Capítulo 168

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Rei

05:58h, segunda-feira

Lili cantou.

Finalmente tô livre dessa prisão.

Pelo amor de Deus, me lembrem de nunca mais bancar o herói.

Maria: Tudo pronto, vamo? - me olhou sorrindo e eu assenti pegando as muletas.

Rei: Cadê a Leonor?

Maria: Tá cuidando do paciente aí da frente - colocou a mochila nas costas - Por quê?

Rei: Não veio aqui ainda, achei estranho - cocei a nuca levantando da maca e ajeitei minhas novas pernas.

Maria: Ah tá - fez uma cara de quem não acreditou no que eu disse.

Ela abriu a porta e deu espaço pra eu passar primeiro, ainda tava me acostumando a usar esse bagulho e as vezes andando mais devagar que lesma.

Tive que comprar uma cadeira de rodas também, meu braço ainda tá um pouco fodido e ficar forçando ele com a muleta não é bom.

Posso acabar voltando pra essa merda de hospital.

Assim que a Letícia fechou a porta do quarto a enfermeira chata apareceu no corredor, ela me olhou soltando um sorriso e eu encarei ela serin.

Leonor: Já vão?

Maria: Sim, esse homem não aguenta mais esse lugar, nunca vi ele arrumar tudo tão rápido - riu.

Leonor: Vão com Deus, cuida dele - a minha namorada assentiu sorrindo e a Leonor abraçou ela de lado - Bom te ver melhor - olhou pra mim.

Rei: Valeu, fé aí pra tu - ela só balançou a cabeça e eu virei pra sair dali.

Leonor: Talvez eu vá sentir falta de você aqui - ela disse me fazendo soltar um risada anasalada.

Rei: Talvez eu sinta também, do hospital não, só de uma velha chata que tem por aqui - eu virei olhando ela que riu negando - Bora, amor.

Maria: Vamos..

Leonor: Tchau - ela disse e saiu em seguida indo pro fim do corredor.

Maria: Eu sabia que você gostava dela - disse atrás de mim.

Rei: Cala a boca, linda, eu nem falei nada - olhei de canto pra ela que abriu a boca indignada me fazendo sorrir - É não, pode falar, eu nem ligo.

Maria: Doido pra levar uns tapas, só tô observando - estreitou os olhos e eu sorri de lado.

Seria um honra apanhar dessa mulher, eu nem iria reclamar não, deixava bater.

Saímos do hospital e fomos em direção ao carro do Fernando que já tava ali estacionado, ele olhou pra gente com uma cara de sono enorme e eu ri sabendo que já ia ser xingado sem ter culpa de nada.

Caçula: Olha, namoral, seis hora da manhã, cara? - ele disse saindo do carro - Que desgraça - me olhou e eu dei risada.

Rei: Se ficar puto é pior - cantarolei vendo ele sério.

Ele ajudou a Letícia colocando as coisas no porta malas e ela agradeceu sorrindo, ela abriu a porta me ajudando a entrar e entrou em seguida colocando muletas no chão do carro.

Caçula: Vão ficar na tua casa, Lê? - olhou pelo retrovisor.

Rei: Por que falou normal com ela e comigo foi grosso? - indaguei olhando pra ele.

Caçula: Porque ela é educada e linda - arrancou com o carro.

Rei: E eu sou feio?

Caçula: Todo mundo sabe que sempre tem um gêmeo que é feio - ele riu anasalado e eu fiquei quieto pra não ficar estressado logo de manhã.

É você, 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓪 𝓛𝓮𝓽í𝓬𝓲𝓪Where stories live. Discover now