Capítulo 65

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Luna pov.

Já estou há um tempinho considerável aqui na festa de Beatriz e estou curtindo bastante. Tentando esquecer essa fossa que eu estava!

Beatriz: Férias de meio de ano estão chegando.

Luna: Sim, graças a Deus. Provas para o final do período e então as férias.

Beatriz: Pensando em fazer algo?

Luna: Queria ir para uma região de praia, mas que não me custasse muito.

Beatriz: Praia, óbvio. Aí amiga, você é tão previsível. - ela me zoa e nós rimos - O que acha que irmos para a região dos lagos? Muita praia, muito sol e minha família tem um apartamento por lá.

Luna: Perfeito! Preciso desse tempo longe daqui mesmo.

Beatriz: Difícil esquecer, né?

Luna: Demais! É uma coisa muito recente e eu ainda o amo. Creio que irei demorar um tempo para esquecer e superar, por enquanto eu vou tentando lidar e viver do jeito que posso.

Beatriz: Vamos aproveitar que a vida está aí para ser vivida. - ela me puxa para a pista de dança.

Olho para os lados a procura de alguém e então percebo que ele não estará mais aqui por mim. Amava dançar com os olhos dele sobre mim e isso me deixa com o coração apertado. As lágrimas tentam descer por meu rosto, mas eu as impeço passando a mão sobre meus olhos com delicadeza por conta da maquiagem. Respiro fundo e vou pegar uma bebida na cozinha.

Ah Miguel, porque você escolheu ir embora?

Abro a geladeira e pego um gim. Volto para pista de dança e vejo João e Beatriz dançando coladinhos. Fico feliz em vê-los assim, mas meu coração sente saudade da mesma sensação.
É uma merda tudo virar gatilho pós termino. Tudo que eu vejo ou faço me faz lembrar Miguel! A droga da saudade.

Decido que vou beber mais e assim faço. Volto para a cozinha e faço uma mistura louca de todas as bebidas que vejo em minha frente. Bebo tudo e meu estômago se revira pela quantidade de álcool que eu bebi de uma vez só. Respiro fundo para me acostumar com o gosto e vou beber mais um pouco.

João: Epa, pera lá mocinha! - Ele pega o copo da minha mão e eu o olho brava - Você não acha que já bebeu demais, não?

Luna: Não, eu acho que você tem que me devolver o meu copo - eu falo lentamente com uma certa dificuldade.

João: É, você já está bem alterada. Bebida proibida para você, senhorita.

Luna: João, eu estou sofrendo! Será que você poderia respeitar o meu luto e deixar eu beber só mais um copo?

Ele vai até a geladeira enche um copo com algum líquido que eu não consegui identificar qual era e me entrega. Na sede eu viro o copo todo sem nem me importar com qual bebida era.

Luna: Água? É sério?

João: Muito sério. Não quero mais te ver bebendo dessa forma.

Luna: Já disse que eu estou sofrendo, João. Me deixa

João: Olha pra mim - eu o olho - Beber e sair daqui em um coma alcoólico não vai te fazer esquecer ele. Você só vai estar estragando sua vida por uma escolha errada que ele tomou.

Luna: Mas eu estou com tanta saudade do meu menino - eu o abraço e começo a chorar. - Miguel é a pessoa mais importante da minha vida e ele destruiu a mesma em um estalar de dedos. Ele quebrou meu coração em mil pedacinhos. Miguel foi tão mau comigo. - Sinto que minha voz de bêbada é como de criança, mas não consigo racionar direito. O que eu tô falando em?

João: Eu entendo que dói, mas você não pode destruir a sua vida. Ao contrário do que você pensa, ele não acabou com a sua vida. Agora vai viver sua vida da melhor forma e sem bebidas por hoje, tudo bem?

Luna: Tá bom! - Olho para os lados e vejo que não tem mais nada para eu fazer nessa festa e decido ir embora. - Eu vou para casa, deitar e chorar na minha cama que é quente.

João: Eu te deixo lá!

Luna: Não quero estragar sua festa.

João: Não vai estragar, fica tranquila.

Luna: Tá tudo bem, eu vou de uber mesmo.

João: Luna, eu não te perguntei. Vamos que eu vou te deixar em casa. Eu não seria tão louco ao ponto de te deixar ir embora de uber nesse estado deplorável que você se encontra.

Luna: Obrigada pela parte que me toca. Vou só me despedir da Beatriz e já volto.

João: Estarei te esperando aqui.

Ando meio cambaleando para fora da casa e vejo Bia conversando com algumas pessoas, as quais eu não conheço ou pelo menos não me lembro de conhecer.

Beatriz: Eu acho que você bebeu demais.

Luna: Talvez um pouquinho.

Beatriz: Não foi só um pouquinho, é melhor ir dormir.

Luna: E eu vou, João vai me deixar em casa. Eu só vim me despedir - eu a abraço e depois olho para as pessoas que estão em volta dela.

Xxx: Está tudo bem? - Um garoto aleatório me pergunta e eu balanço a cabeça positivamente e começo a rir. Situação engraçada, né?

Luna: Nossa como você é bonito - Chego perto dele e dou um beijo em sua boca, coisa que ele retribui - E beija muito bem.

João: Tá bom, vamos pra casa. - Meu irmão me pega e me coloca pendurada em seu ombro.

Luna: ME LIGA! - Faço sinal de telefone com as mãos para o menino que ri de mim ou para mim. Fica aí o questionamento.

João ainda está me carregando pendurada em seu ombro, mas agora estamos na rua perto do seu carro.

Luna: Me solta agora ou eu vou vomitar em cima de você. - Rapidamente João me coloca no chão e eu coloco tudo pra fora. Ele me ajuda segurando meu cabelo e Bia aparece com um copo de água perto de nós. Eu faço um gargarejo com água e a cuspo. - Obrigada! - Eu entro no carro ainda enjoada e sei que a minha ressaca vai ser grande amanhã.

João se despede de Bia, entra no carro e começa me dar um sermão sobre eu beber muito e sair beijando as bocas da pessoas que eu nem se quer conheço. Ele tem razão? Muita! Mas eu não vou lembrar de nada que ele está dizendo nesse momento e resolvo ficar calada mesmo. O que me faz dormir rapidinho.






















por você Where stories live. Discover now