encarava o irmão com o olhar cheio de cinismo.

Yoongi parecia não entender o que estava acontecendo, afinal o que o irmão estava fazendo ali? Jihoon sempre havia sido irresponsável e contra leis, mas um atentado contra dezenas de pessoas? Aquilo somente poderia ser uma piada doentia do universo; Min não podia acreditar.

— Irmão.

Havia ódio na fala do mais novo, porém não do tipo que se tem por um inimigo ou alguém que nunca gostou, mas sim do tipo que é construído ao longo de anos de convivência, muito parecido com um fungo em uma parede que não se dá atenção dias, meses e anos, até que ele esteja tão grande que nada o impede de continuar crescendo e crescendo até estar em toda a casa. O sentimento doentio que o rapaz tinha dentro de si foi alimentado por décadas, até se tornar aquela inveja proeminente que era visível para todos que dessem atenção para Jihoon por mais que alguns segundos.

Glass BridgeWhere stories live. Discover now