15. O Antigo, o Verdadeiro, o Valente

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Capítulo Quinze- O Antigo, o Verdadeiro, o Valente

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Capítulo Quinze- O Antigo, o Verdadeiro, o Valente

Daemon era violento e cruel quando necessário. Por sua vontade ele teria incendiado Kings Landing, feito dos lordes uma pilha de ossos carbonizados, tomaria Lys pelos braços e levaria para longe dali, para as ruínas da antiga Valyria onde poderiam viver apenas como eles mesmos, sem títulos e sem posses. Mas onde quer que estivessem ele seria perseguido, colocaria a vida de Lys em perigo e não haveria nada que pudesse fazer.

Não podia ficar com Lys, ele era perigoso demais para ela e foi com essa constatação pesando em seu peito que ele procurou Corlys Velaryon.

Não havia uma pessoa sequer naquele reino que não soubesse que o casal de lordes da casa mais rica de toda Westeros nutria certo ressentimento pela fato de a princesa Rhaenys, a quem era o trono de direito, não ter sido escolhida para rainha quando seu pai teve a oportunidade e em vez disso Viserys agora sentava-se no trono de ferro.

Daemon não tinha nenhum tipo de apreço por Corlys ou Rhaenys, mas eram os únicos a quem poderia recorrer. Odiava pedir ajuda, odiava ser ele quem procurava, sentia-se rebaixado, mas era a vida de Lys e a sua própria que estavam em jogo. Preferia ferir seu orgulho a perdê-la.

Corlys recepcionou Daemon sentado em sua cadeira sem se levantar para reverenciar o príncipe. Daemon já esperava esse tipo de atitude mesquinha, pois conhecia muito bem a índole do Serpente Marinha.

— Vossa Alteza, jamais tive tamanha honra. A que devo sua visita? – Perguntou o homem com sua voz profunda e um sorriso ladino.

— Vim propor algo a você, meu lorde. – Disse Daemon com sua voz suave. – Algo irrecusável.

— Deixe-me adivinhar... um motim?

Não era de surpreender que Corlys já soubesse da situação de Daemon e sobre a atitude de Otto, a princesa Rhaenys tinha ouvidos em todo o reino, nada passava despercebido ao casal.

Lorde Velaryon sorriu diante do silêncio do príncipe que o encarava sombrio, o homem sabia que Daemon estava se segurando para não explodir e por isso o provocava.

— Se estou certo, porque acredita que eu aceitaria levantar uma rebelião contra o meu rei? – Perguntou o mais velho olhando diretamente nos olhos de Daemon.

— Porque posso lhe oferecer algo que ele não pode. – Retrucou Daemon.

— Algo que eu ainda não tenho? Não sei se percebeu Alteza mas tenho tudo que o ouro pode comprar.

— O seu ouro não compra o trono de ferro.

O homem caiu na gargalhada o que enfureceu Daemon. Ele apertava tanto as mãos que a ferida recém aberta voltou a sangrar.

— Daemon, devo presumir que você não quer o trono e posto que vem com ele para si?

— O que eu quero não está em Red Keep. Ofereço a você a mim, o meu dragão e meu apoio.

O Príncipe Rebelde - Daemon TagaryenOnde histórias criam vida. Descubra agora