25. Moonchild Ballad

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[Dois dias depois]

Os irmãos Lee depois de um longo tempo voltaram ao lugar que deu início ao começo e ao fim da história deles. Estar ali naquele lugar histórico, fazia com que os dois ficassem imersos em suas próprias lembranças, e enquanto caminhavam reviviam partes de suas memórias. Yeon lembrava com ternura daquela tarde em que beijou Ji-ah pela primeira vez, aquele lugar e a personalidade forte dela foram um divisor de águas no relacionamento dos dois. Enquanto Rang, a vislumbrar a casinha onde outrora se encontrou com o vidente, sentiu uma pontada incomum no peito ao rever Yu-ri e Soo-ho correndo ao seu encontro, se sentia satisfeito por ter conseguido corresponder ao abraço deles, mesmo que em outro corpo e dois anos depois.

Ao contrário daquela época, o lugar estava vazio, o início do inverno fazia com que quase ninguém frequentasse o parque. Os dois haviam se separado para procurar pela única pessoa que poderia dizer onde estava o corpo de Rang àquela altura, e como eles fariam para recuperá-lo.

— Encontrou alguma coisa? — Yeon chegou perguntando.

— Não. Falou com o Urso da Lua?

— Sim, ele não tem o tem visto por aqui. O vidente aparece quando quer e em onde quer.

Aquela frase de Yeon ficou martelando na cabeça dele enquanto voltavam para o carro, Rang começava a sentir uma leve dor de cabeça e já podia imaginar o que poderia significar.

Hyung, eu estava pensando, certa vez Yu-na fez um passeio com uma amiga num festival tradicional itinerante, quem sabe ele possa estar lá.

— Faz sentido.

Rang pegou o seu celular e digitou na busca o festival que mencionara, naquela semana, o festival estava em Incheon, aproximadamente 33 km de Seul, o que era bom, Yeon teria que voltar a tarde por conta da Mi-rae, Ji-ah ainda estava trabalhando meio período, e logo após o almoço teria que sair. Também não queria passar muito tempo longe, não sabia como a sua humana reagiria bem ao dia, Yu-ri estava com elas, mas ele estava preocupado demais para relaxar.

O festival estava próximo ao Incheon Jayu Park, e mesmo estando frio, várias pessoas perambulavam entre as barracas e assistiam as atrações ao ar livre. Os irmãos dessa vez andaram juntos, com olhos atentos a procura da pessoa que tanto ansiavam encontrar.

Rang subiu um pouco mais a gola alta da camisa que usava, sentia um pouco de frio, e precisava evitar qualquer tipo de problema com ele. Yeon observou o irmão, mas não disse nada para não parecer tão preocupado.

— Yeon. — Rang chamou o irmão indicando uma barraca a poucos metros de onde estavam. O vidente estava lá da mesma forma que há dois anos atrás, fazendo previsões genéricas aos humanos.

— Finalmente o encontramos.

— Vejam, só! Faz tempo que eu não fazia negócios com uma raposa, espere, você... — Ele colocou a lupa na direção de Rang, tal gesto o fez querer sair correndo, e se o vidente o pegasse novamente? Afinal ele tinha escapado. — Já posso deduzir o que vieram fazer aqui. Não está comigo, eu troquei.

— Você o quê? — os irmãos disseram em uníssono.

— Sim, tive uma boa recompensa.

— Espere, você está dizendo que vendeu o corpo do meu irmão para um ser qualquer?

— Não era bem um ser qualquer, mas sim. Eu troquei.

— Quem foi? — Yeon perguntou levemente irritado, com o pulso batendo sobre a mesa.

— Você espera mesmo que eu fale de graça?

— Vamos, hyung. Não vamos conseguir nada dele. — Rang deu tapinhas no ombro do irmão. A raposa suspirou, fazendo com que a sua respiração balançasse os cabelos que estavam caídos na testa. Antes que eles dessem dez passos puderam ouvir o vidente falar:

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now