Sofia | forfy-seven

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— Você a matou? — Indaguei, quando entrei no quarto de Nikolay e vi a prostituta caída sentada ao pé da cama. Ela sangrava pelo nariz, boca e vagina.

Nikolay estava fumando, de costas para mim. Pegou um roupão e cobriu o corpo forte e nu.

— Eu a quero... — Disse se virando para mim. — Quero Irina na minha cama.

— Se ela vir para sua cama você matá-la com esse ódio que você tem de Vladmir. — Passei pelo cadáver da mulher. — Ela está gravida, a criança ainda se torna mais valiosa que a própria Irina. Não entende que ela e Vladmir, quando ele souber, vai dar tudo para nós? Se Irina perder essa criança, ela vai se matar.

— Para de falar! — Ele gritou. — Sua missão agora é conseguir um juiz para me casar com Irina!

Ninguém iria casar Nikolay. Juiz nenhum iria acatar suas vontades graças a Vladmir que convenceu a todos não se submeter aos desejos de casamento vinda de seu tio.

Nikolay precisava desse casamento para colocar as mãos na herança de Irina. Uma fortuna quase que incalculável retida nos bancos do estado. Hoje, apenas Vladmir tem acesso e isso deixa Nikolay nervoso.

— Não conseguimos entrar algum juiz que nos ajude. — Toquei no braço dele. Nikolay estava suado, cheirando a sexo. — E sair da cidade é perigoso, todas as saídas e entradas estão cercadas. — Toquei em seu rosto e puxei para mim. — Confie em mim! A criança de Irina é mais importante agora. Precisamos fazer com que a gestação dela seja adequada para que a acriança nasça com saúde. Então a libertamos e sequestramos o bebê.

Nikolay me jogou contra a parede. Fiquei assustada, nada de bom poderia vir dele, mas eu sabia o que estava fazendo, quando ele se acalmasse saberia disso também.

— Lhe trouxe comigo para me ajudar. — Ele segurou com força minhas bochechas com uma única mão, raiva saindo de seus olhos. — No dia que noivei com Irina você chegou para me ajudar, mas não consigo ver ajuda eficiente.

— Eu a trouxe para você, não foi? Mobilizei a equipe toda de médicos para tirar Irina da mansão e trazê-la até aqui. Quis fazer o exame médico porque eu sei que ela e Vladmir dormiram várias vezes juntos. Sabendo da gravidez agora tornou-se uma mina de ouro. Não precisa se casar...

— É só pegar a criança... — Concluiu vindo para minha boca.

— Isso, amor.

Nikolay me jogou na cama. Veio até o meio das minhas pernas e a abriu.

— Vou ser paciente. — Se encaixou no meio ficando de joelhos. — Porque talvez você esteja certa.

— Eu estou, amor, eu estou.

Não consegui dizer mais nada. Nikolay me puxou pelos cabelos, colocou seu pênis para fora e enfiou em minha boca. Ele era violento, impaciente, cruel. Quando me fez engasgar com seu gozo, me virou de costas, minha cabeça pendeu para fora da cama, ficando perto da cabeça do cadáver. Senti quando ele colocou minha calcinha de lado e enfiou tudo em meu anus. Foi uma dor surreal. Eu gritei, mas tampei a boca. Nikolay não gosta de mulher que faz barulho na cama. Cada vez que ele socava mais fundo e forte, minha cabeça raspava na cabeça do cadáver.

***

— Você precisa comer, Irina. — Falei quando vi todo o jantar. Ela não tinha tocado em nada.

Irina sentou-se na cama. Estava acorrentada pelos pés. Os cabelos bagunçados. Os olhos inchados de chorar.

— Acredite, eu não farei nenhum mal a você. — Tentei convencê-la. Obviamente era uma missão impossível uma vez que a coloquei naquela situação.

— Acreditar. — Ela me deu um sorriso melancólico. — Acreditei em uma vadia traidora.

Ela caiu na cama, colocando as mãos no rosto.

— Nikolay não fara nada contra você. Você está aqui há dias, e não foi incomodada por ele uma única vez.

— Que se dane você e aquele imundo do Nikolay! — Ela gritou com muita força. — Só grave bem uma coisa, Sofia. Eu vou matar você, assim que me desamarrarem... eu vou matar você com minha mão.

— Pense no seu filho. — Pedi. — Pensei em se cuidar para que ele fique bem. Nikolay quer se casar com você, mas encontra algumas dificuldades para fazer isso legalmente, então der tempo ao tempo, e talvez tudo termine bem.

Irina sentou-se rapidamente, pegou a bandeja de comida e jogou na minha direção. A pancada da louça na minha testa fez sangrar. Cheia de sopa de peixe, eu avancei na direção dela com muita raiva e lhe dei um tapa na cara.

— Estou tentando amenizar para seu lado.

— Quer que eu agradeça, sua vagamunda? — Na voz e no olhar Irina estava com ódio que não vi nem quando ela descobriu os planos ocultos de Vladmir. — Me solta, vai. Me solta que eu vou pedir desculpas. — Ameaçou.

Irina era bem mais alta e forte que eu. Se a soltasse, no mesmo segundo ela me derrubaria e me estrangularia até a morte.

— Vou pedir outro jantar. — Avisei. — Depois tomarei um banho. Voltarei aqui em seguida e espero que tenha se alimentado.

BONECA RUSSAWhere stories live. Discover now