Mi-rae estava completamente eufórica correndo pela casa. O pai tinha saído para buscar Ji-ah e Ma-rin no hospital. Yu-ri havia inventado uma festa de boas-vindas e a sala do apartamento de Yeon estava toda decorada com flores e enfeites, havia encomendado bolo e vários doces, e chamado os amigos próximos.
— Eles ainda vão demorar, tia Yu?
— Mi-rae, você já perguntou isso mais de mil vezes, eu tenho que alimentar a Bo Mi, você não quer me ajudar? — Soo-ho pergunta de braços cruzados olhando para ela.
— Oba! Vamos. Tia Yu, se eles chegarem você me chama.
Os dois foram até a varanda, onde Rang a havia deixado. Não quis deixar a filhote em casa sozinha e a trouxe deixando o filho adotivo como babá. Ela estava brincando distraída com uma folha que tinha caído da planta e voava pelo lugar.
Nossa, Soo-ho ela é tão fofa! Eu posso carregar ela? — Mi-rae pergunta enquanto o garoto pega o pote de comida e coloca um sachê.
— Outra hora sim, agora ela só vai ligar para a comida. Mas vem cá, você pode passar a mão nela.
Mi-rae foi até o lado de Soo-ho, e ele pegou a mão dela mostrando como fazer.
— Tem que ser devagar, ela ainda é pequena.
Bo Mi deixou que os dois mexessem com ela um pouco, em seguida foi andando desengonçada até o prato de comida.
Foi o tempo certo de ouvirem uma movimentação na sala.
— Chegaram! — Mi-rae saiu correndo pelo corredor.
Ji-ah e a pequena Ma-rin foram recebidas com muita festa, enquanto Yeon vinha orgulhoso ao lado delas segurando as bolsas que levaram para o hospital.
— Mamãe!!! — Mi-rae disse abraçando as pernas da mãe. — Eu estava com tanta saudade de você. Deixa eu ver a minha irmanzinha, deixa!
Ji-ah sentou no sofá para que a filha mais velha pudesse ver melhor a sua irmã caçula. Mi-rae com cuidado se aproximou da pequena criança que a mãe carregava nos braços, ela nunca tinha visto um bebê tão pequeno assim de perto. A sala toda ficou em silêncio observando a interação das duas.
A garotinha passou o dedo indicador na mãozinha da menor, sentindo a maciez da pele dela, passou pelo rostinho e por último, encostou a testa na cabeça da irmã e fechou os olhos. As duas eram muitos diferentes, mas iguais. Ninguém perceberia isso tão cedo, mas Mi-rae sabia.
— Ela não tem o cabelo igual ao meu. — ela disse após acabar sua inspeção levemente desapontada. A garota não se importava muito porque tinha bastante personalidade, mas ser a única da creche com o cabelo diferente as vezes a incomodava. No entanto, sabia que seu cabelo era dessa cor por causa do pai, e adorava se parecer com ele.
A comemoração foi bastante alegre, Ma-rin passou pelos braços de muita gente, todos queriam ver como era a nova integrante da casa.
— Deu certinho, uma se parece com o pai e a outra com a mãe. — Yu-na disse após pegar a criança no colo. — Ela parece ser bastante calma.
— É sim, mas quando ela se zanga... — Ji-ah respondeu.
Rang observava a cena de longe. A família Lee continuaria existindo por conta dessas duas garotinhas, e por um momento se perguntou o que passava na cabeça de Yu-na enquanto embalava a bebê no colo e sorria para Ji-ah. O olhar dos dois se encontraram e ele deu um sorriso discreto para ela.
— Rang. — Yeon o chamou com uma cotovelada. — Eu preciso falar com você.
Os irmãos saíram da sala e foram até o quarto do mais velho.
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I'll be there: uma segunda chance
الخيال (فانتازيا)O que aconteceria se Lee Rang recebesse uma segunda chance? Por conta de um bug no sistema no Escritório de Imigração da Vida após a Morte, Taluipa faz um acordo com Lee Yeon, que a ajudasse a recuperar as almas que escaparam do Campo dos Vagantes e...