Quando voltei para cama, o cenário - antes de assassinato - estava totalmente limpo e impecável.
Os panos sujos de sangue foram colocados sobre o corpo da velha.
Eu não sentia nenhum tipo de sentimento que não fosse raiva, revolta e vingança.
Todos mereciam morrer, mesmo que custasse minha vida.
Escutei abrirem a porta. Tive o cuidado de destrancar depois da limpeza, mas tranquei o do banheiro para ninguém entrar de imediato.
— Parece ótima — Sofia fechou a porta. — Está corada.
Foi o esforço que fiz. Fora isso, eu controlava minha respiração ofegante. Tinha muito tempo que não me mexia com esforço.
— Mas parece cansada. Onde está sua cuidadora?
— Ela disse que iria resolver um problema. Não era necessário eu contar a ninguém porque ela voltaria logo.
— Estranho. — Sofia chegou perto da cama. — Ninguém a viu sair.
— Deve estar pela casa.
— Impossível. — Sofia era uma louca muito esperta. — Vasculhei toda a propriedade, ela não estar em lugar algum. Resta olhar aqui. — Intuitivamente ela olhou a porta do banheiro. Foi até ela, tentou abrir. Mas viu que não estava aberta. — Porque esta trancada?
Era necessário ser mais esperta que essa vadia. Ela iria fazer um escândalo quando visse a velha morta, eu seria espancada por isso.
Por isso preciso mata-la. Um a menos no meu caminho.
— Vomitei a sopa — falei, sentando na cama. — Ela ficou com raiva, tirou os lençóis sujos, mas fechou a porta do banheiro para eu não tomar banho.
— Você dar muito trabalho. — Se afastou da porta. — Sempre soube que daria muito o que fazer. Você é uma garota problemática. Isso é cansativo. Não sei como Vladmir lhe aguentava.
— Talvez ele me ame de verdade.
— Eu não tenho dúvidas. Ele está lhe procurando em todos os cantos. Bloqueou a cidade inteira. Se certificou que nenhum juiz fizesse seu casamento. Afinal de contas, você foi dada como sequestrada. — Ela sentou na cama, perto dos meus pés. Viu as feridas no meu tornozelo. — Quando Nikolay falou em lhe sequestrar para pegar a herança. Eu vi esse plano tão fraco. Insustentável.
— Você parece saber manipular a cabeça dele.
— Eu tento. Quando falei da sua situação para ele. Ficou mais fácil para todas as nossas ambições de lhe sequestrar. Ficar com a criança logo após lhe soltar, era a garantia da fortuna chegar em nossas mãos.
— Imaginei que queria meu filho. Mas eu realmente estou grávida?
— Você dúvida dessa possibilidade mesmo depois dos exames? Por que mentiriamos?
Não consegui guardar o sorriso, embora tímido. Era difícil de me manter estável com aquela pergunta.
Porque mentiriamos?
Eles fariam qualquer coisa para co seguir o dinheiro. E sabia, com toda certeza dentro de mim, que mesmo que desse tudo eles me matariam em seguida.
— Você tem razão.
Mantive meu semblante passivo.
Eu precisava que Sofia se aproximasse mais um pouco para lhe dar o bote.
Mas fomos interrompidas.
— Sofia! — Nikolay entrou enfurecido. — Aquele desgraçado tocou fogo em tudo.