Capítulo 46 - A Simpatia de Regulus X

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Brahms não saberia dizer adeus para Regulus, através de uma flutuação no cosmos, sentiu uma compatibilidade com a energia radiante que passava por Régulus. Com sua absorção através de sua mente, Brahms esteve presente com a estrela por muitos e longos anos. Ele era o único que poderia sentir sua verdadeira presença.

O pequeno buraco negro se estendia por uma saída inesperada, invisível para os outros, mas diante de Brahms, uma cascata de poderes se revelava. Diante daquela vastidão, ele pôde sentir que o ser que havia provocado estava muito próximo de alcançá-lo.

— De onde você disse que era mesmo? — perguntou Regulus X, os olhos doces da cor das folhas combinavam com sua aparência jovem, muito semelhante a dos humanos. Seus cabelos pretos escorriam por seus ombros cintilando um dourado vivo.

— Eu já disse algumas vezes, todos os dias que encontro a ti: o tempo é curto. Até mesmo para às estrelas, embora aquelas mais cintilante poderão fugir da escuridão que se espreita, e até mesmo elas passaram.

Ela fechou seus olhos e começou a rir. — Tempo é apenas uma mera assimilação da contemplação do presente.

— Esse seu lado culto me lembra alguém....

 Regulus X perguntou curiosa, — Você já falou sobre Alice, ou talvez devo chamá-la de Sthelari?

— Pois é, tempos bons eram aqueles. Poderia viver aquela simulação por milhares de anos, todos os aromas de flores que acabei por sentir, e os pratos especiais que nunca havia experimentado. Mas agora eu sei, qual é o toque final, é o toque da história.

— História é um grande argumento.

Crystal um dos guardiões se aproximava da entrada do reator de Regulus X, onde a estrela de repousava em um cilindro, diante dela estava Brahms radiando com uma luz luminosa por todo o seu corpo. Apertou sua mão em uma bola de cristal que começou a irradiar azul.

— Filho de Gaia, estamos aqui para convocá-lo.

 Brahms olhou para trás, uma voz vindo do além, com talvez noticias boas ou muito piores. Poderia ser Crystal só o convidando para tomar uma Tirilas, com aquela espuma maravilhosamente branca.

— Preciso ir agora, em breve teremos mais soluções com o Buraco negro ali.

— Espero que não demore muito, suas histórias me fascinam — respondeu Regulus X, com um sorriso no rosto. Suas expressões se assemelhava muito alguém que já conhecia, por incrível, sentia um enorme desejo toda vida que estava perto dela, uma estrela com um grande semblante não era algo que poderia imaginar, talvez o contato seja uma mutação em sua singularidade. Era mais fácil quando apenas se sentava e meditava em suas variações de vidas pelo universo.

Brahms abriu a porta, bravo pela teimosia deles em chama-lo, então diante dele estava o gigante azul. Vestido com armaduras com joias cintilando por seus ombros, como manoplas claras.

— Senhor — reverenciou Crystal.

Ele caminhou por entre ele, se direcionando para a parte principal, onde se sentou em um painel e através dos seus olhos muitas imagens apareciam, sistemas operacionais, ao canto direito uma mensagem de Jalios: "Minha esposa não vai chegar hoje, temos apenas alguns meses antes da grande chegada. Me acostumei tanto aqui que será triste dizer adeus. E pensar que eu já quis muito ir embora."

Brahms se virou para Crystal, enquanto Diamante chegou por trás, vestido com seu manto violeta, seu corpo esguio, e seus olhos brilhavam com intensidade. — Temo também que terás que me levar.

Crystal franziu suas sobrancelhas. — Sempre nessa, já lhe disse, que nosso universo é tudo que há, Brahms irá proteger a gente das sombras, até permanecerem intactos.

Diamante levantou suas mãos, demonstrando medo em seu semblante. — Você ouviu as boas de Elevo, ele disse que essa realidade está se contorcendo, há inúmeras guerras se espalhando por nosso globo. As cinco famílias estão brigando entre si. Com a chegada de Brahms, essas criaturas se espalharam mais ainda, como se ele a chamasse por elas.

— Não, Brahms nos ajudou a salvar inúmeras vidas Eterianas! — exclamou Crystal.

— Mas quantas perdemos?

Crystal ficou em silêncio.

— Está aí sua resposta.

Lutando bravamente em uma cidade, Jade a terceira guardiã foi em uma missão. Ela saiu de um longo corredor, estava apavorada. Caminhava rápido como os ventos, enquanto atrás de si. Os Vorgs correm atrás dela, voavam como enormes asas. Ela se direcionou pelas pedras para se esquivar, com dificuldade sentia a sensação de cansaço. Estendeu suas mãos entre as rochas, e grandes vigas começaram a crescer indo em direção do inimigo. Ao tocá-la na pele dura e escamosa dos Vorgs, começou a derreter. Fios de ácidos vorazes. Apesar disso, atrás uma sombra cresceu.

Quando aconteceu foi rápido demais, seu ombro começou a doer, sentiu a lâmina quente no seu ombro, virando para trás, estava ele, o temido Valerian. Vestia uma armadura preta, e uma névoa negra o rodeava.

— Você nos traiu por esse desejo de poder— exclamou ela.

Enquanto ele passava pela sua direita, apontando sua lâmina para seu pescoço.

— Nós Serker ansiamos pelo poder, está no nosso sangue. 

 Jade cuspiu sangue no seu pé. 

— Você... não, impossível. Eles são incontroláveis, você não entende, todas essas guerras primitivas ficaram no passado. Depois da chegada dos Filhos de Gaia nos mantivemos unidos. Não podemos brigar entre si. Precisamos agir agora, unidos, existem Vorgs que nem mesmo você consegue controlar, você sabe disso — Jade se aproximou mais do elmo de Valerian. — Eles estão escondidos nas sombras, escondido nas montanha negra do norte onde a resistência é pequena e não podemos impedir de crescer. 

— Graças aos Vorgs consegui esse poder, até mesmo domá-los. Vocês deveriam fazer o mesmo, mas são tão orgulhosos com sua mágia. Aqueles cristais não são de nada, apesar de que eles escolhem poucos, nossa raça nenhum teve esse direito. Mas com a chegada dos Vorgs, conseguimos, conseguimos, graças a tradição dos nossos antepassados. O sangue Eteriano corre ainda em nossas véias. Não somos só mutações! 

Valerian tirou seu elmo, Serker era uma raça primitiva que cultuava a chegada de um senhor negro, que poderia dominar tudo e daria a paz eterna para todos no mundo. — Jade, minha querida, foram bons tempos aquele no passado. Mas ele já está aqui.

Tirou seu elmo, e seu rosto era todo negro, seus olhos estavam pretos com uma pequena chama vermelha no seu centro. Sua mutação era visível.

— Monstro!

Zodíaco - SingularidadeWhere stories live. Discover now