Rang acordou bem cedo na manhã de sábado, sua mãe havia preparado alguns lanches para eles comerem durante o trajeto. Inicialmente, havia pensado em ir para Jeju, mas devido a sua condição instável achou melhor ficar pelos arredores de Seul, há vários parques e vilarejos bonitos por perto.
Quando chegou em frente à casa de Yu-na, ela já o esperava, estavam se despedindo do outono, estava começando a esfriar, assim ela vestia um suéter azul royal que contrastava muito bem com a sua pele clara e seus cabelos pretos.
— Bom dia! — ela entrou no carro radiante. Segurava dois copos de café, entregou um a ele. — Trouxe para você, está esfriando e não podemos contribuir para que você pegue um resfriado. — Rang agradeceu e tomaram o café antes de pegar a estrada.
O trajeto foi bem animado, como ainda estava cedo, havia pouco trânsito, Yu-na vinha o caminho todo falando como ela gostava dessa época do ano, e como as folhas secas no chão deixavam a paisagem bonita, enquanto falava fazia distraidamente carinho na nuca de Rang.
— Eu pensei que sua estação favorita fosse a primavera.
— Por conta das flores? Sim, é realmente incrível, e é a melhor época para a minha mãe produzir suas essências, mas não sei, tem algo no outono que me chama mais atenção.
— Hmmmm, anotado.
Chegaram por volta das 11 da manhã, Rang pegou a bolsa térmica com os quitutes enquanto Yu-na pegava uma manta. Sentaram-se em um banco próximo as mesinhas para lanche espalhadas por todo o parque.
A ex raposa estava tentando saber como agir corretamente, não sabia bem o que fazer numa viagem de casal, mas antes que pudesse fazer o dizer algo, Yu-na apoiou a cabeça em seu ombro e colocou a manta sob as pernas dos dois.
— Então, me conte, quem era aquele ruivo no jantar dos Nam? — assim do jeito que estavam, sem olhar um para o outro, ela se senti a vontade para perguntar sem ter que olhá-lo nos olhos.
— Okay, só vou responder se você me disser algo sobre você depois. — ele tinha visto algo parecido num drama, e achava que era uma boa forma de saber um pouco mais sobre a humana que estava a sua frente.
— Fechado.
— Bom, ele é o meu meio irmão. Tivemos uma ótima relação durante um tempo, mas umas coisas aconteceram e perdemos o contato um com o outro.
— Você morreu antes de fazer as pazes com ele?
— Não. Nos entendemos poucos dias antes. — Rang pensou que fosse se sentir incomodado em falar sobre o irmão assim, mas Yu-na o deixava relaxado, e a forma como ela falava parecia que era uma coisa comum, passar pelo que estavam passando.
— Hmmm, entendi.
Yu-na sabia que ele estava sendo vago, mas compreendia tal gesto, também não podia querer que o rapaz falasse toda a sua vida assim. Rang passou o braço pelas costas da garota, aconchegando-a mais para perto de si.
— Quando você pesquisava sobre mim, o que achou que eu fosse? — com cuidado, ele ia inserindo o assunto para ver a reação dela.
— Promete que não vai rir? — ao ouvir a garota, ele levantou uma das sobrancelhas com um ar divertido, Rang cruzou os dedos, como forma de prometer que não riria. — Bom, eu pensei que você fosse um... vampiro.
Mas sem sucesso, o rapaz quebrou a sua promessa, deu uma gargalhada alta, e só parou devido aos protestos de Yu-na.
— Um vampiro? Sério?
— Ah, sim, você tinha voltado a vida, e estava com hábitos diferentes... Minha vez! Você era humano?
— Mais ou menos. Vamos almoçar? Depois a gente continua nosso joguinho.
YOU ARE READING
I'll be there: uma segunda chance
FantasyO que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de Imigração da Vida após a Morte, Taluipa faz um acordo com Lee Yeon, que a ajudasse a recuperar as almas que escaparam do Campo dos Vagantes e...