*Tenho que lembrar que não sigo a linha do tempo nem a história real de GMartin. Crio a minha própria história de acordo com o que imagino, usando personagens que não me pertencem e incorporando os meus*
Daemon é assustadoramente belo e temido em Ki...
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ATENÇÃO Essa fanfic pode conter gatilhos emocionais como traição, situações de fetiche sexual e cenas de sexo explícito.
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• Capítulo 67 •
Quando os portões da cidade se abriram para receber sua família, Lys sentiu como se já houvesse vivido aquela mesma cena antes. Era como se tudo fosse um sonho realista que ela ficava dando voltas e voltas sempre para o mesmo lugar do qual ela não conseguia escapar.
Daemon viera no navio junto a ela e às crianças, o que já era mais do que esperava do marido na atual circustância e mesmo ele não parecia nada satsfeito de retornar a Porto Real. A única, porém, animada com a volta era Rhaella, que estava acostumada demais aos afagos e mordomias da corte para dispensá-las sem uma reclamação ferrenha. A menina comumente se lamentava dia e noite da falta que sentia dos primos, de Dreamfire e de suas damas de companhia.
Os gêmeos no entanto pareciam indiferentes, Lys às vezes se pegava pensando que até preferia que eles fossem tão efusivos quanto a irmã. Baelor poderia estar animado, mas era sério demais para demonstrar enquanto Baelon só se fazia ansioso pela volta às lições com Meistre Orwyle que ainda servia na fortaleza agora auxiliado por um novo e mais jovem septão enviado pela Cidadela.
O dia do nome do príncipe Aemond seria em alguns dias e haveria um grande torneio, portanto Lys não teria como escapar daquela viagem mesmo que quisesse e ainda que preferisse esconder o florescimento de Rhaella, sabia que a filha não o faria não poderia ser por muito mais tempo que a notícia se mantivesse em segredo.
Ela tinha decidido contar apenas a Rhaenyra o que estava acontecendo e pedir os conselhos da amiga para a situação delicada em que se encontrava, até porque aquilo poderia implicar diretamente na amizade de ambas no futuro, quando Rhaella se unisse a Aegon.
No fatídico dia em que ela implorou por sua liberdade e pela de Daemon, quando sentiu que não havia mais saída para ambos a não ser curvar-se à vontade do rei, Viserys a fizera jurar pelos deuses que a família permaneceria unida. Que ela entregaria Rhaella em casamento a Aegon e que apoiaria Rhaenyra no trono de ferro quando ele se fosse. Para ele, o acolhimento de Daemon e Lys ao primogênito faria com que a guerra fosse evitada. O rei acreditava que os laços que os uniriam não poderiam ser facilmente desatados se estivessem intricados o suficiente. E a isso Lys cedeu.
Ninguém sabia dessa promessa feita entre quatro paredes, nem mesmo Daemon a conhecia por completo, mas Lys tinha ciência que o príncipe desconfiava do custo de suas liberdades. Daemon nunca havia tocado abertamente no assunto, mas deixara claro que deixar um de seus filhos receber um dos filhos do seu irmão maritalmente seria motivo de um caos futuro.
A Lys de anos atrás, jovem e inexperiente não entendia, mas a mulher de hoje sabia que a sua decisão e promessa haviam sido levianas demais, tomadas no auge de um desespero. Ela não se culpava ou se arrependia, pois tinha tomado a decisão certa para o momento.
