Capítulo 9 - Drahul é Encontrado.

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Brahms estava no chão, abatido por um golpe que mal presenciou. A velocidade com que o Gnot lutava era impressionante. Além de ser muito rápido, seus olhos mal conseguiam acompanhar o golpe que o atingiu. Um animal de proporções inimagináveis, não podia ver nenhum implante biológico neles, provando assim serem de uma raça que há muito tempo povoava o universo. Seres que não precisavam de nenhum instrumento para serem tão poderosos.

A dor em seu peito estava forte, mas ele não conseguia distinguir de onde seria realmente. Parecia que todo o seu corpo foi atingido. Ou seria a dor realmente do amor, da qual lembrava dos toques doces de sua paixão. Estava lá, jogado em meio à lama de um planeta desconhecido e não saberia dizer por que estava pensando nessa garota específica, como a imagem suave de seu sorriso passou por suas medulas até atingir seu neocórtex, vislumbrando todas as sensações que já sentiu com ela. A conexão poderosa que teve com ela. Mas do nada, ela o abandonou por um simples Naturino.

Então, espectros irradiaram por todo o seu corpo. Drago e Drugo de costas enquanto Brahms ressurgiu como um morto-vivo de antigos filmes de Gaia. Brahms se levantou de seu túmulo, mas seus olhos estavam vermelhos e de seus braços irradiava fumaça.

E num piscar de olhos, Brahms estava tacando Draga para longe, atingindo seu estômago.

Drago ficou surpreso e se virou para tentar atingir um soco nele, mas naquela fração de segundo Brahms se esquivou para a direita. Então, um gancho tão poderoso, carregado de uma nuvem vermelha que começava do seu cotovelo até seu punho, atingiu o queixo do Gnot, jogando-o para o chão.

A distância para onde foram não davam para saber. Mas em menos de um instante, algumas montanhas se chocaram contra a escuridão.

Draga ajudou Drugo a se levantar.

— Melhor recuarmos por hora — disse Draga meio ofegante.

Então, Brahms nem procurou por seus destroços, uma equipe de assalto foi especificada para isso. Todo o ocorrido foi anotado por seu gabinete de assessoria de setores interstelares.

Brahms estava lá, resolvendo um problema que deveria ser seu. Deveria ser ele quem resolveria, mas com tudo isso. Há poucos milênios, recebeu o elixir da estrela de Regulus. Recebeu a estação imperial.

Lá estava sentado em trono de mármore, preenchido por colunas de cores vermelhas e quadros de todos os tipos. Imagens de mundos e esperanças, vidas e momentos. Um deles estava em sua fase próxima da época espanhola. Brahms foi uma das cobaias em experimentos na época dos impérios sumérios. Um dos primeiros homo sapiens que evoluíram, mas não igual aos outros, com uma mutação que se tornou uma maldição por longos anos, até o momento atual. Seu preço na história foi o sangue de inúmeros animais, respeitando a vida de humanos. Não poderia desrespeitar a vontade de seu pai. 

 Com as mãos sobre o rosto, seus olhos adormecidos viajando pelas galáxias e incontáveis existências virtuais pela Starlight, imaginou-se nos braços de Sthelari novamente, poderia um dia ser real e poder vê-la. Seria difícil, aquele universo é muito confuso, pensou Brahms.

— Ok imperador, estarei a caminho.

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— Pelas botas da solas de Aquiles! Magma, você é incrível! Venha aqui, quero um beijo agora. — Lúcia foi em direção de Magma e deu um leve beijo em seu rosto.

Zodíaco - SingularidadeWhere stories live. Discover now