Zodíaco - Singularidade

Capítulo 16 - Irmãs Para Sempre.

Os solos tremiam com todos os impactos de destruição que os filhos de Ikol causaram. Diante de um imenso exército de criaturas repugnantes que rastejavam pelo chão e se alimentavam do sangue dos outros, com seus imensos pés e garras, os gritos de choros ecoavam por todo o planeta.

Era a última armada.

Ísmin, Sthelari e Lenety estavam sob seu comando, com a força do rei Nido. Uma batalha que durou milhares de dias.

A serpente rodeou o mundo e abocanhou a todos. O lobo gigante lutava freneticamente com o filho de Nido.

As três valquírias estavam na última investida contra Ikol. Diante dele, uma batalha surgiu. Lenety foi morta por seus golpes, e restaram somente Ísmin e Sthelari. Quando toda a esperança havia sido perdida, onde não havia espaço mais para a luz, Ikol carregado de sua arma destrutiva, Ísmin e Sthelari tiveram uma escolha, e a escolha delas foi carregada tristeza.

Nessas vagas lembranças.

Agora as duas estavam juntas novamente.

 Andando pelo grande salão da arraia-mãe, Cerberos, a nave de Ísmin estava quase próxima; precisava andar por um grande salão até chegar até ela. Todos os que passavam por Ísmin a cumprimentavam e ficaram surpresos com sua chegada à área de pouso. Normalmente, ela não chegava nessa área. Reverências e aplausos vinham de todos eles.

 Onde passava, poderia observar Taurus carregados com suas armaduras biológicas, o que não seria nada bom lutar contra vários deles. Sua nave era uma Duster, medida por cinquenta metros. Quando finalmente chegou perto dela, um grande tumulto se iniciou à distância. Boro estava carregado de uma fúria gigantesca enquanto patrulhava por tudo. As notícias eram que Sthelari foi vista adentrando os salões de Ísmin; nessa hipótese levantada, Boro não queria acreditar que Ísmin poderia trair o povo de Júpiter.

Algumas horas depois de Sthelari ter encontrado Ísmin, o conselho estava reunido. E teriam que tomar uma decisão.

— Precisamos substituir nossa rainha. Ela traiu nosso povo. Karu era um dos nossos melhores. E ela insiste em sua irmã, sangue é sangue, ela não irá despedir-se disso. É seu desejo — disse Brato.

Um Taurus com estatura mediana e com o corpo esguio, totalmente diferente dos outros. Seu ar de esperteza e semblante o demonstravam uma aparência nítida.

— Pelos meus cálculos, baseado no tempo da soma entre seu estado de escapo, nesse mesmo instante elas devem estar adentrando os salões de Tártaro em busca de uma nave; em soma, medido apenas uma fração de cinquenta milhas de jargas, a possibilidade de você encontrá-las seria de 10%. No entanto, se nesse instante, o conselho considerar as duas como criminosas, as chances de uma ação agora, nesse instante, para uma captura são de 70%. 

— Mas quem será nosso rei? Os humanos nunca aceitaram Taurus como comandantes de Júpiter — disse Traga, um Taurus com os pelos do rosto da cor rosa, seus olhos eram púrpuros.

— Eles não têm escolha. Júpiter tornou-se independente há muito tempo; graças ao zodíaco de touro, temos o direito sobre isso. Ele é um dos mais poderosos  e tem a capacidade de destruir um planeta inteiro.

— Poupe-me dessa ladainha, você ousa desafiar Gaia e seus outros Zodíacos? 

— Não, jamais. Digo apenas que poderíamos construir uma nova casa para nós; nosso planeta foi destruído, mas podemos reerguer um lar aqui em Júpiter. 

No centro, o holograma mostrava as duas andando. Sthelari estava vestida como uma emissária.

— Então está decidido! Vamos fazer uma votação. Condenemos Sthelari e Ísmin a um ciclo infinito de reencarnação de Taurus, até que os dias dessa singularidade terminem, sim ou não? 

 Os bancos com os conselheiros pareciam muito com um trono; o assento de cada um continha um brasão que representava sua casa. Lotado com conselheiros, somente um dos cinco humanos votou "não". Era um dos que conversou com Sthelari no começo, contratando-a para o serviço em busca de Karu. Seu nome era Isido, desconfiava das ações de Karu contra outros seres humanos, e depois de ter ameaçado-o por expor o depoimento de uma mulher que havia fugido, Karu raptou sua mulher e seu filho, mantendo-os em cativeiro como ameaças.

Sthelari atendeu seu Starlight.

"O conselho decidiu, vocês foram expostas. Precisam fugir logo, as duas foram condenadas!"

— Ei, vocês! Estão presas pela ordem do conselho de Júpiter. 

Ísmin materializou sua espada e mostrou suas asas. Saltou em cima dos três que partiram para cima e atingiu o golpe certeiro neles, deixando-os inconscientes.

— Vá irmã, eu impedirei os avanços deles. Me perdoe por tudo o que eu fiz. 

Sthelari segurou-a pela nuca, e as duas fixaram suas testas uma nas outras, os olhos fechados, sentindo toda a sensação.

— Irmã, naquela hora em que Lenety decidiu se sacrificar para matar Ikol, você realmente tinha a chance de impedi-lo, ao invés de ter fugido com ele? 

— Eu não imaginava que poderia deixá-la morrer. Acreditei nas suas palavras, Ikol foi traiçoeiro e me enganou. Quando eu acreditei que estava com sua arma de destruição sob meus comandos, foi tarde demais. Lenety foi morta por um pequeno deslize meu. Se eu não tivesse hesitado em matar Ikol naquele momento, acredito que a prisão seria um lugar melhor. Ela poderia ter sido salva. 

— Agora, vá, vá irmã, busque seu destino nas estrelas. 

E então Sthelari voou diante dos controladores do portão de embarque, lutou contra todos que a impediram, ativou a porta. À sua direita, em uma parte alta com grades e um salão liso que dava uma altura comprida, estava vendo Duster pegar voo, os portões foram abertos. Mas algo não estava certo, quando deu visão para o vasto planeta de Júpiter, centenas de naves estavam na saída esperando.

Dois mísseis de proporção magnética desativaram a nave, e Sthelari estava no chão.

-