Capítulo 43 - Zodíaco de Virgem, Elissa.

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  O planeta de Asgarim abrigava humanos coloniais que haviam acabado de chegar. O céu estava totalmente vermelho devido à combustão de um grande meteoro que adentrava sua camada atmosférica.

  As pessoas no planeta estavam com medo. Lucas, de mãos dadas com sua mãe Helini, estava chorando. — Mãe, eu estou com medo, a gente vai morrer?

Helini segurou-o em seus braços, estendeu suas mãos e acariciou suas costas. — Não, meu filho, sempre haverá esperança.

— Mas está tão quente, não consigo mal respirar.

— Calma, Lucas, onde está você?

O homem carregava um bastão em sua mão, estendeu-o no chão e uma camada esférica de energia azul cobriu-os, com outro dispositivo engatado no chão que criou oxigênio.

— Só mais um pouco, e ela conseguirá — disse ele.

Helini o encarava, com expressão de dúvida.

— Você sabe muito bem quem está lá em cima, Helini, não me olhe com essa expressão.

Para todos no planeta, uma figura pequena estava tentando impedir que o meteoro atingisse o planeta e dizimasse a colônia de Asgarim. Sua cidade, chamada Salas, abrigava 2 mil humanos em um planeta vasto de fauna e flora, com seres muito belos e nascentes de rios que percorriam milhas de distância. Nada disso iria se perder, não por Elissa. Ela era uma admiradora da natureza e das coisas belas que existem; a pureza da arte exibe a verdade. Seu ser irradiava paixão entre as formas de vida, trazendo grande paz. Ela viajava por todos os planetas em sua constelação para protegê-los de qualquer extinção ou inimigos. Até os vírus não eram bem-vindos.

Distante dali, estava Elissa, levitando um pouco abaixo do meteoro. Os raios de calor que passavam em direção ao seu corpo não a atingiam, pois uma camada protetora invisível a impedia, telepaticamente. Sua armadura era dourada como a luz do sol, tingida de esperança e harmonia. Seu elmo longo, das mesmas cores douradas, parecia cabelos que iam até sua cintura; por dentro, escondia um cabelo curto de cor branca, como das valquírias. Suas manoplas estavam conectadas com suas luvas, que emitiam um raio de esperança. Elissa estava de braços cruzados. Para muitos que a olhassem nesse momento, não pensariam que ela estivesse tranquila, mas em seu intelecto, fazia um grande esforço mental para impedir que o meteoro explodisse o planeta inteiro. Ela dizia para Sarios, seu capitão de bordo, que conseguiria parar. Fizeram até uma aposta que sim. "Ah, sim, não precisamos usar o martelo de Asgard para destruir, vai que corremos algum risco de cair em alguma planta ou animal", diziam eles em tom de deboche, imitando Elissa.

— A maior telepata de Gaia — disse Gaiulus, sobrevoando com sua nave na estratosfera, próximo do meteoro. Mais alguns quilômetros estava Elissa.

— Segundo, soube que ela perdeu sua posição para Ryuujin.

Seu elmo deu um deslize em direção à nave, e uma mensagem chegou no seu painel. "Isso graças a mim", enviou ela para todos, logo Nolan caiu no chão.

Gaiulus começou a rir.

— Por demetros, até mesmo impedindo um meteoro, ela consegue ouvir a gente — exclamou Nolan.

— Não deverias brincar com isso, seu humor contigo não durará para sempre.

— Sabemos que ela tem um afeto especial por mim — sorriu Nolan.

Um holograma sinalizou emergência em Gaia, com Dellusion passando a mensagem para todos sobre a revelação da singularidade: um monarca do Abismo havia sido exposto. Todos precisariam urgentemente ir em direção a Andromeda para impedir seu avanço pelo cosmos, ou seria o fim do universo. Gaiulus e Nolan caíram no chão. Emma estava com seu semblante perplexo, estava há um minuto rindo do tombo de Nolan. Toda a tripulação estava em silêncio, quando de repente Elissa apareceu ao lado deles.

Informações chegaram de que uma batalha estava sendo travada entre Brahms e um Monarca do Abismo. A situação foi transmitida através de uma quantidade de dados que simulavam milhares de possibilidades em relação ao propósito.

Dellusion parecia eufórico em suas palavras, não condizente com seu semblante misterioso. Todos sabiam o que estava acontecendo na tripulação de Elissa. Esse risco era imenso, até mesmo para pôr fim às suas vidas prolongadas. Elissa não temia a morte há tempos; conectada com todos os seres vivos mentalmente, era capaz até mesmo de sentir a morte deles. Portanto, algo tão corriqueiro assim não importava. Além disso, algo mais importante estava para ser realizado: salvar a vida de trilhões de humanos espalhados, juntamente com dezenas de espécies aliadas de Gaia. Era o mais importante. Tantas colônias já foram perdidas em guerras travadas. Agora, estamos prestes a enfrentar uma ameaça que não só atinge Gaia, mas também toda a Confederação Galáctica.

— Mestra, de onde vieste? — exclamou Emma.

— E o meteoro? — perguntou Nolan, quando parou para ver no radar que ele já havia sido destruído sem sobrar um simples átomo de poeira. — tsc... estava só treinando, como sempre, para nos deixar surpresos. Mas isso, essa revelação será verdade?

Elissa aquiesceu. — Provavelmente. — Virou-se em direção à porta automática que levava para o saguão principal, conectado pelas entradas das outras camadas de exploração da nave. — Vamos, esta colônia me deve seus melhores vinhos, depois trataremos disso — disse ela.

Zodíaco - SingularidadeNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ