Capítulo 52

526 12 0
                                    

Maria Letícia

19:56hrs, segunda

Maria: Acordar que é bom nada né? - falei pra Carla enquanto me aproximava da maca.

Carolina: Boa noite, Maria Letícia - falou levantando da poltrona que ela tava.

Maria: Boa noite, Carolina - sentei na poltrona do outro lado - Como você tá? - perguntei pra Carla.

Suspirei sabendo que não ia ter uma resposta.

Carolina: Ela tá melhor hoje, o doutor Mello passou aqui agora pouco - assenti olhando pro rosto da Carla.

Maria: Ela tá mais corada - sorrio.

Carolina: É, percebi, eu já vou indo pra casa tá? - balancei a cabeça - Tchau.

Maria: Tchau - ela pegou as coisas dela saindo do quarto.

Deitei na maca junto com a Carla, sempre faço isso e ninguém brigou comigo ainda, então na minha cabeça não tem problema nenhum.

Coloquei a cabeça no peito dela sem colocar meu peso em cima dela, fiquei quietinha ouvindo seu coração bater fraco.

Ainda não sabíamos o que aconteceu lá na casa dela no dia em que foi machucada, o que sabemos é que ela foi esfaqueada duas vezes, bateu com a cabeça muito forte no chão, os médicos disseram que ela pode acordar confusa ou até sem memória, o que me deixa preocupada, mas tô tentando acreditar que vai ficar tudo bem.

Luan foi pego pelo Nando e o Moreira, foi torturado até a morte negando que tinha feito aquilo, ele jurou que não foi ele e mesmo sendo torturado não assumiu a culpa.

Maria: Eu tô com medo de quando você acordar não lembrar de nada - falei baixinho.

Fiquei com ela até nove horas, uma enfermeira veio dizer que o horário tinha acabado.

Ajeitei minha roupa amassada, peguei minha bolsa e beijei a cabeça da minha mãe.

Quando tava fora do hospital esperando o Nando um cara chegou e ficou me encarando, ele não percebeu que eu tinha visto ele.

Voltei pra dentro respirando fundo, fiquei observando ele por um tempo. Ele tava andando de um lado pra o outro e tinha um carro o esperando.

Nando chegou e eu sai andando rápido até o carro.

O homem ficou parado e logo entrou no carro de trás e assim que o Caçula arrancou com o carro começaram a seguir a gente.

Maria: Aquele carro tá seguindo a gente, tinha um homem me olhando antes de tu chegar.

Caçula: Mais essa agora - bufou - Relaxa, liga pro tio Denis.

Liguei e ele atendeu no segundo toque.

Caçula: Põe no viva voz - coloquei - Aí tem um carro seguindo a gente, tô na avenida principal..

Moreira: Enrola eles por dois minutos, não sai da avenida, manda a localização.

Caçula: Ok - acelerou pisando fundo - Manda aí a localização pra ele.

Maria: Não corre, Fernando - falei ajeitando o cinto - Inferno - olhei pelo retrovisor, mandei a localização em tempo real pro Moreira.

Eu tava quase tendo um treco, parece que isso nunca vai acabar, é um problema atrás do outro.

Merda.

Fernando dirigia tão rápido que eu tava vendo a gente bater, chegamos perto do morro e apareceu várias motos cercando a gente impedindo que o carro de trás que seguia nós dois passasse, olhei pela janela do carro e vi o Moreira em uma das motos, ele bufou vendo que o carro de trás ainda seguia a gente.

É você, 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓪 𝓛𝓮𝓽í𝓬𝓲𝓪Onde histórias criam vida. Descubra agora