Capítulo 79

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Luna pov.

(Parte 3) 🛑

Geraldo se levantou e ele não esboça nenhuma reação, como se hoje não fosse decidir o resto da vida dele. A cada segundo que passa ele parece mais louco na minha percepção.

Robson: Senhor Geraldo Rosares, meu cliente, está sendo acusado por diversos crimes brutais. A lei também dá a ele o direito da defesa e é por isso que estamos aqui. Nos conte a sua versão da história.

Geraldo: Não existe a minha versão da história, tudo o que todas as pessoas que testemunharam disseram é verdade. Eu fiz sexo com todas elas e faria novamente. Desde que me considero por gente admirei o meu pai que teve o mesmo caminho que eu, sempre soube que faria o mesmo que ele. Essas meninas me deixam louco, elas acendem em mim um desejo incontrolável. Nunca quis meninas acima de 18 anos, depois dessa idade elas já não prestavam mais para mim. Até conhecer a Luna, essa maldita mulher gostosa me fez a desejar todos os dias. Em todas as minhas relações era a imagem dela que vinha a minha cabeça. Foi por isso que eu engatei em um relacionamento com a mãe dela só para a ter para mim novamente. Mas meus planos não deram certo graças ao idiota do namorado dela, aquele merda metido a delegado. - Eu estou chocada com tudo que estou ouvindo desse homem. Meu estômago revira, me sinto tonta e minha cabeça dói. Que nojo!
O tribunal está a loucura e nesse mometo Miguel já se encontra abraçado a mim.

Juíza: Ordem no tribunal! - ela bate o martelo - Prossiga senhor Geraldo

Geraldo: Engano de vocês acharem que elas foram às únicas - ele tira do bolso uma folha de caderno preenchida frente e verso - Ai estão todos os nomes completos e idades das meninas, também onde eu as possui. - Meu Deus, esse homem é transtornado! - Dentre elas também estão as minhas três filhas, uma delas está até aí sentada só esperando para comemorar vendo o pai dela sendo condenado. Era para eu ter mais filhos, mas quando descobria que não era mulher, eu abortava. Eu não queria filhas, queria mais mulheres para mim. E assim eu tive.
Não adianta mais, Robson, já acabou.

Juíza: Encerrado! - Ela se retira da sala por alguns minutos sem dar satisfação a ninguém. E logo após entra uma mulher na sala nos dando o aviso

Xxx: A Juíza deu uma pausa de 30 minutos e logo voltará com o resultado do julgamento. Aguardem!

...

30 minutos se passaram e a Juíza voltou para o seu lugar.

Juíza: Após apurar todos os depoimentos das testemunhas e também do próprio réu, eu o declaro condenado em nome da Lei. Somando todos os processos, foram mais de 400 anos acumulados, mas pela justiça reuduzimos a pena máxima de nosso país, ou seja, o senhor Geraldo Rosares está condenado a trinta anos de prisão! - E o martelo bate pela última vez finalmente me trazendo uma sensação de paz por todo o meu corpo.

Luna: OBRIGADA, MEU DEUS! - Eu ajoelho chorando e batendo com as minhas mãos no chão tentando expressar o misto de sentimetos que há dentro de mim.

Pensei que nesse dia eu estaria comemorando apenas a minha liberdade e o fim do meu pesadelo. Mas também comoro hoje a justiça por todas as meninas inocentes que assim como eu tiveram suas verdades questionadas, inocência roubada e o choro guardado por culpa dessse homem. Hoje eu comemoro pela vida da Laura que não aguentou tamanha dor e se foi desse mundo. Comemoro por ver a justiça sendo feita mesmo achando a pena muito pouco comparado a tudo que aquele monstro maldito causou na vida de tantas pessoas. Comemoro por não fazer parte das estatísticas de casos sem solução ou onde nem houve julgamento, que eu sei que é a realidade de muitos.

Miguel: Luna! - Ele se ajoelha no chão e me abraça forte - Acabou, meu amor. Acabou!

Luna: Acabou, vida! - Eu beijo seus lábios - Obrigada por ter segurado minha mão, eu te amo!

Miguel: Eu te amo mais!

Depois de muitas conversas e abraços com as pessoas que eu amo, finalmente saimos daquele tribuanal.

Mãe de laura, dona Rosane e o senhor Adilson vieram falar comigo agradecendo por minha iniciativa. Eu apenas abracei ambos e disse que poderiam contar comigo. Também peguei o contato da filha do senhor Adilson para conversar com ela e lhe dar todo meu apoio.

Giovanna: Luna?

Luna: Bem que você disse, deu tudo certo!

Giovanna: E como deu! Obrigada por isso

Luna: Eu que deveria te agradecer

Giovanna: Ele é meu pai. Você teve a coragem que eu e nem minhas irmãs tivemos. E mesmo sem saber, salvou nossas vidas.

Luna: Meu Deus! Imagino o quanto você tenha sofrido nas mãos desse homem, eu sinto muito por isso. - Eu a abraço - Minha família e eu vamos sair, você quer ir?

Giovanna: Eu posso?

Luna: Você deve! - Apresentei a mesma para meus amigos e para minha família que a recebeu de braços abertos. - Gi, e suas irmãs?

Giovanna: Elas moram comigo. Eu sou a minha velha, a do meio tem 16 e a mais nova tem 2 anos.

Luna: Busque ela para estarem conosco. Elas precisam de um ambiente de amor nesse momento.

Acabamos por dar uma carona até a casa de Giovanna e buscamos suas irmãs que assim como ela, são lindas e amáveis. Me surpreende as encontrar tão bem mesmo depois de tudo que aconteceu a elas.
Conversei com Giovanna a respeito de terapia e ela disse que era proibida de fazer, mas desde que o pai foi preso ela procurou ajuda psicológica para as três. A mais nova também faz terapia com um professional qualificado com métodos específicos para crianças daquela idade e com aquele tipo de trauma. Isso acaba por me tranquilizar um pouco mais.

Nós viemos para praia e estamos em um grupo bem extenso (Meus pais, minha madrasta, meus irmãos, meus amigos de sempre, além de Michele, Giovanna e suas irmãs que também vieram conosco).

Minha mãe colocou cangas forradas na areia e meu pai comprou um monte de biscoitos, doces e refrigerantes. E por está no final da tarde o vento já bate bem frio, mas nada impede de nos divertimos. A gente ri, brinca, canta e comemora esse dia que é tão importante pra mim.

Viva a vida porque ela é boa!  L I B E R D A D E!

















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