V i n g t - q u a t r e

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Rosellyn




— Garota do Strawberryoska!

Érotique era o pior lugar que deveria procurar por algum resquício insignificante de alívio. Mas lá estava eu, diante do que parecia ser um excelente manicômio sexual para pessoas deprimentes.

— Estamos fechados, sabia? — Saudou Victor ao outro lado do balcão. Foi estranho a sensação reconfortante de encontrar um rosto amigo que não passava de um estranho. — Como conseguiu passar pelos guardas? — 150 dólares a menos na minha carteira e um pouco de choro de uma mulher em seus momentos deprimentes. Tudo o que ele não precisava saber.

— Sua bebida mais forte — eu disse jogando ao lixo as boas maneiras.

— Vamos primeiro às razões. Para que você quer beber? — resolveu ignorar minha falta de educação. Jogou o pano sobre o ombro e se escorou com as mãos espalmadas no balcão.

— Para não matar você.

— É uma excelente razão — minuto depois estava virado para a parede de bebidas, passando os olhos rapidamente por elas e resolvendo por escolher um espumante. 

— Não pode me dar um desses drinques que está inventando? — reclamo sugerindo a bebida azul e verde sobre o balcão.

— Seguinte, ao estudar a situação, é notável que você pretende ficar bêbada, e prefere que seja o mais rápido que puder, estou certo? — Não era exatamente aquilo que procurava, mas minhas alternativas eram bem limitadas, então apenas concordo. — E eu sou o especialista em álcool aqui. Garanto então que a melhor opção para perder a dignidade em tempo recorde, é tomar espumantes. Acredite — piscou um olho todo charmoso. Não vi outra solução senão aceitar.

O barulho da garrafa sendo aberta explodiu o silêncio do lugar. Tão rápido quanto sua rolha se perdendo em algum canto qualquer foi minha mão tomando a garrafa de Victor, o impedindo de colocar apenas o que lhe fosse aceitável na taça. Bebo direto do bico, fechando os olhos enquanto o líquido descia rapidamente por minha garganta. Era azedo com uma mistura saborosa de doce. Eu gostava de seu gosto fraco, não queimava como outras bebidas de sabores mais fortes.

— Seu nível de tolerância? — perguntou ele em uma careta.

— Alto — Não era uma mentira tão grande assim. — Estou sendo sincera, não fico bêbada fácil. Agora me faça algo mais forte — deslizo os olhos pelos copos com drinques que eu não fazia ideia do que era. Sou seduzida pela bebida azul e verde. Mas rápida que ele eu a pego e bebo metade de uma vez só. Em reação instantânea sinto tontura.

— Está tentando ficar bêbada ou ter um coma alcoólico?! — reclamou ele.

— Se tocar nesse copo eu juro por Deus que atravesso sua cara nesse balcão — exclamo no mínimo movimento de sua mão em tentar tomar o copo para si, e pondo fim em minha tentativa de causar qualquer que fosse a reação que todo aquele álcool pudesse me causar.

— Certeza que é coração partido — murmurou abrindo um sorriso tenso.  — Tenho pena do cara quando se encontrar com você — Sim. Era bom que tivesse, Jungkook iria precisar.

— Hey — Chamo sua atenção antes que ele fosse para o outro lado do balcão. — Onde está Joshua? — Victor franze a testa curioso, ou desconfiado, com minha pergunta.

— Joshua só chega de madrugada, mas não tenho a certeza de que ele virá. Já faz algumas semanas que não aparece — explica ainda com ar de desconfiança. — Por acaso foi ele quem partiu seu coração?

1 4 3 • jjkWhere stories live. Discover now