4. Há beleza na ingenuidade

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• Capítulo Quatro - Há beleza na ingenuidade•

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• Capítulo Quatro - Há beleza na ingenuidade•

Lys sentia-se enjoada, seu corpo ainda reverberava o medo e o pavor que sentiu ao ser encurralada pouco tempo atrás. Olhava para os lados nervosa enquanto as poucas pessoas que permaneceram nas ruas a encaravam incrédulas.

Daemon caminhou por algum tempo com Lys em seu encalço que mantinha-se em silêncio absoluto.

O príncipe queimava de raiva, quase podia sentir o sangue ferver em suas veias, quando tivesse posto aquela garota em segurança ele mesmo cuidaria pessoalmente de punir os malfeitores. Ele poderia ser muitas coisas, mas não toleraria estupro e injustiças.

Lys ainda estava assustada o suficiente para não conseguir nem agradecer por ter sido salva, em sua cabeça um milhão de pensamentos corriam demasiadamente rápidos e só conseguia pensar no quanto sua vida andava agitada demais ultimamente. Se preocupava tanto que mal se deu conta do caminho que percorriam até reconhecer a construção à sua frente.

Daemon percebeu quando Lys parou abruptamente atrás de si, ele se virou encarando a garota e o sorriso ladino brincando em seus lábios beirava um misto de curiosidade e diversão.

— Porque estamos aqui? – Perguntou a garota hesitante olhando para a grande porta de madeira vermelha.

— O que você acha? – Respondeu o príncipe com outra pergunta.

Lys arregalou os olhos denunciando seu estranhamento e Daemon não conseguiu conter a risada que escapou ligeira do fundo da sua garganta.

— Não precisa ter medo, eu jamais faria algo que você não desejasse. – Falou ele ao perceber o desconforto da garota. – Quero apenas apresentar a você uma amiga.

Por um breve instante ele se recriminou mentalmente por tê-la assustado, era a última coisa que queria naquele momento, mas às vezes era tão inevitável, algo mais forte que ele.

— Ela vive aqui? – Perguntou Lys de maneira quase infantil.

À frente de si uma construção conhecida de dois pavimentos se erguia, claramente ela já estivera ali diversas vezes, algumas com sua tia e a maioria delas sozinha, levando remédios e chás para as moças que lá viviam, mas nunca tinha se dado o trabalho de analisar bem o lugar. Entrava e saía de cabeça baixa temendo por sua reputação. Ainda sentindo certo receio ela esperou pela resposta de Daemon, que não tardou a chegar.

— Você tem noção do que quase aconteceu a você? – Ele perguntou.

— Me perdoe, nem fui capaz de agradecer ainda.

— A melhor forma de agradecimento é mantendo-se segura.

Lys mais uma vez encontrou os olhos de Daemon, sentia-se estranha quando fazia aquilo, mas não conseguia evitar de o fazer. Novamente aquela sensação esquisita de ter mariposas na barriga e um estar entorpecida a invadiu, sentia-se tonta quando seus olhares se cruzavam e se continuasse a sustentar essa ação provavelmente perderia o equilíbrio.

O Príncipe Rebelde - Daemon TagaryenWhere stories live. Discover now