prefacio | two

1.6K 202 19
                                    


ALGUNS MESES DEPOIS

Vladimir sorriu na cara de seu pai para tão logo receber uma bofetada pela afronta de zombaria do mais novo chefe do clã.

Michelly Ivanovich não era um homem de sorrisos e brincadeira. Ele era cruel, duro e devasso em todos os lados que alguém pudesse olhá-lo. Michelly não queria apenas poder, ele queria eternizar seu poder no clã e para isso a união dos Bugov e Ivanovich lhe daria uma imunidade quase eterna no poder da máfia.

Vladimir era rebelde e impulsivo tanto quanto que empurrou seu pai. Os soldados ficaram em alerta.

— Você ficou louco! – Gritou Michelly.

— Está fazendo isso para me punir? — Rebateu Vlad. Seus olhos raivosos eram nítidos e afiados. — Punir por não querer ser quem você tanto deseja?

— Você é mais velho entre os quatros irmãos que tem, é sua obrigação ficar ao meu lado!

— Eu não quero!

Vlad tinha olhos negros, a pele mais escura de que todos. Ele era filho da primeira mulher de Michelly, que faleceu três anos depois com uma doença misteriosa.

Vlad não era branco e não tinha olhos claros como os de seus irmãos. Ele era grande para sua cidade, 15 anos, como também era forte o suficiente para se defender. Seus cabelos negros, assim como seus olhos, traziam a lembrança para Michelly de sua falecida mulher, que um dia tentou fazer do coração de Michelly um homem bom.

Fracassou, assim como as esposas seguintes.

— Você e suas corridas de cavalo! — Michelly trovejou. — Eu não lhe criei para feder a merda de cavalos! O criei para sentar-se ao meu lado! — Michelly pegou seu filho pelo pescoço, amassou até sentir que lhe faltava o ar. — Faça o que você quiser da sua vida! Participe de quantas corridas forem necessárias. Foda com sua prima vadia o quanto quiser. Coma a quantidade de puta que achar que pode. Mas daqui a 16 anos, exatos, você vai vestir o terno e subir ao altar com quem eu mandar!

Michelly jogou seu filho ao chão. Então continuou:

— Agora saí da minha frente, você me deu nojo, pela sua fraqueza.

— Buscar não ser igual ao senhor — Vlad se ergueu — não é motivo de fraqueza, mas de honra! Eu amo Violet. Ela é quem eu quero para toda a minha vida e você não vai fazer nada quanto a isso, ou eu sou capaz de matá-lo!

 Ela é quem eu quero para toda a minha vida e você não vai fazer nada quanto a isso, ou eu sou capaz de matá-lo!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
BONECA RUSSAOnde histórias criam vida. Descubra agora