Capítulo 22

6.2K 388 33
                                    

Miguel pov.

Já são mais de 4h da manhã e eu não consigo dormir de jeito nenhum. Luna não reponde minha mensagem, acho que ela realmente está cheteada comigo.
Como estou sem sono, resolvo assistir alguma coisa na TV para não ficar com os meus pensamentos fixos em Luna e no que ela deve estar pensando de mim nesse momento. Será que ela ficou com aquele Bernardo? Só de pensar nisso meu sangue ferve, aquele cara não é homem pra ela.

Enquanto estava assistindo um filme que nem me dei ao trabalho de saber qual era, meu celular toca e vejo o nome de Luna estampado na tela. Nem penso duas vezes e logo atendo.

ligação on:

Miguel: Luna, porque não respondeu minhas mensagens? Você está chateada comigo, não é?

Xxx: Miguel?

Miguel: Sim, mas quem é você e o que faz com o celular de Luna? - essa não é voz de Bernardo, então meu coração começa acelerar de preocupação.

Xxx: Meu nome é Fernando, Luna está em minha casa junto comigo e minha esposa. Aconteceu um episódio bem ruim agora e acho que Luna precisa de você.

Miguel: Pode me adiantar o assunto - Digo colocando meu celular no viva voz e já vestido uma calça

Fernando: Acho que isso ela que vai ter que te dizer. Mas fique tranquilo, ela está segura. Meu endereço é xxxxxxxx.

Miguel: Obrigado, Fernando! Já chego aí

ligação off.

Eu coloco meu tênis e uma blusa as pressas, saio de casa correndo. Entro no meu carro e dou partida, colocando o endereço que Fernando me deu no GPS e vejo que é um pouco longe de minha casa e também da casa de Luna. O que será que aconteceu com a minha menina?
Só de pensar em que algo de ruim possa ter acontecido com ela meu coração erra as batidas. Eu gosto de Luna de verdade, não vejo mais a minha vida sem que ela esteja presente. Sei que ela não quer ter nada sério agora, mas eu preciso dela.

Estou dirigindo o mais rápido que posso, não respeito nenhum farol e estou pouco me importando com isso. Meu único pensamento é Luna, saber o que aconteceu a ela e se a mesma está realmente bem.

Depois de mais algum tempo dirigindo, finalmente chego até o endereço que Fernando me deu. Estaciono meu carro de qualquer jeito e bato na porta, um senhor de meia idade, creio que seja Fernando, abre a porta pra mim. Eu aperto sua mão rapidamente. Olho em direção ao sofá e vejo minha Luna sentada com os olhos repletos de lágrimas e o rosto inchado e vermelho.

Miguel: Luna! - eu exclamo, ela corre até mim e me abraça forte derrubando algumas lágrimas, consigo ouvir seu soluço. Retribuo o abraço a apertando contra o meu corpo - o que aconteceu, pequena?

Fernando: Eu e minha esposa iremos até nosso quarto, vamos os deixar sozinhos para que conversem. Fiquem a vontade - eu os olho em sinal de agradecimento e o casal sorri amigavelmente.

Miguel: Senta aqui - eu sento no sofá e ela se senta ao meu lado. - Agora eu preciso que você respire fundo - ela faz o que peço - crie forças e me conte o que aconteceu. Eu estou aqui pra segurar a sua mão e te ajudar, não vou sair do seu lado.

Luna: Eu tô... tô com vergonha - ela fala entre soluços

Miguel: Vergonha de que? Compartilhe comigo - eu passo a mão em seu rosto e ela fecha seus olhos com o gesto de carinho.

Luna: ele tentou abusar de mim. Bernardo tentou me estuprar - Ela põe as mãos no seu rosto e começa a chorar alto de novo. Eu levanto num pulo e começo a andar de um lado para o outro.

Miguel: Ele o que? - é a única coisa que eu consigo falar - Eu vou matar aquele cara com as minhas próprias mãos. - eu falo e vou em direção à porta

Luna: Miguel, não faz nada agora. Eu preciso de você - eu viro e vou em direção a ela a puxando para meus braços.

Miguel: Não irei sair daqui. - Ela não para de chorar e meu coração dói tanto ao vê-la nesse estado, mas meu sangue também ferve. Eu vou matar aquele maldito com as minhas próprias mãos, e isso é uma promessa.

...

Já se passou mais de uma hora desde que cheguei e Luna não se desgrudou um segundo de mim. Fernando e Tereza estão conversando conosco e também me contaram como chegaram até Luna.

Miguel: Já são quase 7h da manhã, vamos pra casa? Acho que você precisa descansar

Luna: Vamos, eu realmente preciso dormir. - Ela sai do meu abraço, vai em direção ao casal que estava em nossa frente e os abraça - Mais uma vez, muito obrigada! Vocês me salvaram e eu serei eternamente grata por isso.

Tereza: Venham nos visitar - ela diz e nos assentimos. Aperto a mão de Fernando e dou um breve abraço em Tereza e a mesma sussurra algo em meu ouvido - Ela gosta de você, não a perca e cuide bem dela.

Miguel: Pode deixar.

Luna: Digam aqueles dois rapazes que eu os agradeço também. Fiquem com Deus e desculpa o incômodo.

Miguel: Até mais, gente. Obrigado por terem cuidado de Luna. - Nos despedimos e vamos em direção ao meu carro. - O que acha de ficar em meu apartamento hoje? Ficarei mais tranquilo se você estiver perto de mim

Luna: Não quero te incomodar

Miguel: Você não é um incômodo nunca.

Luna: Eu topo, acho que irei me sentir mais segura.

Dirigo até minha casa e quando descemos dou a minha mão a Luna que entrelaça nossos dedos. Subimos até meu apartamento e eu abro a porta

Luna: Seu apartamento é bonito

Miguel: Quer comer alguma coisa? - ela nega - E um banho, quer?

Luna: Sim, por favor.

A levo até o banheiro do meu quarto, vou até meu guarda roupas e pego uma tolha e também uma blusa minha.

Miguel: Toma - estendo as coisas pra ela - eu vou te esperar no quarto.

Mando uma mensagem para João explicando o que aconteceu e peço para ele entrar em contato com seu irmão Danilo para saber informações de Bernardo. Pedi a ele também que não contasse o que aconteceu a seus irmãos, não sei se Luna iria querer expor isso agora. João fica revoltado com o que contei, mas não poderia esconder dele, ele trabalha pra mim e sabe ser profissional.

Depois de uns 20 minutos, Luna sai do banho usando minha camisa preta que ficou muito melhor nela do que em mim. Seus cabelos estão molhados e sua face expressa tristeza. Eu ligo o ar e fecho as cortinas para que ela possa descansar um pouco.

Miguel: Deita aqui, você precisa descansar um pouco. - ela vem até mim que estou sentado na cama e se senta ao meu lado - eu vou deitar na sala, qualquer coisa é só me chamar.

Luna: Fica aqui comigo.




















por você Where stories live. Discover now