22. Of course, I laugh

314 33 53
                                    

Ao chegar em casa, Yeon não teve muito tempo para refletir, da sala pode ouvir Ji-ah passando mal no banheiro.

— Yeon, que bom que você chegou, eu estou colocando a Mi-rae para dormir, não pude ir até lá.

— Tudo bem sogra, fez bem, a Mi-rae já passou por um susto hoje. Eu vou lá.

No banheiro, Yeon encontrou Ji-ah de joelhos debruçada sobre o vaso, se aproximou e molhou a mão com agua fria até que a temperatura da mão dele caísse um pouco, colocou uma na testa da humana e a outra afastou o cabelo dela do rosto.

— Acabou, amor? Consegue levantar? — Yeon perguntou cauteloso. Ao ver ela afirmar com a cabeça, segurou pela cintura e a levantou devagar, a levou até a pia para que pudesse lavar o rosto.

Ji-ah sentia a preocupação de Yeon apenas de vê-lo olhar para ela pelo reflexo do espelho, a mulher sentiu suas pernas um pouco trêmulas, se apoiou com força na pia. A raposa notou, e a segurou pelo quadril sem esforço algum. Sob protestos da humana, Yeon a carregou no colo e a levou para o quarto.

— Eu consigo andar! — ela protestou quando ele a pôs sentada na cama.

— Eu sei, mas se estou aqui para carregar você, porque fazer esforço?

— Eu estou com a cabeça um pouco confusa, eu sonhei que você havia me dito que teríamos outro bebê.

Por mais preocupado e aflito que tivesse pela situação delicada que sua humana se encontrava, Yeon sorriu.

— Ji-ah. — ele sentou ao seu lado na cama e olhou ternamente para ela. Por mais que se vissem todos os dias, e já estivessem juntos por três anos, o sentimento que Yeon carregou durante séculos por não tê-la ao seu lado, ainda rondava o seu coração, por isso todos os momentos vivendo com ela ainda eram surreais, e certas vezes era inevitável não fazer uma cara de bobo ao olhar para a sua Ji-ah.

— O que foi? Por que você está me olhando assim? — Ji-ah perguntou curiosa.

— Amor, não foi um sonho. Vamos ter um bebê.

— Você sentiu o bebê de novo?

— Sim, mas dessa vez foi a Mi-rae quem sentiu primeiro. — enquanto conversava com a humana, Yeon se concentrou no bebê, que ainda pulsava fraco no ventre de Ji-ah.

— Por que você está tão preocupado? Com Mi-rae eu fiquei um pouco cansada, mas consegui viver normalmente. Gravidez não é...

— Eu sei amor. Acontece que... — Yeon inspirou fundo, não sabia por onde começar.

— Yeon. — Ji-ah se encosta nos travesseiros, e o encara de frente. — O que está acontecendo? A mamãe disse que você saiu, onde estava?

— Eu consegui descobrir o motivo da Mi-rae fazer coisas surpreendentes até mesmo para uma meia raposa. Mais cedo eu fui a casa da sua mãe e consegui achar as sobrancelhas de tigre, e assim que eu vi a Mi-rae com eles... — Yeon foi contando detalhadamente tudo o que viu e sobre o que Taluipa havia dito sobre Dalnim.

— Então a Mi-rae é a reencarnação dessa tal Dalnim?

— Sim. E é por isso que ela conseguiu sentir o bebê e "dar forças" a vocês duas. É por causa do dom dela também que quando estava grávida não se sentia tão mal como está agora.

— Mas Yeon, eu me sinto bem, só estou um pouco enjoada...

— Não Ji-ah, não! Você não está bem, meu amor. — a raposa mostra o vidro que Taluipa entregou a ele. — A anciã pediu para eu dar isso a você, é para que você consiga ficar mais forte e levar a gravidez adiante. — Yeon sentou-se ao lado dela na cama e a trouxe para perto de si, a abraçou fazendo com que ela ficasse com a cabeça em seu peito e a raposa pudesse colocar as mãos na barriga dela. — Mas eu estou preocupado amor, essa gravidez vai ser ainda mais perigosa, você pode ficar muito fraca e... — ele não conseguiu continuar.

I'll be there: uma segunda chanceМесто, где живут истории. Откройте их для себя