18. Love already bloomed in my heart. (PARTE 01)

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Yu-na não havia conseguido pregar o olho. Parecia loucura o que tinha presenciado na noite anterior, como era possível uma alma ocupar outro corpo? Essa pergunta fazia a cabeça da humana fervilhar com muitos outros questionamentos, o que teria acontecido com o verdadeiro Jihoon? Onde ele estaria? Ele teria morrido mesmo se não tivesse tido o seu corpo ocupado? E Rang, quem ele realmente era?

A jovem abraçou as pernas debaixo do cobertor, sim, Yu-na tinha todos os motivos do mundo para não querer mais entrar em contato com ele, mas porque o seu coração doía tanto ao pensar nessa hipótese? Lembrou de como Rang havia pego o seu pulso e sentido o seu cheiro, ele próprio já esperava que ela não o procurasse mais. Desde o início soube que tinha algo diferente, e como seus sentimentos foram mudando durante o processo, primeiro a culpa, depois a curiosidade, em seguida atração, até o estágio que ela estava agora.

A humana cobriu o rosto com as mãos, confusa, até que ponto tudo que havia passado com o cara que pensava ser seu namorado era verdade? Haveria alguma possibilidade de tudo ter sido apenas um teatro para que ela não descobrisse o seu segredo? No fundo Yu-na não conseguia acreditar em algo assim, a forma como os dois tinham se aproximado desde a noite do jantar tinha sido recíproca, sem dúvidas. Ficar pensando em todos os "se? ", não adiantaria muito, ela precisava ir atrás de suas respostas como tem feito até ali.

Seu coração batia acelerado enquanto pegava um táxi a caminho da casa dos Kang, precisava organizar os pensamentos e fazer da conversa que teria com ele algo maduro e tranquilo. Não queria simplesmente começar a chorar assim que começasse a falar. Tanto preparo não serviu de nada, teve uma surpresa quando chegou na casa dele.

— Querida! Não avisou ao Jihoon que viria? Ele saiu.

— Saiu? Ele disse a senhora para onde iria?

— Sim, por conta daquele mal-estar, ele resolveu ir ao médico ver se tudo estava bem. Estou tão preocupada, espero que não esteja acontecendo nada de errado com o meu filho.

"E filha, não se culpe, tudo já estava traçado. Aproveite os momentos que você tem enquanto pode. ". As palavras da senhora do parque apareceram na sua mente assim que ouviu o que a sogra disse. A ajumoni não havia errado nada até ali, e naquele dia, ela deu muito mais do que as respostas que Yu-na queria. A jovem recebeu um conselho, e só agora, ao se dar conta de que poderia realmente estar acontecendo algo de errado que percebeu. Todas as dúvidas, e todas as curiosidades que tinha seriam respondidas se ela permanecesse ao seu lado.

— Tudo bem senhora Kang, muito obrigada. Vou ver se consigo encontrar com ele na volta.

Yu-na saiu sem nem esperar a resposta da mulher. Agradeceu aos deuses por aparecer um táxi assim que chegou na portaria. O caminho parecia durar uma eternidade, e a cada sinal fechado que pegavam, a impaciência da jovem aumentava, sacudia uma das pernas e mordia os lábios, olhando para o celular de minuto a minuto.

Assim que desceu do carro em frente a porta do hospital correu para a recepção em busca de Rang.

— Com licença, em que direção fica o consultório do Dr. Han?

— Segundo andar, lá a recepcionista lhe informa qual o consultório em que ele está.

No elevador, torcia para que Rang ainda estivesse lá, não queria dar outra viagem perdida. Tão logo parou no andar, Yu-na foi buscar sua informação, ela sentia como se tivesse numa brincadeira de gato e rato. Sentiu um alívio imenso ao ver Rang saindo de um consultório junto com o médico, sua procura havia acabado.

Ver a cara de surpresa dele tinha valido a pena todo a correria e angustia que havia passado até encontrá-lo.

— O que o médico disse? — perguntou sem nem cumprimenta-lo, apenas pegou em sua mão como forma de encorajá-lo a falar

I'll be there: uma segunda chanceWhere stories live. Discover now