29. I'll be there

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Rang podia se sentir renovado a cada passo que dava em direção de Yu-na, seu corpo vibrava com a energia nova, era como se fosse uma bateria que tivesse ganhando uma carga nova. Ele estava eufórico, por estar ali, vivo, em seu próprio corpo e por voltar a ser uma raposa. O perfume de Yu-na fez com que ele se perdesse nos pensamentos, antes já sentia atração pelo cheiro dela, mas agora sentia o seu cheiro de verdade e era incrível.

— Yu-na eu voltei a ser uma raposa. Eu sou um gumiho novamente. — Rang disse se aproximando para pegar as mãos da garota, que deu dois passos para trás involuntariamente. — O que foi? — ele tornou a avançar para ela, que dessa vez não se afastou, mas pode sentir que ela estava tensa.

— É que.... — Yu-na vira de costas para Rang e começa a chorar. A jovem estava extremamente aliviada de vê-lo vivo e bem, o fato de ser uma raposa provavelmente seria algo que lidaria depois, agora só queria agradecer.

Rang ficou surpreso olhando a cena, não sabia bem o que fazer, devagar colocou as mãos em seus ombros e antes que a virasse ela o abraçou. Yu-na não disse uma palavra, só queria ficar ali abraçada com ele, o que ela sabia desse mundo era muito pouco. Qual a garantia de que ele ficaria mesmo ali? E se ele desaparecesse como o Jihoon?

— Ei, ei... Eu disse que estou bem, você não precisa ficar assim.

— Mas você é um gumiho de verdade? Para sempre?

— Sim. Nada vai poder me machucar agora. — Rang secou as lágrimas que teimavam em cair pelo rosto da namorada.

— Você não corre nenhum risco? Não vai começar a definhar que nem antes?

— Yu-na-ssi. — ele levantou o rosto da humana para que olhasse para ele. — Eu vou estar sempre aqui. Não vai poder fugir agora, não tem mais um namorado moribundo.

— Eu acho que a gente deve voltar, a Ji-ah já deve ter saído. Eu... Vou ter tempo para me acostumar com isso.

O casal voltou para o corredor onde Shin-joo estava sentado, no momento exato que Ji-ah apareceu. Seu nariz estava vermelho de tanto chorar.

— Como ele está? — Shin-joo perguntou assim que ela se sentou ao lado dele.

— Inconsciente e muito machucado. O médico disse que vai mantê-lo assim por um dia para o corpo se recuperar mais rapidamente e ele não sentir muita dor. Mas por que ele não está se recuperando sozinho? — Ji-ah passou a mão no cabelo tentando pensar.

— Bom, acho que tenho uma resposta para isso. — Rang disse.

— O quê? Você sabe de alguma coisa?

— Vamos falar disso lá fora? — Shin-joo sugeriu. Por mais que estivessem entrando na madrugada, ainda tinham pessoas circulando pelos corredores, precisavam tomar cuidado ao conversar sobre certas coisas.

Os quatro caminharam até o estacionamento. Ji-ah estava extremamente cansada, por mais que sua barriga ainda tivesse pequena, não tinha ido para o quarto mês ainda, suas costas doíam muito. Fora isso, estava triste pela situação em que Yeon se encontrava e chateada por saber que Rang tinha a ver com isso de alguma forma.

— Pronto. Podemos falar agora, o que você sabe?

Rang percebeu pelo tom de Nam Ji-ah que ela estava no mínimo culpando ele pelo que estava acontecendo com o irmão. Por mais que Yu-na tivesse feito sinal para ele relevar foi inevitável revirar os olhos.

— Para começo de conversa, eu salvei o meu irmão, okay?

— Você o salvou? Eu tenho que te agradecer então? Por ele ter se arriscado, tentando fazer você ficar aqui, porque voltou de forma inapropriada?

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now