Capítulo 44

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Miguel pov. (🛑)

Luna: Ele me achou, ele vai acabar com a minha vida de novo. - Luna chora desesperada no meu abraço e eu não tenho reação. Meus olhos estão pretos de ódio, eu quero matar aquele desgraçado. Mas eu sou incapaz de deixar Luna aqui nesse estado.

Miguel: Luna, olha pra mim! - eu me levanto e depois me agacho na frente dela segurando seu rosto com firmeza - Ele não vai tocar em um fio de cabelo seu, eu estou aqui. Nada de ruim vai te acontecer, tudo bem? - Ela assente e eu a abraço.

As pessoas que passam na rua nos encaram bastante. Umas com curiosidade, outras com pena da situação mesmo não sabendo o que é e algumas nos olham com desdém. Mas eu não me importo, minhas preocupações são apenas duas: matar aquele desgraçado e ver Luna bem.

Pego meu celular que está em meu bolso e ligo pra Danilo para que ele venha aqui com Felipe. Digo que é urgente e eles precisam vir sem levantar alarde na casa.

No dia que fui levar Cobra no presídio, Geraldo estava lá. Ele é o diretor do presídio em Bangu e eu jamais imaginaria que ele faria algo do gênero. Mas que ódio desse maldito, que ódio!

Danilo: Meu Deus, o que aconteceu com ela? - Ele se desespera agachando ao nosso lado junto com Felipe

Miguel: Prestem bem atenção no que eu irei dizer, o assunto é delicado, Luna já está bem desperada e eu estou doido para matar alguém. Então eu preciso que pelo menos vocês dois se controlem ou vai dar tudo errado.

Felipe: Tá, tá. Agora fala o que aconteceu!

Miguel: Luna foi abusada.

Felipe: Sim, nós sabemos. Bernardo apareceu por aqui? - ele olha ao redor

Miguel: Não! Luna foi estuprada de verdade pelo atual padrasto de vocês. - Danilo tenta se levantar, mas Felipe o segura. - Preciso que se controlem por Luna.

Minha menina permanece quieta abraçada a mim, ela está em estado de choque e por isso não se move.

Danilo: Quando isso aconteceu?

Miguel: Ela tinha dezessete anos - eu conto a história por cima sem dar muitos detalhes como ela me deu, mas os deixando informados sobre o assunto. - Esse assunto veio a tona a pouco tempo e ela fez a denúncia, porém não tínhamos nada sobre ele. Luna iria fazer o retrato falado na semana que vem, mas agora nem precisaremos mais.

Felipe: Eu estou com muita vontade de o matar, muita mesmo. - Vejo raiva na voz dele, como nunca tinha visto antes.

Miguel: Realmente entendo vocês, eu também estou doido para o matar na porrada. Mas não iremos fazer isso ainda.

Danilo: E vamos fazer o que?

Miguel: Preciso que liguem para João e peçam a que ele venha para cá imediatamente. Diga a ele para que ligue para o delegado Guilherme e o informe sobre o assunto.

Felipe: E Luna?

Miguel: Eu vou ficar com ela aqui até que João chegue.

Danilo pega seu celular e começa a realizar a ligação.

Miguel: Fala pra ele vir por essa rua - Danilo assente e eu agora foco meus olhos em Luna que está com seu rosto todo borrado por aquele negócio preto que ela passa nos cílios. Suas lágrimas ainda descem por seu rosto e alguns pequenos soluços involuntários ecoam pelo ambiente. - Ah, meu amor!

Luna: Minha mãe...

Miguel: Nós iremos falar com ela, mas não agora. Precisamos o prender primeiro. - ela assente

Luna: Miguel, não me deixa sozinha. Eu estou com muito medo.

Miguel: Fica tranquila, eu não vou sair do seu lado - dou um beijinho em seus lábios.

Depois de uns cinco minutos vejo o carro de João se aproximando e ele desce do mesmo com mais três policiais e o delegado Guilherme.

João: Decidi vir no meu carro mesmo para que ele não desconfie, mas tem algumas viaturas aqui por perto caso seja necessário. - ele se aproxima de nós e beija o topo da cabeça de Luna

Miguel: Perfeito!

João: O que vamos fazer agora?

Miguel: Esse caso é do Guilherme.

Guilherme: Como ele está bem perto de nós, preciso que os irmãos voltem para casa. Mas levem algum refrigerante ou sorvete para não levantar suspeita. Entrem, tranquem todas as portas e janelas e fiquem com as chaves. Vamos cercar a casa com toda descrição possível.

Danilo: Tá bom! - Os meninos vão até um mercado de esquina e compram dois potes de sorvete e me entregam uma garrafinha de água.

Miguel: Aqui amor, bebe um pouquinho. - Ela pega a garrafa de água e bebe quase toda.

Ela se levanta do chão e eu faço o mesmo, me aproximo dos policiais guiando Luna com a mão em sua cintura.

João: Vai participar?

Miguel: Não, vou ficar com Luna por aqui. Mas quando o prenderem, eu faço questão de lhe dar uns socos. E eu não estou pedidndo permissão nem ligando se vai contra as regras. É só um aviso mesmo.

João: Sim, senhor. - Ele pega o celular - Está tudo pronto, já podemos cercar a casa.

Os polícias cercam a casa por trás. Algumas viaturas chegam com as sirenes desligadas, os polícias descem e também cercam a casa. Tem policial em todo lugar dessa rua e imagino que na frente tenha muito mais.

Eu puxo Luna para dentro de uma das viaturas. Acho que é melhor ficarmos aqui caso ocorra alguma troca de tiros, já que o carro é blindado. Ela se agarra a mim e vejo a angústia estampada em cada parte do seu corpo.

Luna: Amor? - eu a olho - Vai dar tudo certo, não vai?

Miguel: Sim, meu amor! Vai dar tudo certo - A puxo mais pra mim e fico fazendo carinhos em suas costas.

Alguns minutos passam e eu vejo a agitação dos policiais até que eles correm para a rua da frente. E logo após meu celular toca. João me avisa que eles o prenderam e ele está em frente a casa de Luna. Sem pensar suas vezes, pulo para o banco do motorista dando partida na viatura.

Chego em frente a casa de Luna e o vejo sentado na calçada segurado por alguns policiais e outros estão a sua volta. Guilherme fala ao telefone, enquanto Felipe e Danilo seguram sua mãe que chora desesperadamente.

Paro em frente ao maldito

Miguel: Podem soltar! - os policiais soltam e eu agacho já lhe dando um soco. E começo a bater nele com toda força que há em mim! Como já tinha deixado avisado, ninguém tenta me impedir. E o delegado aqui sou eu, ainda continuo no comando.

Guilherme: Só o deixe vivo! - assinto

Miguel: Esse é por ter tocado na minha garota - dou um chute em seu saco que o faz gemer de dor, e eu sorrio por isso - Esse é por ter a ameaçado - Dou um soco em sua boca - Esses são por João, Felipe e Danilo - Lhe dou um soco no lado direito do rosto, um no esquerdo e outro no nariz. - Esse é por ter fingido que era um homem ético - Lhe dou mais um soco -  E esses são por mim - Lhe distribuo socos, tapas e chutes.

Ver o sangue escorrer de seu rosto e de seu braços, aliviam um pouco da minha raiva. Mas o que me deixar satisfeito é saber que ele vai sofrer exatamente aquilo que causou a minha garota  quando for preso.

Guilherme: Já chega, podem o levar.

Luna desce da viatura e corre até mim, eu a envolvo nos meus abraços.

Miguel: Isso foi só uma amostra grátis do que ele vai sofrer. Ele vai pagar por tudo que te fez passar, amor.








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Capítulo dedicado as minhas leitoras que estão quase morrendo de curiosidade hahahaha! Vocês são incríveis, aproveitem o Cap🤍

por você Where stories live. Discover now