Capítulo 41 - Estrela de Leão enjaulado.

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Os pequenos seres lutavam bravamente contra a serpente, sendo dois gravemente feridos. O de preto estava analisando a carcaça junto aos outros. Pela sua postura, estava prestes a coletar seus destroços. Ele se virou para trás e viu Brahms. Jalios achou-o muito estranho e afastou sua cabeça, impressionado. Nunca havia visto um ser assim.

Você deve estar se perguntando como era o céu desse mundo. Graças à atmosfera rica em carbono da nave de Brahms, o céu era tão azul quanto o de Gaia, que estava distante. Nesse mundo, uma grande infinidade de caminhos poderia ser traçada. O universo era plano para eles, pois não sabiam como fugir dali. Se voassem rumo ao topo e viajassem milhares de anos, não passariam de segundos em Gaia. Não importa o quanto fossem, não poderiam escapar, a menos que tivessem uma tecnologia quântica. A nave de Brahms era o suporte para essa vida, e esses seres estavam auxiliando. Brahms ficou surpreso, sabendo que, se não fosse por esses estranhos seres, estariam destruídos. Restava apenas gratidão.

Logo estavam cercados. Brahms fez uma reverência, o estranho alien olhou com desdém para ele. Falou algumas palavras estranhas em seu idioma, que Brahms insistiu em traduzir. Jalios começou a compreender seu sistema. Como um ciborgue, já tinha centenas de dialetos, e os deles eram muito parecidos com os seres de planetas emergentes de Andrômeda, embora este já estivesse na escala evolutiva 4.

— Eles estão emitindo nossa prisão.

— Sério? É visível mesmo sem entender o que eles dizem.

Suas armas estavam apontadas. Eles eram esguios e pareciam majestosos. Brahms poderia acabar com tudo ali mesmo, mas optou por descobrir que caminho seguir. Tinha muitos vírus ali, percebeu com seu olhar de magnitude. Pela presença, sabia que havia milhares. Sozinho, levaria centenas de anos para destruir todos eles. Embora, se isso fosse necessário, o faria.

Mas sua preocupação era Larissa.

— Que camaradagem! Diga a eles que viemos em paz.

— Desculpe, senhor, ainda não processei completamente o idioma. Algumas palavras estão faltando no meu vocabulário. Estou fazendo combinações possíveis e variações para descobrir seus termos e idiomas.

— Ótimo! — exclamou Brahms, enquanto seguia o caminho orientado por eles.

Resmungaram novamente algumas palavras que pareciam ser mais agressivas, provavelmente para apressá-los. Apontaram suas armas e prenderam as mãos dos dois com um tipo de nó que se solidificou, até se tornar pedra.

Brahms foi conduzido para uma nave que parecia um comboio de transporte. Na parte da frente, os dois aliens estavam dirigindo o veículo. Utilizavam óculos pretos conectados por toda a parte traseira. Seus olhos não eram visíveis. Aliás, nenhum deles estava com os olhos à mostra. Parou para notar que todos estavam com os olhos tampados. Como conseguiam se mover por aí sem enxergar seria uma dúvida.

Brahms não percebeu o quanto se afastou do núcleo da nave, mas parecia ter passado duas noites.

Sons e músicas começaram a surgir de repente. Brahms acordou, Jalios estava fixado, olhando para os lados. Perguntou com dúvida para Brahms:

— E Larissa, caso ela acorde, o que acontecerá?

— Aí será o fim dessa espécie. Espero que eles não descubram como fazer isso.

Zodíaco - SingularidadeWhere stories live. Discover now