Zodíaco - Singularidade

Capítulo 53 - Fim Eminente.

Diante do reator de Regulus X, Brahms se perguntava: "Por que eu não a vejo? Por que não a sinto? Ela está morta?" Fora da cúpula, que agora continha uma redoma impedindo toda a radiação negra adentrasse o espaço, o único lugar na matriz atual onde poderiam estar a salvo,  seu centro estava tinindo e emitindo um brilho intenso com partículas azuis, aos poucos seu brilho se esvaziando.  Como uma luz tentando fugir de um buraco negro.  Jalios previu que toda aquela matriz atual seria colapsada, emitindo o alerta via rede neural para Brahms, 

— Senhor, não temos muito tempo. Logo ele estará aqui, e a energia poderá ser liberada — exclamou Jalios alto demais, a ponto de os outros poderem ouvir.

— Larissa, me escute. Os tempos mudaram. Você pode não se tornar mais uma inimiga de Gaia. Se desejar se tornar uma Zodíaco, assim faremos. Você deverá esquecer seu ódio pelos humanos e viver o presente agora. O que está lá fora é um Monarca do Abismo. Você já ouviu os contos naquela taverna que frequentávamos quando enfrentamos o Reino do Caos. Aquela realidade foi divertida, mas insignificante perto do que já enfrentamos. Embora você tenha apenas aumentado sua sede de sangue ao se conectar àquela matriz.

Larissa sorriu e a pressão de sua presença permaneceu no ar, a morte dos dois soldados chocou e gerou muito pânico entre todos. Mostrando em visores para os que estavam no outro câmara da nave.

Alice estava envolta em uma confusão interna, questionando até mesmo seus princípios fundamentais, enquanto a incerteza de sobrevivência a assombrava. Aqueles que a acompanharam por toda sua vida foram impiedosamente varridos do caminho, deixando-a confinada em um único local. Brahms, apesar de sua estatura menor e aparência aparentemente menos imponente, emanava uma sensação de segurança. Uma sensação quase contraditória, considerando sua diferença de tamanho e força, mas Brahms tinha esse poder reconfortante sobre ela. Sempre que ouvia falar de uma missão do "pequenino", como costumava se referir a ele carinhosamente, sua surpresa era inevitável. "Pequenino" era o apelido afetuoso que ela havia dado a ele. Ele era notável em sua dedicação, embora ela nunca tenha compreendido totalmente o motivo pelo qual Brahms nutria desejos sexuais por ela.

Jalios segurava uma xícara de chá quente, apesar da confusão. A pequena xícara quase não coube em sua mão, ofereceu um pouco para Jade. Dentro da nave pareciam estar seguros, entretanto...

Todo o risco com Larissa estava claro. Brahms sabia o erro que poderia estar cometendo, mas para enfrentar Leziaratã ele precisaria de sua ajuda. Quando ela abriu seus olhos vermelhos, com tonalidades puxadas para o laranja, seus longos cabelos loiros roçaram em sua bunda. Olhos enigmáticos, mirando sua atenção vaga para todos da sala, observando seus pensamentos, suas formas, suas sintonias, seus medos. Logo, Gilsh começou a se perguntar, entrando em um estado de transe onde ouvia sua própria voz. Sentindo sua esperança sumindo como um espectro.

 Draghiris enlouqueceu, ouvindo vozes incompreensivas em sua mente, pressionou com força sua cabeça pedindo para que elas parassem, quando de repente pulou para cima de Lorde Virius com um furor inexplicável, a coloração do seu olhos se esvaziou, acertando um golpe inesperado; Elevo tombou no chão e morreu na hora. Depois em uma hipnose frenética causadas por Larissa, atou sua própria arma e atirou em sua cabeça. O mesmo aconteceu com Gilsh, o rei dizia a verdade quando disse que tinha um coração puro em seus momentos de bebedeiras. Temendo pelas vozes impactantes em sua mente, pedindo para que enforcasse sua própria filha. No mesmo instante Gilsh pegou uma faca e tomou o mesmo destino que Draghiris.

Alice deu um grito, o mesmo efeito não a atingia com tanta intensidade quanto aos outros, que causavam efeitos extremos. Jalios a segurou pelas mãos. — Me siga minha senhora, vamos ficar na ponte central, é muito mais seguro. Essa câmara está muito próximo de Larissa.