*Tenho que lembrar que não sigo a linha do tempo nem a história real de GMartin. Crio a minha própria história de acordo com o que imagino, usando personagens que não me pertencem e incorporando os meus*
Daemon é assustadoramente belo e temido em Ki...
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ATENÇÃO Essa fanfic pode conter gatilhos emocionais como traição, situações de fetiche sexual e cenas de sexo explícito.
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• Capítulo 68 •
O vento soprou suave por sobre a Baía da Água Negra balançando os cabelos de Lys ao sabor da brisa. Ela fechou os olhos apreciando o cheiro do mar e certa de que aquele seria um dos últimos momentos da paz que desfrutara nos últimos anos a um preço tão oneroso.
Quando abriu os olhos e focou-se no horizonte alaranjado pelo sol que já se punha, pôde, por um instante, imaginar como teria sido a sua vida se não houvesse saído àquele dia para buscar o que sua tia tinha lhe ordenado.
Seria a esposa de um comerciante qualquer? Teria tido seus filhos com outro homem e cuidado de uma casa? Teria ela ficado solteira trabalhando numa viela suja sendo chutada como se fosse lixo ou haveria para si destino mais suave e ao mesmo tempo difícil pela Rua da Seda?
De uma coisa ela tinha certeza: Daemon tinha lhe dado tudo e ao mesmo tempo nada. Ali, absorta e envolvida em tais pensamentos sentiu-se vazia e sozinha como outrora. Valera à pena o amor que recebeu? Seu marido tinha um estranho jeito de lhe demonstrar isso, depois de tantos anos ele ainda a confundia e incomodava. A diferença é que agora não era mais uma menina era uma mulher e em jogo estava não somente sua vida, mas a de seus filhos também.
O casamento de Rhaella e Aegon parecia inevitável. O príncipe havia completado 15 dias de seu nome e como filho do rei já tinha aval para se casar. Rhaella já sendo mulher florescida também era considerada apta.
Muitas pessoas não estavam felizes com a união dos jovens príncipe, a rainha e a própria Rhaella faziam parte desse extenso time.
Lys, porém admirava a filha por ser tão madura apesar da pouca idade. Era bem verdade quando diziam que os deuses jogavam com os Targaryen, pois de todos que ela havia conhecido nenhum tinha personalidade fraca e esquecível.
Rhaella vinha evitando a mãe e tinha longas conversas com o pai. Lys sabia que ambos eram bastante parecidos e que era claro que a sua filha preferia estar próxima de Daemon, mas achou que seria com ela que a menina se consultaria sobre ser esposa. Na verdade, era Lys quem precisava disso, de ser sentir útil e amada.
Ela limpou uma lágrima traiçoeira que desceu sem convite algum e franziu o cenho irritada consigo mesma. Não era mais uma menina amedrontada, era Lysbeth Targaryen, quer gostassem ou não e jamais aceitaria ser derrubada por um contrato e algumas injúrias.
Ela abraçou seu corpo tentando cessar o tremor desistindo quando percebeu que não era o frio que o causava e sim a ansiedade pelo que estava por vir.
Sentia que dias turbulentos e escuros se abateriam em breve sobre a família Targaryen e em todo o reino e ainda que tentasse não estava preparada.
