24. Agindo como uma raposa.

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Rang sentiu a mão fria de Yu-na na sua, se sentiu um pouco culpado, deveria ter preparado a sua humana melhor para esse encontro, afinal não é todo dia que tantas raposas se reúnem numa sala para conversar. Enquanto fazia um carinho discreto na mão da garota, sentiu o olhar faiscante de Yu-ri sobre eles.

— Shin-joo, você trouxe frango sem pimenta? — Yeon perguntou, tentando quebrar um pouco a tensão que era quase palpável novamente.

— Sim, senhor. Trouxe também pés de galinha para a Ji-ah também. Yu-ri, vem, vamos comer. — Shin-joo diz com um sorriso sem graça.

Os três casais se sentaram em volta da mesinha de centro da sala, Yeon ajudando a sua humana a sentar, desde que soube da gravidez, ele cuidava dela como se ela fosse de porcelana e pudesse quebrar a qualquer momento. Rang ainda segurava a mão de Yu-na, e ao sentar apoiou a mão no joelho dela. E Shin-joo ao lado da sua raposa, a observava com cautela se ela faria alguma coisa.

Ficaram em silêncio durante um curto período de tempo, cada um preso em seus próprios pensamentos, até que Rang revirou os olhos, colocou o frango de volta na embalagem e se levantou.

— Yu-ri, levanta. Vamos conversar. — a raposa não disse nada, apenas ficou de pé com a cara emburrada e seguiu o parceiro até a cozinha. — Eu pensei que você tivesse abandonado os maus modos.

— Rang! Ela é uma humana, eu nunca pensei que você se envolveria com uma humana... não, na verdade eu pensava que você nunca se envolveria com alguém.

— É, mas muita coisa aconteceu, eu também não previ isso.

— Você está noivo! Ninguém fica noivo sem prever, o que você conhece dela?

— Yu-ri, seu... — ele apontou para a cauda branca que estava atrás. A mulher em frente a Rang tentou sem sucesso esconder o rabo atrás de si. Até que conseguiu se acalmar e voltar a ser aparentemente uma humana.

— Desculpe.

— Eu espero que você não faça isso na frente dela.

— Pode deixar que vou ser bem normal perto dessa humana. Eu quero saber se ela ainda vai continuar achando você um príncipe quando souber as coisas que nós já fizemos.

— Yu-ri, eu não quero que você se meta na minha relação com ela. — Rang não podia usar a força então falou o mais sério que conseguiu. — Eu confio nela, sei que não me fará mal algum, e você não perderá o seu cargo de dupla, ok? Pode tentar tratar ela um pouco melhor? Qual é, eu acabei de voltar e você já vai caçar briga?

A raposa olhou para Rang com o ainda meio contrariada, mas estava disposta a conhecer um pouco mais da garota que estava sentada na sala e que agora dava gargalhada de algo que Yeon contava.

— O que eu perdi? — Rang perguntou retornado à sala.

— O seu irmão estava me contando algo muito engraçado sobre você.

— Não acredite, é tudo mentira.

— Ele também disse que você que é o mentiroso da família. — Yu-na disse prendendo o riso, com a outra raposa longe, ela se sentiu um pouco mais a vontade, não se preocupava tanto com o seu pescoço. Ou seria o seu fígado? Era o que diziam as histórias, pelo menos.

— Ah, isso é de família, tome cuidado. Os dois amam esconder as coisas. — Ji-ah disse lançando um olhar provocador a Yeon.

— Okay, sobrou para mim agora. — ele levantou as mãos como sinal de que estava rendido. — Eu não posso contrariar uma grávida.

— O QUÊ? — Todos, com exceção de Yu-na e Ji-ah exclamaram.

— Yeon, eu tinha pedido para esperarmos um pouco... — Ji-ah foi interrompida por um vulto indo para cima dela, Yu-ri segurou as mãos dela completamente animada, ao tentar se aproximar da humana, chutou Yeon no processo.

I'll be there: uma segunda chanceМесто, где живут истории. Откройте их для себя