Capítulo 47 - O fim de Sirá

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   Após uma grande discussão com Crystal, tentando acalmá-lo por não ter culpa. Graças ao apoio que teve em salvar duas grandes cidades, ele se sentiu melhor. O Rei Elevo tinha enormes preocupações, uma grande equipe foi mandada para investigar os acontecimentos.

  Brahms e Jalios decidiram. Chegando nos dispositivos padrões da nave perceberam que suas funções estavam começando a se estabelecer, o contato estava em baixa frequência, mas agora poderiam enviar uma mensagem. Gilgamesh tinha acabado de ser usado, relatando sobre tudo que aconteceu. Sirá se esforçava ao máximo para que o reator da Starlight volte a funcionar em sua capacidade máxima.

  Brahms estava lá, energizando a estrela de Regulus X. Ele era o único na nave que poderia alcançar o máximo de energia para restabelecer as comunicações, com sucesso a mensagem chegou a Gaia. Ficou aliviado, pois um dos primeiros que foi recebido com a mensagem foi a Zodíaco de Virgem, ela agiria no mesmo instante sabendo da existência de um monarca.

  Questões foram levantadas por Sirá. A dúvida era se Gilgamesh surtiria efeito na anomalia.

Monarcas do abismo, sua chegada marcava o sinuoso destino final, onde o universo se revestiria de destruição. Entre as teias da coletividade e as sinfonias da unidade, um vórtice sombrio se erguia. Gaia, em seu esplendor, seria tragada, e com ela a humanidade e suas alianças, um mosaico de raças unidas pelo fio da esperança.

Os verdadeiros filhos de Gaia, como estrelas cadentes em sua dança cósmica, não mais cruzariam as cortinas celestiais, nem testemunhariam a aurora de novos mundos. O rastro de desolação varreria a galáxia, marcando a passagem desses monarcas sombrios, cuja fúria era como um verso destrutivo escrito nas estrelas.

— Isso está me dando um belo trabalho. "Sinalizando ruptura na entrada da câmera." Sirá se virou, quando a porta foi destruída. A fumaça se espalhou. "O que aconteceu?" Sirá encarava em direção da porta.

"Manuais de proteção, diagnóstico sobre as vírus da nave. Estabelecendo comunicação com Draco, código 22350."

  Nenhum sinal. Quando a fumaça se dissipou, Leziaratã sobrevoava o local. "Erros de reparos gravitacionais, selando entrada médica do reator." A porta se fechou atrás dele.

Leziaratã possuía olhos incolores, brancos como a própria neblina da existência. Sua pele exalava um brilho negro, um ébano cósmico que sugeria segredos profundos. A gravidade, outrora uma balada harmoniosa das estrelas, agora se despedaçava como notas dispersas ao vento.  Em um abraço inexorável, era arrastado para o centro de sua força negra, onde a ordem se derretia em um turbilhão de caos, um espetáculo de ondas que ecoavam por todo o cosmos.

— Está você aqui. Parece que chegou minha hora, mas não antes de lutar — Sirá levantou seus braços, e pequenas partículas de drones criaram uma nuvem prateada e foram em direção a ele. Cercaram-no criando um globo, uma prisão. — Não és tão difícil como dizem as lendas, no fim é apenas um ser biológico... — Antes de terminar suas palavras, toda a prisão foi dissipada. Leziaratã levantou suas mãos e disparou um feixe fino de uma luz negra. Ela atingiu o peito de Sirá, então seu corpo evaporou.

  Leziaratã se aproximou do reator, estendeu suas mãos. E um magnetismo muito potente acontecia ao seu redor, estilhaçando a própria existência. Seu toque usufruía de toda a formas neutras do universo e do espectro do vácuo. Ele energizava quantidades absurdas de energia.

   As partículas de Sirá se fundiram com ele, então seus olhos ficaram da cor azul com sua aparência terrivelmente desproporcional com os azuis lindos de Sirá.

Zodíaco - SingularidadeWhere stories live. Discover now