Capítulo 96

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Rei

10:38hrs, quinta-feira

Tava olhando pro Prego ali na minha frente todo acabado, não dava nem pra reconhecer.

Acho que ele tinha que saber de uma coisa antes de mexer com a família do Moreira, o Moreira não brinca em serviço, aí junta com o Lobo..

Dó de quem se mete com eles.

Quem entra aqui não sai vivo, nunca.

Olhei pro canto vendo o relógio do DJ, a única coisa que restou dele. Depois que ele tentou pegar a Natália o meu tio que já tava desconfiado começou a desconfiar mais ainda, deixou ele na sala por dois dias até confirmar que ele era X9.

Rei: E aí Preguinho - sorri sentando na cadeira que tinha ali - Tu tá tão feio, nossa.

Prego: O que tu quer?

Rei: Informações, sobre a Malu, tua sobrinha - ele levantou a cabeça me encarando sério - Tu roubou a menina e criou como tua sobrinha, agora me diz, como?

Prego: Não sei do que tu tá falando..

Rei: Eu explico, cara, a Katrina levou a criança pro hospital e depois que ela foi pra um quarto quase morta nunca mais foi vista, disseram pra mãe que a menina morreu e não deixaram nem os pais fazer um enterro, agora me conta tua participação nisso, ameaçou o médico? Deu dinheiro? An?

Prego: Eu não sei do que tu tá falando - gritou, peguei minha arma e atirei no pé dele - Caralho, eu não sei de nada - atirei de novo no outro - Para, já chega - começou a chorar e eu revirei os olhos.

Rei: É só tu confirmar a história cara, coisa simples - mirei entre as pernas dele - Quer ficar sem essa coisa nojenta?

Prego: Não, por favor, não - bufei - Eu falo, é verdade, é tudo que disse, a Malu é aquela criança, por favor não atira - pediu - Eu dei dinheiro pro médico, eu queria as duas meninas mas não consegui, eu queria tirar do Marcelo o que ele tirou de mim, mas só consegui tirar a menina do Lobo - ele se contorcia de dor.

Rei: E a mulher que tava lá? O que ela tinha a ver com tudo?

Prego: Tua mãezinha? Ela tava lá porquê eu queria me vingar do marido dela, ele matou minha mulher, eu queria fazer o mesmo, mas a vadia era esperta, ela sempre conseguia fugir, só que ela nunca conseguia sair do morro, eu era mais esperto que ela, consegui trancar ela e começou a tortura, eu ia matar a vadia e jogar na entrada do morro, mas a minha sobrinha fez minha cabeça pra deixar ela viva, a Fabíola começou a saber de muita coisa e eu não ia liberar ela nunca, a vagabunda ia entregar minha cabeça, deixei ela viva como a Malu quis, mas ela nunca mais ia sair do morro, ia ficar sofrendo até morrer - soquei o rosto dele e o mesmo cuspiu sangue - Te falar, tua mãe é mó gostosinha, o jeito que ela chora quando tá sofrendo é lindo, eu adorava comer ela sabia? A filha da puta pedia pra parar e eu continuava lá, indo fundo - sem querer imaginei a cena e aí meu ódio cresceu.

Bati nele como nunca fiz com ninguém, peguei álcool e joguei nele vendo o mesmo chorar com dor, ele se contorcia tanto que podia se quebrar a qualquer hora.

Prego: Ela nunca saiu daqui porque quis, eu armei tudo pra ela achar que tava sendo traída..

Rei: Tu vai se arrepender de tudo que fez - gritei - Aí Maicon - bati na porta e ele abriu pra mim - Me passa a gasolina.

É você, 𝓜𝓪𝓻𝓲𝓪 𝓛𝓮𝓽í𝓬𝓲𝓪Donde viven las historias. Descúbrelo ahora