7. No meu rosto bonito, não.

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Rang foi muito bem recebido quando chegou em casa, a senhora Kang tinha feito um banquete, com as comidas preferidas do Jihoon, numa tentativa falha de fazer com que ele "recuperasse a memória".

— Soube do seu bom desempenho na aula hoje, filho. Meus parabéns. — disse o senhor Kang, dando tapinhas na costa da mão de Lee Rang.

Por mais que o pai trabalhasse muito, era notório o quanto ele se preocupava com a família. Rang admirava os dois, eram um bom exemplo de pais, o Jihoon teve sorte de ter pais como esses. E ele de certa forma estava tendo essa sorte agora.

Refletir sobre os dois o fez pensar no que faria dali para frente. Seu plano primeiramente era esperar as coisas se acalmarem e voltar para sua vida, mas na tentativa de passar despercebido, estava se envolvendo cada vez mais com sua família de mentira.

A verdade é que no fundo Rang estava gostando de ser o centro das atenções sem ter que causar confusões para isso, por mais que pensassem que ele fosse outra pessoa, estava sendo verdadeiramente amado. E estava gostando desse sentimento, não sabia se ainda queria se desfazer dessa vida.

Lee Rang tomou um banho demorado e ainda de roupão, pegou a pomada que Yu-na havia deixado para ele passar no hematoma, lembrar disso o fez se dar conta de que já faziam algumas horas que ela não mandava uma mensagem.

Pegou o celular e enviou uma mensagem agradecendo a pomada, esperou que ela respondesse de imediato, mas só respondeu uma hora depois, dizendo que no dia seguinte teriam uma aula no tribunal. Rang estranhou o comportamento de Yu-na, nem parecia a mesma garota que há algumas horas estava colocando compressa de gelo no seu rosto. Deu de ombros, deixando o celular na escrivaninha. Estava cansado, então deitou-se na cama e nem percebeu quando adormeceu.

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Fazia muito tempo que Yeon não se sentia assim, nos últimos dois anos ele se dedicava apenas em ser um ótimo pai, tinha se libertado do seu trabalho com Taluipa. No entanto ali estava ele a ativa novamente, uma adrenalina abraçou cada centímetro do seu corpo, e tão de repente quanto os olhos mortais poderiam captar, ele era um gumiho novamente. Em seus passos firmes, porém calmos, ele seguiu em silêncio em direção ao seu primeiro objetivo. O peso do guarda-chuva sobre costas era uma clara evidência do que o esperava. Por mais que Taluipa tivesse dado o punhal, não deixaria sua arma favorita de lado, sabia que só com ele seria mais difícil concluir a sua tarefa.

Respirou fundo, o ar da manhã gélida de outono tornava tudo um pouco mais preguiçoso, quanto mais perto do local Yeon chegava, menos movimentado estava. Se perguntava se o fato de estar indo atrás de algo que o fazia ter essa percepção ou se realmente tudo ali estava quieto e vazio demais.

O local indicado por Taluipa era uma espécie de depósito, com vários containers, e completamente esquecido por outras pessoas. Geralmente esse tipo de espaço era usado para guardar coisas quando não se tem mais espaço em casa, ou não se pode guardar em casa.

Yeon entrou no local e fechou a porta atrás de si, pela sua expressão era impossível dizer o que estava pensando ou sentindo, deu uma olhada pelo lugar e saltou rapidamente destruindo as poucas câmeras que haviam no local. Apoiou as mãos no chão após destruir a última que faltava, estava sendo observado, conseguia sentir isso, colocou-se de pé, olhando para trás sob o ombro.

Tranquilamente, Yeon tirou o guarda-chuva das costas e com um movimento circular preciso, o transformou em sua espada, pequenas faíscas saíram no processo. Um homem sai de trás de um dos containers, ele tinha o dobro do tamanho de Yeon e tinha um sorriso sinistro.

Yeon levantou uma das sobrancelhas e encarou o homem, Taluipa o alertou que talvez pudesse ser uma tarefa difícil, ela falara isso pelo tamanho? Ele descobriria em breve.

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now