20. Chegada e Partida

4.3K 422 95
                                    

• Capítulo Vinte – Chegada e Partida •

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

• Capítulo Vinte – Chegada e Partida •

Daemon saiu em retirada sem olhar para canto algum. Seu corpo inteiro tremendo como  não fosse se sustentar por muito tempo. Ele sentia-se culpado como um ladrão que foi pego em flagrante, tinha se preocupado tanto em proteger Lys de outras pessoas e esquecido que ele poderia ser o maior perigo. Nunca imaginou que talvez isso pudesse acontecer e sentia-se um idiota por não ter prevido, afinal dormiram juntos! Maldita hora que ele enfiou seu pau valiriano em Lys, devia ter deixado a garota em paz com seus remédios, ervas e família.

Não havia mais nada que pudesse ser feito além de remediar a situação. Lys não estava bem e ele precisa voar com toda rapidez até Pentos e trazer esse remédio que ajudaria sua Lys a recobrar os sentidos, mas e se não ajudasse? Se ele perdesse Lysbeth? Não queria pensar naquilo agora, não tinha tempo pra lamentar.

— Príncipe, príncipe Daemon... Vossa Alteza...  –Uma voz feminina gritava por ele, mas Daemon não queria parar, todo tempo perdido era demasiado.

Ezzara correu até finalmente alcançar Daemon que caminhava rápido demais. A garota deu a volta e parou na frente dele fazendo-o olhar para ela com raiva.

— Alteza quando eu soube que estava aqui... Ela acordou e está muito fraca. Precisa ir vê-la, talvez se arrependa se não o fizer. Desculpe, mas pode não haver tempo para ir e voltar.

— Ela acordou? – Perguntou ele ansioso.

— Sim, ela acorda às vezes, mas não consegue ficar de olhos abertos por muito tempo. Perdeu tanto sangue que achei que não sobreviveria. Estou com medo de que...

Daemon não deixou que Ezzara terminasse, não queria mais ouvir o que ela tinha a dizer. Mesmo que tivesse que dar sua vida pela de Lys ele o faria, mesmo que tivesse que fazer um acordo com bruxas e feiticeiros além do Mar Estreito ele salvaria sua vida.

De repente um pensamento o acometeu, ainda não tinha parado o suficiente para deixar que sua mente fluísse. Ele havia sido pai, por pouco tempo, mas havia gerado vida, talvez não fosse tão inútil assim, se ele era capaz de gerar algo tão puro como um bebê seria também de ir até Pentos e trazer o que quer que fosse que salvaria a vida de Lys.

— Leve-me até ela. – Pediu.

Ezzara assentiu aliviada. Desde que a amiga adoecera fazia vigília ao lado de sua cama dia e noite sem descansar ou sequer se alimentar direito. Tinha medo que se se afastasse por muito pudesse perder a amiga de vez. Acendera mais velas aos Sete e à Mãe somente naquelas dias do que durante toda sua vida.

Ezzara segurou as saias para andar mais rápido e guiou Daemon entre os corredores e degraus de Derivamarca até chegarem no quarto onde Lys ainda descansava. Ele estava nervoso e seu peito ardia com o medo de ver sua garota tão debilitada.

A loura abriu a porta com cuidado sem fazer muito estardalhaço e convidou-o a entrar. Ele notou que Lys não estava sozinha, além de duas amas havia também um Meistre que conversava com as mulheres. Então seu olhar viajou diretamente para a única cama do local. Um tecido fino e branco estava ao redor ocultando parcialmente o corpo deitado de Lys. Ele respirou fundo, ela parecia imóvel demais para seu gosto.

O Príncipe Rebelde - Daemon TagaryenWhere stories live. Discover now