*Tenho que lembrar que não sigo a linha do tempo nem a história real de GMartin. Crio a minha própria história de acordo com o que imagino, usando personagens que não me pertencem e incorporando os meus*
Daemon é assustadoramente belo e temido em Ki...
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• Capítulo Vinte e Seis - A fé n'Os Sete •
Lys caminhou pelos corredores de Pedra do Dragão acompanhada somente de sua vela. Deslizava vagarosamente na noite escura vendo tremular as sombras à pouca luz dos dragões talhados nas decorações rochosas do forte.
Ela estava determinada a casar com Daemon o quanto antes, precisava que isso acontecesse antes da chegada da comitiva de Otto Hightower e da iminente partida do seu futuro marido.
Embora não fosse assim que tivesse sonhado com um casamento estava feliz que ele fosse pelo menos acontecer.
Toda sua vida tinha sido um mar de tristezas e abandonos. Tristeza na perda dos seus pais, abandono por parte da sua tia, tristeza na perda de seu filho e o abandono de Daemon.
Este tinha lhe proibido de avisar Ezzara sobre o casamento, o que tinha deixado Lys profundamente triste, mas ela compreendia. Sua amiga ainda trabalhava no castelo em Derivamarca e se Rhaenys já havia interceptado bilhetes antes, ela com certeza o faria novamente.
Estava suntuosamente vestida, exigência de Daemon para a situação que tinha lhe presenteado com um vestido de veludo vermelho e uma capa de jacquard adornada com pequenas flores douradas tão pesada que faziam seus ombros doerem.
Haviam furado suas orelhas, penteado seus cabelos e lavado seu corpo tão agressivamente que sua pele ardia, mas sentia-se grata somente pela oportunidade.
Não haveriam convidados além dos serviçais, não haveria festa, banquete ou música apenas ela, Daemon e o septão que lhe faria os votos. O único pedido de Lys foi uma cerimônia na fé d'Os Sete e Daemon que desejava um casamento valiriano acatou por amor.
Lys mal podia acreditar, em breve ela seria uma senhora. Daemon tinha lhe prometido o sobrenome Targaryen do qual ela nem fazia questão, sabia que isso geraria ainda mais conflito, porém não podia evitar. Às vezes Daemon era impetuoso demais.
Finalmente chegou ao seu destino, entraria sozinha. Não havia mais ninguém que pudesse lhe guiar até seu esposo, mas isso não a entristecia, pois em breve não precisaria nunca mais ficar só sempre teria para onde e quem retornar.
Daemon a esperava no fim do caminho ao lado do septão que trouxera até a Pedra do Dragão, este nada satisfeito em não estar em um septo e Lys suspeitava que Daemon o tivesse coagido a aceitar a cerimônia com algumas moedas de prata.
Ele estava maravilhoso, o que não era nenhuma novidade. Vestia-se de preto e usava por cima da roupa um pequeno manto verde enfeitado com um dragão prateado. Seus cabelos foram penteados e estava presos em um rabo de cavalo baixo, deixando seu rosto angular à mostra.
Ela queria correr, andar devagar foi quase um tormento, mas ela se obrigou a isso, pois queria um mínimo de normalidade naquilo tudo.
Quando ficaram de frente um para o outros se encararam com sorrisos frouxos. Daemon a observava por baixo das sobrancelhas, gesto que usava sempre que estava fazendo algo proibido. Lys só sabia pensar em quanto o amava em toda sua particularidade.
