Capítulo 30

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Miguel pov.

São 04 da manhã e eu estou chegando em casa agora, morto de cansado. Graças a Deus e a eficiência da minha DP, conseguimos combater mais homens que facilitavam o crime no Rio de Janeiro. Sei que isso não é o bastante, mas é o que está ao meu alcance por agora.
Também sei que o crime diminuiria muito se o governo oferecesse mais oportunidades para nossas crianças e jovens. O crime não é a única solução, mas é a mais rápida para pessoas que estão desesperados por uma melhora em sua vida. E às crianças os tem como heróis. Afinal, quem é melhor, o bandido que proporciona festas e brinquedos para elas ou os governantes que só pisam na favela em época de eleição?
Eu jamais julgaria esse povo, mas eu faço o meu melhor para tentar diminuir a criminalidade. Eu posso não conseguir, mas irei morrer tentando.

Chego em casa, tomo um longo banho para aliviar o estresse e o cansaço. Amanhã, no caso, hoje tem o depoimento que Luna dará e eu ainda irei a buscar. A noite tem um jantar na minha casa. Minha vó veio passar uns dias aqui no Rio de Janeiro e minha mãe fez questão de fazer um jantar para família toda. Eu não estou nem um pouco afim de ir, mas irei da mesma forma.

Deito na minha cama totalmente largado e apago completamente.

...

Acordo com a minha campainha tocando, pego meu celular e vejo que já são 08h50

Miguel: Droga, eu estou mega atrasado! - A campainha toca de novo - JÁ VOU, SÓ UM MINUTO. - Coloco uma calça jeans, uma blusa qualquer e escovo meus dentes o mais rápido que posso. Saio do meu quarto e vou correndo para abrir a porta

Bia: que cara de morte!

Miguel: Bom dia, dona Beatriz. - Vejo Luna ao seu lado sorrindo da cena - Entrem! - As duas entram e Luna me dá um abraço e um selinho rápido me fazendo sorrir com seu gesto - Bom dia, eu ia buscar você.

Luna: Você não respondeu minhas mensagens desde ontem, então resolvi vir da mesma forma. E como Bia dormiu em casa minha casa, ela veio me acompanhar.

Miguel: Contou a ela?

Bia: Sim, ela contou. E se você não matar aquele babaca, eu mesma irei fazer o serviço.

Miguel: Sim, senhora! - Termino de falar e a campainha toca logo em seguida - Deve ser meu amigo delegado que ouvirá seu depoimento. - Luna vai para perto de Bia com um certo receio e eu estranho a sua reação, mas ignoro indo em direção a porta e abro a mesma - Guilherme!

Guilherme: Olá Miguel, como vai?

Miguel: Cansado e você?

Guilherme: Na correria de sempre. - Eu o convido para entrar e o mesmo cumprimenta Luna e a mesma parece estar mais aliviada com algo que eu não faço a mínima ideia do que seja. - Podemos começar? Sei que os dois querem acompanhar Luna, mas eu acho melhor que fiquem de fora para que não haja nenhum tipo de interrupções durante o depoimento.

Miguel: Eu faço questão de estar presente!

Guilherme: Imaginei que você não abriria mão de estar no momento, mas se eu abro para você, terei de abrir para a jovem moça também.

Miguel: Eu e Beatriz iremos ficar em silêncio a todo instante, não iremos se quer expressar nossas feições. Sabemos o quanto Luna é fechada e tímida para esse tipo de situação, fazemos questão de estar presentes por sabermos o quanto ela precisa de nós. Sou Profissional e irei cumprir minha palavra.

Guilherme: A senhorita Luna está de acordo?

Luna: Sim, totalmente!

Guilherme: Tudo bem, mas eu não quero ouvir nada vindo de vocês dois. Silêncio absoluto! Luna vá ao banheiro e beba água para que fiquei mais tranquila, estarei no aguardo para conversarmos.

Miguel: Vamos, eu acompanho você. - Ela se levanta do sofá e eu a conduzo até o banheiro social onde a mesma entra, não fecha a porta, apenas lava seu rosto. Ela sai de lá e eu a levo para beber água. - Tá tudo bem, Luna! Você só precisa ser 100% sincera. Eu e Bia estaremos ao seu lado. - Ela apenas assente e me abraça por rápidos segundos e voltamos para sala.

Guilherme começa a fazer as perguntas e Luna responde com precisão, mas parando em vários momentos para que pudesse chorar. Minha única vontade era me envolver em meus abraços até toda essa sensação passar, mas fiz uam promessa e sei se caso não fizesse de acordo, não irei poder continuar no restante de seu depoimento. Então, me controlo ao máximo.

Depois de mais de duas horas, Luna encerra seu depoimento! Beatriz teve que sair no meio tudo, pois sua mãe não estava se sentindo muito bem e a mesma iria a acompanhar até o hospital. Guilherme acabou de ir embora e agora só restou eu e Luna.
Ela está sentada no sofá com o rosto entre suas mãos e pelo balançar de seu corpo, ela ainda chora. Me sento ao seu lado e a puxo para um abraço.

Miguel: Já passou, agora vai ficar tudo bem!

Luna: Tenho medo dele vir atrás de mim e tentar novamente.

Miguel: Nada irá te acontecer, Luna. Não vou deixar - Ficamos abraçados por mais alguns minutos até eu quebrar o silêncio - Tem planos para hoje?

Luna: Não tenho nada em mente, e você?

Miguel: Tenho um jantar na minha casa com minha família, o que acha de ir comigo?

Luna: Não sei, Miguel. Acho que não estou no clima para jantares familiares

Miguel: Eu queria que estivesse comigo. Mas se estiver muito ruim para você, eu te levo para casa.

Luna: Tudo bem, eu vou! Mas que tipo de roupa devo usar?

Miguel: Tudo em você fica lindo - ela me lança um olhar mortífero de como dissesse "isso não me ajuda em nada" - Vai ser um jantar simples, porém toda a minha família estará lá.

Luna: Que vergonha de ir nesse jantar, nem temos nada sério.

Miguel: E a culpa é toda sua, mas eu respeito seu tempo - Ela sorri e me dá um selinho - acho que eu mereço um beijo de verdade

Luna: Merece? Porque?

Miguel: Porque eu sou um cara incrível

Luna: Você é um cara convencido, mas eu também acho que você merece um beijo de verdade - eu a puxo para mais perto e a beijo com toda delicadeza que encontro em mim. O beijo de Luna me faz suspirar, é simplesmente sensacional.

Eu sou um cara muito privilégiado por ter esses beijos só pra mim

Depois de mais algumas horas de muito carinho, eu levo Luna até sua casa para que a mesma possa se arrumar e para que eu me arrume também. Daqui a pouco irei voltar a sua casa para levá-la até o jantar comigo.

Estou bem nervoso para tê-la como acompanhante para esse jantar, principalmente por vovó estar presente nele. Minha avó nunca gostou de nenhuma das minhas namoradas, o que é muito estranho, por ela ser uma pessoa incrível e simpática com todos.
Ela nunca as tratou mal, mas também não escondia sua apatia em relação e elas.

Espero que ela não trate Luna tão friamente, sei o quanto Luna ficaria desconfortável com toda essa situação.












IMPORTANTE:
Todas as vezes que vocês comentam corrigindo alguma palavra que saiu errada, eu vou e concerto assim que vejo. Porém, o próprio aplicativo apaga os cometários de vocês quando eu troco a palavra. Juro que não sou eu que estou apagando os comentários de correções, até porque não tem nenhum probelma nisso quando é feito com educação, ok? mesmo assim peço desculpas e agradeço por me ajudarem a aperfeiçoar a obra.

por você Where stories live. Discover now