Vladmir | thirty-eight

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Alguns dias depois.

— Você gostou? — Estava inseguro quanto ao presente.

Irina ergueu seu rosto para mim e me deu um lindo sorriso.

— Amei. — Irina se jogou em meus braços com as partituras. — Como conseguiu algo tão valioso? — Se afastou um pouco para me olhar. — São partituras de grandes nomes da música do século dezoito.

— Tenho um amigo, que conhece um primo de um vizinho...

Ela sorriu.

— Não importa — ela falou, folheando o livro de partituras. — Nunca ganhei um presente valioso.

Seus olhos brilhavam.

Estava se aproximando do casamento e mesmo eu fora o dia todo e muitas vezes sem nem a ver por mais de um dia, eu sabia que Irina estava lhe dando com situação da melhor forma possível.

— Você escolheu seu vestido?

Ela sabia do que eu estava falando. E assentiu.

— Tem alguns dias. Talvez você goste. — Ela abraçou o livro, com uma felicidade que me contaminava.

— Eu sei que vou gostar. Vamos para Inglaterra em seguida. Passaremos alguns dias e voltaremos. Se tiver algum lugar que deseje visitar...

— Inglaterra está ótimo. Nunca sai para lugar algum. Contanto que esteja comigo, qualquer lugar que você escolher é uma boa escolha.

— Quero que a partir de hoje você comece a ler, pesquise sobre países. — Pedi. — Leia sobre as culturas, vasculhe lugares que atraia seus olhos, toque seu coração e será para lá que iriei com você na próxima viagem.

— Com uma condição — ela disse, segurando minha mão. Me olhando com um brilho nos olhos que me encantou.

— Qual? — Coloquei todas as mechas caídas em seus ombros para traz dele. Percebi ela se arrepiar. E isso me deixou excitado.

Ela molhou os lábios, nervosa... suas bochechas estavam vermelhas, sua pele tinha um brilho atraente.

— Que para todos os lugares que me levar, me coloque em seus braços e faça amor comigo.

Eu mal conseguia deixar minhas mãos longe do corpo dela, quem dirá ficar longe. Esse era o pedido mais tentador e fácil que poderia fazer.

— Apenas me diga que não deseja que minhas mãos fiquem longe de você, que em todos os lugares que eu e você estiver minhas mãos estarão em seu corpo. — Coloquei nos lábios trêmulos um beijo. — Me diga como deseja que lhe toque e terá tudo de mim para você.

— Um sonho — ela sussurrou em meus lábios. — De umas semanas para cá eu estou sonhando.

— É real, tão real quanto o sentimento que você tem por mim — declarei segurando o rosto dela, mantendo nossos olhos alinhados. — Tão real quanto tudo que planejei para nos dois.

— Vlad... eu... eu não quero que tudo isso acabe.

— Não temos motivos algum para interromper tudo o que estamos vivendo, apenas não olhe tanto para o futuro enquanto minhas mãos lhe ajudam a respirar calmante no futuro. Não chore se for lagrimas de dor. eu quero sua felicidade e estou trabalhando todos os dias por isso.

Algumas lagrimas escorregaram pela face dela, as enxuguei.

— Não é de dor — ela revelou, colocando suas mãos sobre as minhas. — São lagrimas de alívio, de liberdade, de... de amor.

BONECA RUSSAOnde histórias criam vida. Descubra agora