Irina | nine

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— O Senhor Nikolai quer a senhora dentro da mansão — disse um homem de cara feia, muito alto, terno preto e sobretudo, como todos os seguranças que cercavam a casa. — É mais seguro. — Completou com um olhar ameaçador.

Sem olhar para trás, dei o primeiro passo para sair da casa de Vladimir quando vários desses homens ficaram a porta à espera da minha saída. Fui escoltada até a entrada da mansão como se eu fosse uma criminosa levada de volta a sua cela na penitenciaria. E como se já soubessem de minha aproximação, a grande porta da mansão se abriu e assim que fiquei debaixo dela senti um frio circular meu estômago.

Senhora Ivanovich descia as escadas preocupada.

— Ainda bem que voltou. Nikolai está no quarto. — Ela estendeu a mão, mas não a toquei. — Venha, levo você até ele.

A segui... enquanto ela dava passos apressados sobre os degraus.

— Posso saber por qual motivo Vladimir queria matá-la estrangulada?

Ela parou por um instante, me olhou com os gestos ansiosos, como se tivesse medo, e disse:

— Me desculpe, querida, eu fiz algo que meu marido mandou e não me orgulho em nada — disse envergonhada.

— Vladimir falou que colocaram ele para dormir, você ajudou que isso acontecesse porque o senhor Michelly queria o irmão como meu noivo? — Parei no meio da escada.

— Desculpe, Irina, mas as coisas aqui não são tão fáceis como imagina — terminou de falar e se apressou novamente a me levar até aquele maldito quarto.

Quando chegamos, Nikolai estava sendo cuidado por uma mulher muito atraente, ela estava inclinada na direção dele e limpando o sangue nas feridas que os socos de Vladimir abriram.

Deveria ter socado até matá-lo!

Nikolai estava tão distraído no decote que não percebeu quando eu e a senhora Ivanovich entrou no quarto, que por sinal era grande e muito bonito.

Sua face estava inchada, com cortes e manchada com seu próprio sangue.

Senhora Ivanovich limpou a garganta o mais alto possível, apenas assim a moça se afastou e Nikolai percebeu nossa presença.

— Minha linda noiva. — Ele abriu um sorriso sínico que me dava nojo. — Venha até aqui! — Ele bateu na cama.

— Tenho quase certeza de que devemos adiar o jantar — comentou Senhora Ivanovich

Continuei parada.

— Não! — Nikolai se ergueu. Me pareceu que não estava muito bem, quase caiu quando ficou sobre seus pés. Mas a moça estava lá para ajudá-lo. — Vamos jantar. Só preciso trocar essa camisa suja de sangue.

— O senhor não está bem — agora foi a vez da moça se pronunciar. — Tomou remédio para dor e não vai demorar a dormir.

— Não há problema algum em deixarmos o jantar para outro dia — comentou a senhora Ivanovich

Nikolai respirou fundo, olhou para nós duas e disse totalmente alterado.

— Não! — Ele gritou nos deixando surpresas com a rapidez de humor que conseguia adquirir. Depois animou a cara e sorriu de lado, como um psicopata, completou dizendo: — Diga que sirvam o jantar, eu logo irei descer com minha noiva.

— Como quiser — Anuva disse, saindo rápido do quarto, logo depois a moça que cuidava.

Quando a porta bateu atrás de mim senti como se meus pés estivessem colados no chão. Nikolai fechou a cara novamente e sentou-se na cama. Pegou cigarros na cabeceira e acendeu um indagando:

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